sexta-feira, 30 de novembro de 2012

domingo, 25 de novembro de 2012

Joyce Meyer - Ofensa como lidar com ela


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Joyce Meyer - Tendo uma atitude saudável consigo mesmo!


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malária

Premiado estudo português sobre mecanismo de protecção contra a malária
A malária é transmitida pelo mosquito Anopheles Dulce Fernandes

A investigadora portuguesa Ana Ferreira venceu o Prémio da Sociedade Portuguesa de Genética Humana 2012, com um trabalho que descreve um mecanismo molecular que protege contra a malária cerebral, responsável por um milhão de mortes por ano.
O estudo agora premiado descreve o mecanismo, que o corpo humano preservou ao longo da sua evolução, que está presente em pessoas com anemia falciforme, uma doença genética, grave sobretudo na sua forma severa, explicou à agência Lusa a investigadora.
Foi descoberto que esta mutação genética é muito prevalente precisamente nas populações onde a malária é endémica, funcionado como uma protecção contra a doença. As pessoas que têm apenas uma cópia da mutação genética responsável pela anemia falciforme não manifestam sintomas desta doença e conseguem tornar-se ao mesmo tempo resistentes à malária, que existe sobretudo na África subsariana.
Publicado no ano passado na revista científica internacional Cell, o trabalho de Ana Ferreira foi realizado num grupo liderado pelo investigador Miguel Soares, do Instituto Gulbenkian de Ciência. A investigadora da Universidade Nova de Lisboa, de 36 anos, vê agora o seu trabalho classificado como "o melhor publicado por um jovem investigador em Portugal", segundo um comunicado do Instituto Gulbenkian.
A anemia falciforme é um caso de livros. Quem observar ao microscópio uma gota de sangue de uma pessoa com a doença vê glóbulos vermelhos em forma de foice. A mutação está instalada na população humana porque torna as pessoas resistentes à malária cerebral. Durante décadas não se sabia porquê, mas a equipa de Miguel Soares percebeu que a enzima heme-oxigenase é a responsável.
Esta anemia é conhecida há mais de um século, mas só em 1949 é que se percebeu que era provocada por um erro na cadeia de aminoácidos da hemoglobina, a proteína que transporta o oxigénio nestas células. Os cientistas identificaram a mutação no gene da hemoglobina, verificaram que na África subsariana havia uma enorme quantidade de pessoas com esta doença – 30% em algumas populações - e fez-se a ligação da sua prevalência com a existência da malária, sem saberem porquê.
A malária aparece quando o mosquito Anopheles injecta um parasita do género Plasmodium nas pessoas. O parasita primeiro multiplica-se no fígado e depois nos glóbulos vermelhos. Os casos de malária mais graves são causados pelo Plasmodium falciparum. As pessoas sofrem febres horríveis devido ao rebentamento dos glóbulos vermelhos, dores no corpo e podem morrer de malária cerebral. Mas os indivíduos com esta mutação no sangue não são afectados pela forma grave da doença.
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ONGs temem retrocesso na igualdade de direitos após Primavera Árabe

