'Pai do aquecimento global' quer fracasso da cimeira
por Lusa
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O cientista James Hansen, um dos primeiros a prever os riscos do aquecimento global na década de 80, considera ser preferível para o planeta e futuras gerações que a Cimeira de Copenhaga sobre o clima redunde em fracasso.
Numa entrevista publicada hoje pelo jornal britânico "The Guardian", James Hansen, o climatologista norte-americano que alertou para os perigos das alterações climáticas anos antes de Al Gore abrir os olhos ao mundo com o documentário "Uma Verdade Inconveniente", garantiu que um fracasso em Copenhaga seria preferível, já que actual abordagem está "repleta de equívocos".
Segundo o cientista, qualquer acordo que venha emergir das negociações da conferência da ONU sobre Alterações Climáticas, que segunda-feira começa na capital dinamarquesa, e onde a comunidade internacional vai tentar chegar acordo sobre um novo acordo climático pós-Quioto, será tão defeituoso que mais valia começar tudo do zero.
"Eu prefiro que um acordo em Copenhaga não aconteça porque esse é o caminho do desastre", declarou James Hansen, que dirige o Instituto Goddard para os Estudos Espaciais, da NASA, em Nova Iorque.
Qualquer resultado "será tão profundamente errado que seria melhor reavaliar a situação. Se é para alcançar uma espécie de Protocolo de Quioto, então vamos passar anos a tentar determinar exactamente o que isso significa", criticou Hansen.
As declarações do homem que por muitos é considerado 'pai do aquecimento globlal' surgem a escassos quatro dias do início da cimeira de Copenhaga e numa altura em que se registaram alguns progressos nas negociações, nomeadamente o facto de a Índia, um dos grandes intervenientes das conversações climáticas, ter anunciado que vai assumir objectivos quantificados de redução de emissões poluentes.
Uma posição também já assumida pelos outros três grandes poluidores mundiais, os Estados Unidos, a China e a União Europeia (UE). Os 27 Estados-membros já decidiram reduzir em 20 por cento as emissões poluentes até 2020, em relação aos níveis de 1990, posicionando-se como líderes mundiais na matéria.
Na entrevista, Hansen manifestou-se contra os esquemas de compra e venda de emissões de dióxido de carbono (CO2) entre os países e criticou a actuação de políticos como Barack Obama ou Al Gore, acusando-os de terem falhado aquele que é hoje considerado o desafio moral da nossa era.
A China é actualmente o principal emissor de gases com efeito de estufa, à frente dos Estados Unidos. A China e os EUA são responsáveis por 40 por cento das emissões globais de dióxido de carbono.
Numa entrevista publicada hoje pelo jornal britânico "The Guardian", James Hansen, o climatologista norte-americano que alertou para os perigos das alterações climáticas anos antes de Al Gore abrir os olhos ao mundo com o documentário "Uma Verdade Inconveniente", garantiu que um fracasso em Copenhaga seria preferível, já que actual abordagem está "repleta de equívocos".
Segundo o cientista, qualquer acordo que venha emergir das negociações da conferência da ONU sobre Alterações Climáticas, que segunda-feira começa na capital dinamarquesa, e onde a comunidade internacional vai tentar chegar acordo sobre um novo acordo climático pós-Quioto, será tão defeituoso que mais valia começar tudo do zero.
"Eu prefiro que um acordo em Copenhaga não aconteça porque esse é o caminho do desastre", declarou James Hansen, que dirige o Instituto Goddard para os Estudos Espaciais, da NASA, em Nova Iorque.
Qualquer resultado "será tão profundamente errado que seria melhor reavaliar a situação. Se é para alcançar uma espécie de Protocolo de Quioto, então vamos passar anos a tentar determinar exactamente o que isso significa", criticou Hansen.
As declarações do homem que por muitos é considerado 'pai do aquecimento globlal' surgem a escassos quatro dias do início da cimeira de Copenhaga e numa altura em que se registaram alguns progressos nas negociações, nomeadamente o facto de a Índia, um dos grandes intervenientes das conversações climáticas, ter anunciado que vai assumir objectivos quantificados de redução de emissões poluentes.
Uma posição também já assumida pelos outros três grandes poluidores mundiais, os Estados Unidos, a China e a União Europeia (UE). Os 27 Estados-membros já decidiram reduzir em 20 por cento as emissões poluentes até 2020, em relação aos níveis de 1990, posicionando-se como líderes mundiais na matéria.
Na entrevista, Hansen manifestou-se contra os esquemas de compra e venda de emissões de dióxido de carbono (CO2) entre os países e criticou a actuação de políticos como Barack Obama ou Al Gore, acusando-os de terem falhado aquele que é hoje considerado o desafio moral da nossa era.
A China é actualmente o principal emissor de gases com efeito de estufa, à frente dos Estados Unidos. A China e os EUA são responsáveis por 40 por cento das emissões globais de dióxido de carbono.
FONTE:
DN CIÊNCIA
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