quarta-feira, 16 de dezembro de 2009

Acordo Climático

16/12/2009 - 10h48
Países em desenvolvimento se opõem a texto dinamarquês de acordo climático

Policiais dinamarqueses reprimem manifestação de ativistas com o uso de cacetetes e gás lacrimogêneo
Países como Brasil, China, Bolívia e Sudão, em representação aos países do G77, atrasaram hoje o início dos discursos dos líderes políticos para protestar contra a nova minuta dinamarquesa de acordo, que consideram que "saiu do nada".

A ex-ministra do Meio Ambiente dinamarquesa e até então presidente da cúpula da ONU sobre mudança climática (COP15), Connie Hedegaard, anunciou que a Presidência dinamarquesa apresentará hoje uma nova minuta que reunirá os resultados das duas vias de negociação.
Os 192 países reunidos na Dinamarca buscam selar um acordo internacional de redução de gases do efeito estufa que substitua o Protocolo de Kioto, que expira em 2012, e que determine o financiamento que os países ricos destinarão à mitigação da mudança climática nas nações em desenvolvimento.
As delegações do Brasil, China, Bolívia e Sudão criticaram que a Presidência dinamarquesa imponha agora um novo texto, depois que 130 países negociaram durante toda a madrugada para alcançar acordos.
"Não assinaremos nenhum texto saído do nada", disse um delegado do Sudão.
O chefe da delegação chinesa, Su Wei, disse que essa medida "ilegítima e injustificada coloca em risco" o sucesso da conferência.
"Todos tínhamos a esperança de que poderíamos seguir trabalhando sobre a base legítima dos textos que tanto nos custou para definir", afirmou.
Da delegação boliviana, afirmaram que o novo texto dinamarquês, ainda à espera de ser apresentado às partes, "não é o resultado de um processo democrático, transparente, participativo e includente".
O primeiro-ministro dinamarquês, Lars Lokke Rasmussen, pediu às delegações que evitassem criticar um texto que ainda não foi apresentado formalmente e disse que a proposta dinamarquesa "reúne os resultados" alcançados pelos dois grupos de trabalho da cúpula.
FONTE:
UOL - CIÊNCIA E SAÚDE

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