ONGs temem retrocesso na igualdade de direitos após Primavera Árabe
Nas revoluções no mundo árabe, a igualdade para mulheres foi muitas vezes deixada de lado. No Dia Internacional da Não Violência contra a Mulher, muitas organizações falam de um retrocesso. Que lições se podem tirar?
Elas estavam na vanguarda na Praça Tahrir no Cairo, na Avenida Habib Bourghiba em Túnis, ou na Praça dos Mártires em Trípoli: durante a Primavera Árabe, as mulheres lutaram lado a lado com os homens em prol de um recomeço democrático – e com sucesso. No entanto, não puderam colher os frutos de seu triunfo.
"Observamos com preocupação o aumento de agressões sexuais em locais públicos, como também do uso do véu islâmico por mulheres", disse em entrevista à Deutsche Welle Dagmar Schumacher, chefe do escritório ONU Mulheres em Bruxelas.
Mulheres protestam na Tunísia
Ameaça de retrocesso
Desde outubro, entrou no ar no Egito o canal de TV islâmico Maria TV, no qual as mulheres só aparecem veladas da cabeça aos pés. Relatos sobre o aumento das agressões sexuais contra mulheres vêm tanto do Egito quanto da Líbia. A chefe do escritório da ONU disse temer "um retrocesso para as mulheres, em comparação com a situação antes da Primavera Árabe".
Além disso, a Tunísia discute incluir na nova Constituição, a ser possivelmente outorgada no próximo ano, que homens e mulheres se "complementam". A igualdade plena de direitos, tal como prescrita na lei tunisiana desde a década de 1950, estaria em perigo sob o governo do partido islâmico Ennahda.
"As blogueiras, que tanto contribuíram nos levantes da Primavera Árabe, agora estão sendo deixadas de lado", criticou Dagmar Schumacher do ONU Mulheres, "e quando se trata de elaborar uma nova Constituição, de repente, a igualdade entre homens e mulheres não tem tanta importância. Isso leva a grandes frustrações entre as mulheres." Milhares delas foram às ruas protestar contra a proposta de Constituição na Tunísia.
Mulheres, perdedoras na paz?
A desvantagem mulheres na reorganização de uma sociedade após guerras ou conflitos armados não é um fenômeno árabe, assinalou Heide Göttner, da organização de ajuda humanitária Amica. "Através dos conflitos, determinados padrões de gênero vêm à tona", declarou à DW. Ou seja: as mulheres aparecem em público e assumem a responsabilidade deixada pela falta de homens, quando estão envolvidos em conflitos armados como soldados ou combatentes.
No entanto, assim que os homens retornam ao seu cotidiano civil, frequentemente, as mulheres são banidas de volta à cozinha, explicou Göttner. "Como resposta à experiência contínua de violência e à militarização da sociedade, muitas vezes, resgatam-se padrões de gênero obsoletos: as mulheres são colocadas propositalmente em relações de dependência ou forçadas a assumir padrões obsoletos."
Na Alemanha, esse fenômeno foi observado mais claramente na década de 1950: as chamadas trümmerfrauen (mulheres dos destroços) reconstruíram o país após a Segunda Guerra, enquanto muitos homens ainda estavam prisioneiros. Nos anos do milagre econômico alemão, todavia, os homens dominaram o mundo profissional, enquanto as mulheres cuidavam da casa e das crianças.
Véu total na emissora islâmica Maria TV
Conhecer os direitos femininos
Em 1981, entrou em vigor a Convenção da ONU contra a Discriminação de Mulheres, ratificada por quase todos os Estados-membros das Nações Unidas. Entre eles, também os países da Primavera Árabe. Segundo a Convenção, em tais países, as mulheres gozam não somente do direito à proteção contra a discriminação estatal, por exemplo, na Justiça ou no mercado de trabalho, como também da proteção contra a violência e a violação dos direitos humanos na esfera privada.
Mas enquanto esses direitos estiverem somente no papel, eles continuam ineficazes: "A violência doméstica é um problema que não é discutido abertamente. Seguindo a mesma linha, são de negação as reações da polícia e também das autoridades", aponta Heide Göttner da Amica.
Muitas vezes, mulheres que procuram ajuda seriam rechaçadas e mandadas de volta para casa. Por esse motivo, a ONG humanitária, fundada em 1993 em reação à violência contra as mulheres na Guerra da Bósnia, não trabalha somente com grupos femininos. "As mulheres precisam desenvolver uma relação de confiança com as autoridades. Por isso, nossos projetos também sempre incluem cursos para as pessoas em posições-chave na polícia, Justiça e órgãos sociais e de saúde", enumera Göttner.
Dar voz às mulheres
Nesse contexto, segundo a experiência de Dagmar Schumacher, a inclusão de líderes políticos e religiosos é tão importante quanto o trabalho junto aos maridos, pais e irmãos na comunidade. "Nós realizamos no Líbano um programa que buscou especificamente o diálogo com os homens, para falar com eles sobre a igualdade de direitos."
Posteriormente, muitos dos participantes afirmaram que antes não sabiam que homens e mulheres tinham direitos iguais. Essa percepção não mudou somente "a vida desses homens, mas também a vida das comunidades, diretamente ", conclui Dagmar Schumacher.
Autora: Mirjam Gehrke (ca)
Revisão: Augusto Valente

DW.DE

Maddie McCann


Pedófilo inglês investigado pelo rapto de Maddie McCann
Por Redação
Maddie McCann (foto AP)

A Scotland Yard, polícia britânica que tomou conta da investigação relativa ao desaparecimento de Maddie McCann, no Algarve, em 2007, tem uma nova pista. Segundo a imprensa inglesa, a SY investiga nesta altura a possibilidade de Raymond Hewlett, um pedófilo registado que morava na Praia da Luz na altura do desaparecimento, ter estado envolvido no caso.
Hewlett já faleceu (em 2010) mas a teoria que está a ser investigada é que o britânico terá raptado Maddie, para a vender a um casal de ciganos.
O pedófilo foi interrogado na altura do desaparecimento mas negou qualquer envolvimento. A Scotlan Yard acredita agora, no entanto, que Hewlett pode mesmo ter sido o responsável e que levou Maddie para Marrocos, já que foi aí que a menina foi vista pela última vez, segundo testemunhas.
17:53 - 25-11-2012

Bangladesh

Pelo menos 121 mortos em incêndio em fábrica de têxteis
por Lusa, publicado por Graciosa SilvaHoje
Pelo menos 121 mortos em incêndio em fábrica de têxteis
Fotografia © Andrew Biraj/Reuters
(COM VÍDEO) Pelo menos 121 pessoas morreram hoje nos arredores da capital do Bangladesh, Daca, na sequência de um incêndio numa fábrica de têxteis, indicaram os bombeiros.

