sábado, 26 de dezembro de 2009

cardeal patriarca de Lisboa

Patriarca saúda todos os que acreditam em "Deus único"
O cardeal patriarca de Lisboa, D. José Policarpo, saúda hoje na sua mensagem de Natal todos aqueles que acreditam no "Deus único", mesmo através de tradições religiosas diferentes.
"Temos muitas diferenças, mas temos algo em comum, a fé em Deus, ser supremo e amigo dos homens. A nossa fé, como a vossa, constitui um elemento decisivo para que esta nossa sociedade, por vezes tão desviada de uma dimensão grandiosa da vida, encontre o sentido da harmonia, da fraternidade e da paz", diz o cardeal na mensagem dirigida esta noite aos cidadãos via televisão e rádio.
"Saúdo os nossos irmãos judeus, membros do mesmo povo crente ao qual pertencemos, deles herdámos a beleza da Aliança, a ousadia dos profetas, a piedade orante dos Salmos, a certeza de que Deus intervém na nossa história", sublinha.
O cardeal saúda, também, "todos os irmãos" que acreditam no "Deus único, santo e misericordioso e que, como o povo bíblico, fundamentaram no encontro de Deus com Abraão o início da sua fé".
"Todos juntos havemos de contribuir para que Deus não seja excluído do nosso mundo e da nossa história",
lê-se no texto escrito pelo cardeal, realçando que "Deus existe e continua a amar a humanidade".
Segundo D. José Policarpo, nos últimos tempos tem-se falado muito de ateísmo: "Exprimiram-se ateus, pessoas e organizações, defendeu-se o direito de ser ateu e de exprimir a negação de Deus, manifestação da liberdade de consciência; deu-se a entender que não é o facto de os crentes acreditarem em Deus que faz com que Ele exista", mas "esqueceu-se a afirmação de que não é o facto de alguém não acreditar em Deus que faz com que Ele não exista", disse.
O Natal - prossegue - continua a trazer a todos uma mensagem de harmonia e de paz e ser crente ou descrente "não pode transformar-se em conflito, um motivo mais para as tensões e agressões mútuas entre os homens".
"Surpreendem-me as certezas apodícticas com que alguns proclamam o seu ateísmo. As próprias certezas da fé, sendo firmes, são humildes", declara o cardeal, realçando que o "Natal é o anúncio do amor inaudito de Deus pela humanidade, anúncio jubiloso, cumprimento de uma promessa e realização de um desejo do coração humano".
FONTE:
DN PORTUGAL

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