Data de publicação : 11 Dezembro 2009 - 4:43pm
Por Robert Chesal Começa na Argentina o esperado processo contra 19 ex-militares da Escola da Marinha, a Esma. Durante a chamada ‘guerra suja’, no período do regime militar, este prédio em Buenos Aires foi o principal centro de torturas da ditadura. O piloto Julio Poch, que tem dupla nacionalidade, argentina e holandesa, é um dos acusados no caso – ao menos, se for entregue à Argentina. Poch está tentando ser julgado na Holanda.
Estimativas do número de vítimas dos militares da Esma variam muito. O juiz argentino que cuida do caso diz que há 900 mortes documentadas. Organizações de direitos humanos falam em 5 mil vítimas da violência da Esma. Durante a última ditadura na Argentina (1976 – 1983), desapareceram, no total, 39 mil pessoas.
Voos da morte Na guerra suja, os opositores ao regime militar eram sequestrados, presos na Esma e torturados. Alguns foram levados em aviões e jogados vivos no mar, nos chamados ‘voos da morte’. O piloto da Transavia, Julio Poch, acusado de ter pilotado alguns deste voos, foi preso em setembro na Espanha e a Argentina pede sua extradição. A justiça argentina disse que Poch deverá ser julgado dentro de um ano.
Além das torturas e mortes, o processo da Esma também inclui suspeitos pelo roubo de filhos de presos políticos. Os bebês eram dados a famílias de militares ou seus parentes. Suas mães biológicas foram assassinadas. Por todos estes fatos, a Esma tornou-se um símbolo da brutalidade do regime militar argentino.
Anjo loiro da morte
O mais famoso acusado é Alfredo Astiz, conhecido como ‘o anjo loiro da morte’. Ele teria sido responsável pelo desaparecimento em 1977 de dez integrantes do grupo de Mães da Praça de Maio, organização criada pelas mães dos desaparecidos.
Após o processo contra os 19 acusados, que tem início hoje, seguirão outros processos. No total, 148 pessoas serão julgadas por crimes durante a ditadura militar. Embora em processos anteriores apenas membros do alto escalão da junta militar tenham sido condenados, este caso é voltado contra suspeitos de todas as graduações.
FONTE:
RNW - RADIO NEDERLAND WERELDOMROEP
http://www.rnw.nl/pt-pt/portugu%C3%AAs/article/guerra-suja-%C3%A9-revivida-em-processo-na-argentina
Estimativas do número de vítimas dos militares da Esma variam muito. O juiz argentino que cuida do caso diz que há 900 mortes documentadas. Organizações de direitos humanos falam em 5 mil vítimas da violência da Esma. Durante a última ditadura na Argentina (1976 – 1983), desapareceram, no total, 39 mil pessoas.
Voos da morte Na guerra suja, os opositores ao regime militar eram sequestrados, presos na Esma e torturados. Alguns foram levados em aviões e jogados vivos no mar, nos chamados ‘voos da morte’. O piloto da Transavia, Julio Poch, acusado de ter pilotado alguns deste voos, foi preso em setembro na Espanha e a Argentina pede sua extradição. A justiça argentina disse que Poch deverá ser julgado dentro de um ano.
Além das torturas e mortes, o processo da Esma também inclui suspeitos pelo roubo de filhos de presos políticos. Os bebês eram dados a famílias de militares ou seus parentes. Suas mães biológicas foram assassinadas. Por todos estes fatos, a Esma tornou-se um símbolo da brutalidade do regime militar argentino.
Anjo loiro da morte
O mais famoso acusado é Alfredo Astiz, conhecido como ‘o anjo loiro da morte’. Ele teria sido responsável pelo desaparecimento em 1977 de dez integrantes do grupo de Mães da Praça de Maio, organização criada pelas mães dos desaparecidos.
Após o processo contra os 19 acusados, que tem início hoje, seguirão outros processos. No total, 148 pessoas serão julgadas por crimes durante a ditadura militar. Embora em processos anteriores apenas membros do alto escalão da junta militar tenham sido condenados, este caso é voltado contra suspeitos de todas as graduações.
FONTE:
RNW - RADIO NEDERLAND WERELDOMROEP
http://www.rnw.nl/pt-pt/portugu%C3%AAs/article/guerra-suja-%C3%A9-revivida-em-processo-na-argentina
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