O fogo, que deflagrou ao final da noite de sábado deixando centenas de trabalhadores presos nos pisos superiores do edifício, foi dado como controlado hoje de manhã, após mais de quatro horas de combate às chamas.
"Resgatámos 112 corpos no domingo de manhã", disse fonte dos bombeiros à agência noticiosa francesa AFP.
Durante a madrugada já tinham sido recuperados outros nove corpos, alguns dos quais descobertos em diferentes pisos.
As causas do incêndio na fábrica Tazreen Fashion, a cerca de 30 quilómetros a norte de Daca, permanecem por apurar.
Muitas fábricas de têxteis do Bangladesh, onde são confecionadas peças de vestuário para serem exportadas para países ocidentais, têm circuitos elétricos defeituosos.
Em meados de setembro, um incêndio numa fábrica de têxteis em Karachi, capital económica do Paquistão, causou a morte a cerca de 300 trabalhadores.
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sábado, 24 de novembro de 2012

DIA MUNDIAL DE JEJUM E ORAÇÃO

Junte-se a nós no dia 1 de dezembro em um movimento mundial de oração e jejum em favor da libertação de dois cristãos presos em Togo, na África. Você pode ajudá-los. Ore e assine uma petição que pede a libertação dos missionários. Envolva-se!
Participe junto a nosotros este 1 de diciembre en un movimiento mundial de oración y ayuno en favor de la liberación de dos cristianos presos en Togo, Àfrica. Usted puede ayudarlos. Ore y firme una petición que pida la liberación de dos cristianos. ¡Participe!
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sexta-feira, 23 de novembro de 2012

A Grande Esperança #6 - Viver sem esperança, não é viver (Judas 10 e 13)


Sermão de quinta, 22/11 - Viver sem esperança, não é viver (Judas 10 e 13), da semana, A Grande Esperança com Pr. Alejandro Bullón da Igreja Adventista do Sétimo Dia.

A Janela - Alejandro Bullón


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Pelicula La Ventana - Alejandro Bullon


Sin hacer distinción de credo o religión, el Pastor Adventista Alejandro Bullón nos demuestra a través de esta pelicula una forma sencilla de dar a conocer a Nuestro Señor Jesucristo, sin tantos metodos, sin presionarnos a nosotros mismos, solamente demostrando amor hacia el projimo, una verdadera leccion para conquistar naciones, Bendiciones Pastor Bullón.
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migraña

Solo una cuarta parte de las personas que sufren migraña recibe un tratamiento adecuado
Migraña
  • El 45% de los afectados ni siquiera están diagnosticados.
  • Los pacientes tardan unos 15 años en llegar a la consulta del especialista.
  • Un estudio con 168 especialistas y 851 pacientes muestra que en España la migraña está infradiagnosticada e infratratada.
20MINUTOS.ES. 20.11.2012
La migraña es una enfermedad incapacitante que tiene un elevado coste social, médico y laboral. Sin embargo, en España está infradiagnosticada e infratratada. Así lo constata el estudio PRIMERA, centrado en pacientes con migraña que acudían por primera vez al neurólogo.
La migraña afecta sobre todo a mujeres de 20 a 50 añosEl trabajo, en el que han participado 168 especialistas y 851 pacientes, concluye que solo una cuarta parte de los pacientes que sufre migraña recibe un tratamiento adecuado y el 45% de los afectados ni siquiera están diagnosticados.
Un dolor de cabeza no es siempre una migraña. Hay tres tipos básicos de dolor de cabeza: la migraña, la cefalea tensional y el Cluster. El estudio ha revelado que la migraña afecta sobre todo a mujeres de 20 a 50 años, en una proporción de tres a uno sobre los hombres, y que, también, las migrañas conllevan una "elevada discapacidad" tanto por los dolores de cabeza como por los síntomas asociados –intolerancia a la luz, el ruido o el movimiento–, e incluso por los síntomas visuales.
La edad media de comienzo de la enfermedad es de 19 años. A partir de ahí, los pacientes aseguraban sufrir unas cuatro crisis al mes, con una duración media de 20 horas. En la inmensa mayoría de los casos (70,6%) el dolor se centraba sobre todo en uno de los lados de la cabeza, algo que es característico, aunque no específico, de las migrañas.
La media es sufrir cuatro crisis al mes, con una duración de 20 horasPese a todo esto, los pacientes tardan una media de 15 años en llegar a la consulta del especialista. Así, no es de extrañar que exista un elevado porcentaje de pacientes no diagnosticados. Estos suelen utilizar fármacos de libre dispensación sin control médico, principalmente analgésicos simples y antiinflamatorios no esteroideos.
"El estudio constata que la migraña sigue siendo infradiagnosticada e infratratada, con una deficiente utilización de los tratamientos específicos y, sobre todo, de los tratamientos preventivos encaminados a disminuir la frecuencia de episodios en aquellos pacientes en los que su número es elevado o la discapacidad inherente a los mismos muy alta", asegura Valentín Mateos, de la Unidad de Neurología de la Clínica La Luz, y coordinador del estudio junto a Jesús Porta-Etessam.
De hecho, sólo un 13,3% de los pacientes sigue algún tratamiento preventivo, y sólo el 17,4% sigue un tratamiento específico para las crisis de migraña.
Síntomas de la migraña
  • Dolor de cabeza (es el más incapacitante pero no el único).
  • Puede ir precedido de visión de luces.
  • Otros síntomas neurológicos.

