Novo vírus da gripe na Ásia é nova ameaça de pandemia
por PATRÍCIA JESUSHoje
Depois da pandemia de gripe A - ainda longe de estar terminada, alerta a OMS - os cientistas viram a sua atenção para outros vírus das aves capazes de infectar os humanos e gerar outras pandemias. Em Hong Hong, voltou a aparecer o H9N2.
O caso de uma menina chinesa de três infectada por um vírus da gripe que raramente afecta os humanos, o H9N2, está a preocupar as autoridades de saúde mundiais. É que este é um dos vírus das aves que os cientistas têm debaixo de olho como possível fonte de uma nova pandemia, logo a seguir ao mais conhecido H5N1, da gripe aviária.
As autoridades chinesas identificaram o H9N2 na criança, atendida num hospital de Hong Kong com sintomas de gripe. A menor teve alta a 11 de Dezembro e está completamente recuperada, mas o aparecimento do vírus fez as autoridades notificarem a Organização Mundial de Saúde (OMS).
É raro o H9N2 afectar humanos: desde 1999 só foram detectados sete casos, incluindo este. Todos tiveram pouca gravidade. Mas, mesmo assim, as autoridades de Hong Kong recomendam que se evite o contacto com aves de capoeira, o foco habitual destes vírus. Aliás, tal como o seu "primo" mais famoso - e também mais mortal - o H5N1.
Estas são as duas "ameaças" pandémicas que se mantêm desde os últimos anos do século XX e ambas vêm das aves, o grande reservatório natural dos vírus da gripe, explicou ao DN o virologista Jaime Nina. É isso que torna tão difícil o seu controlo e impossível a sua erradicação, conclui.
Assim, apesar da primeira pandemia do século XXI ter vindo do América do Norte, surpreendendo os cientistas, estes continuam atentos ao Oriente. A secretária-geral da OMS, Margaret Chan, reafirmou ontem que espera que o planeta nunca tenha de enfrentar uma pandemia de gripe das aves, para a qual não estamos preparados. É que, apesar de o H9N2 parecer pouco agressivo, o H5N1 mata cerca de 60% das pessoas que infecta: 263 pessoas desde 1997, segundo a OMS.
Felizmente, nem um nem outro arranjaram ainda maneira de se transmitir facilmente entre os humanos - uma capacidade fundamental para serem capazes de gerar uma pandemia.
Há nada menos nada mais do que 144 subespécies conhecidas de vírus da gripe, só do grupo A. O "nome" é dado pela caracterização das duas principais moléculas de superfície: a hemaglutinina (H), da qual são conhecidos 16 tipos; e a neuraminidase (N) da qual são conhecidos outros nove. Por exemplo, o vírus que causou a pandemia de 1918 era do tipo H1N1, tal como o da gripe A. Depois, os vírus são todos diferentes, tal como dois irmãos, da mesma família, explica Jaime Nina.
Hong Kong é um dos sentinelas mundiais para detectar vírus da gripe, porque está na Ásia, onde se iniciam normalmente as pandemias, tem uma grande concentração de população e de aves domésticas e a tecnologia necessária para isolar e identificar estes microrganismos.
O caso de uma menina chinesa de três infectada por um vírus da gripe que raramente afecta os humanos, o H9N2, está a preocupar as autoridades de saúde mundiais. É que este é um dos vírus das aves que os cientistas têm debaixo de olho como possível fonte de uma nova pandemia, logo a seguir ao mais conhecido H5N1, da gripe aviária.
As autoridades chinesas identificaram o H9N2 na criança, atendida num hospital de Hong Kong com sintomas de gripe. A menor teve alta a 11 de Dezembro e está completamente recuperada, mas o aparecimento do vírus fez as autoridades notificarem a Organização Mundial de Saúde (OMS).
É raro o H9N2 afectar humanos: desde 1999 só foram detectados sete casos, incluindo este. Todos tiveram pouca gravidade. Mas, mesmo assim, as autoridades de Hong Kong recomendam que se evite o contacto com aves de capoeira, o foco habitual destes vírus. Aliás, tal como o seu "primo" mais famoso - e também mais mortal - o H5N1.
Estas são as duas "ameaças" pandémicas que se mantêm desde os últimos anos do século XX e ambas vêm das aves, o grande reservatório natural dos vírus da gripe, explicou ao DN o virologista Jaime Nina. É isso que torna tão difícil o seu controlo e impossível a sua erradicação, conclui.
Assim, apesar da primeira pandemia do século XXI ter vindo do América do Norte, surpreendendo os cientistas, estes continuam atentos ao Oriente. A secretária-geral da OMS, Margaret Chan, reafirmou ontem que espera que o planeta nunca tenha de enfrentar uma pandemia de gripe das aves, para a qual não estamos preparados. É que, apesar de o H9N2 parecer pouco agressivo, o H5N1 mata cerca de 60% das pessoas que infecta: 263 pessoas desde 1997, segundo a OMS.
Felizmente, nem um nem outro arranjaram ainda maneira de se transmitir facilmente entre os humanos - uma capacidade fundamental para serem capazes de gerar uma pandemia.
Há nada menos nada mais do que 144 subespécies conhecidas de vírus da gripe, só do grupo A. O "nome" é dado pela caracterização das duas principais moléculas de superfície: a hemaglutinina (H), da qual são conhecidos 16 tipos; e a neuraminidase (N) da qual são conhecidos outros nove. Por exemplo, o vírus que causou a pandemia de 1918 era do tipo H1N1, tal como o da gripe A. Depois, os vírus são todos diferentes, tal como dois irmãos, da mesma família, explica Jaime Nina.
Hong Kong é um dos sentinelas mundiais para detectar vírus da gripe, porque está na Ásia, onde se iniciam normalmente as pandemias, tem uma grande concentração de população e de aves domésticas e a tecnologia necessária para isolar e identificar estes microrganismos.
FONTE:
DN CIÊNCIA
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