Incapacidad laboral

El trabajo también arroja luz sobre el enorme impacto social que tiene esta enfermedad. Y es que a la juventud de los pacientes hay que añadir que el 62% de los encuestados eran trabajadores en activo y la mayoría personas con cualificación –el 30,4% tenían estudios universitarios y el 44,3% estudios secundarios–.
Se utilizan muchos analgésicos pese a su habitual ineficaciaRespecto al abordaje médico de la migraña, los autores han detectado que la utilización de analgésicos simples es "muy alta", a pesar de su habitual ineficacia en esta patología y que, por el contrario, la utilización de fármacos específicos "es baja" y con frecuencia está restringida al especialista.
Esto resulta "aún más evidente" en el caso de los tratamientos preventivos que, aseguran, son "los grandes olvidados" a pesar de los beneficios "tan ostensibles" que pueden conllevar para muchos afectados.
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artrite reumatóide

Molécula 'made in' Portugal contra a artrite reumatóide

A biotecnológica portuguesa Technophage desenvolveu um medicamento inovador, destinado à artrite reumatoide, e prepara-se para iniciar os testes em humanos. Um instituto chinês viu aqui uma boa oportunidade e quis fazer parte do processo de ensaios clínicos da primeira molécula biológica made in Portugal. 

Sara Sá (texto publicado na VISÃO nº 1028)
17:00 Terça feira, 20 de Novembro de 2012
Sempre que começa a explicar aquilo que faz, Frederico Silva, 37 anos, pega num papel e numa caneta e põe-se a desenhar. Numa simbologia simples, constrói células, proteínas e anticorpos. E tudo se torna mais fácil de entender.
Este jeito para o desenho ser-lhe-á particularmente útil nas duas semanas que vai passar em Xangai, China, embrenhado no Shangai Institute of Materia Medica (SIMM) uma instituição estatal de investigação científica. Em junho deste ano, a empresa portuguesa Technophage e o SIMM assinaram, em Lisboa, um protocolo de colaboração inédito. As duas entidades serão parceiras nos estudos pré-clínicos e clínicos, que agora se iniciam, de uma nova molécula, descoberta por aquela biotecnológica portuguesa, e que se destina ao tratamento da artrite reumatoide. Frederico Silva, licenciado em engenharia biotecnológica e doutorado em farmácia, é o responsável científico do projeto e esta será apenas uma das muitas deslocações que terá de fazer a Xangai, nos próximos sete ou oito anos, para acompanhar a produção do medicamento e o teste em doentes. Sem avançar muitos pormenores sobre o protocolo, Miguel Garcia, 44 anos, CEO da Technophage, sublinha: "O SIMM acredita nas potencialidades da molécula e, por isso, tem todo o interesse em realizar os ensaios clínicos necessários à colocação do medicamento no mercado chinês." A ideia para a colaboração partiu de Lisboa, mas o envolvimento da prestigiada instituição chinesa, onde já foram desenvolvidos medicamentos contra a malária ou para problemas de memória, representa um importante voto de confiança nos dez investigadores, altamente qualificados, da Technophage, empresa sediada no Instituto de Medicina Molecular.
"Neste setor é preciso atrair financiamento e a nível mundial. E o SIMM é o parceiro ideal: grande e eficiente. Queremos o mercado chinês e a nossa expectativa é chegar até à fase de comercialização do medicamento", continua Miguel Garcia, que se afirma defensor de um modelo de negócio sustentado neste tipo de parcerias, bem como no financiamento através de projetos europeus, em detrimento dos investimentos de capital de risco.
Vantagens da molécula portuguesa
  • Custos de produção potencialmente menores, graças à utilização de bactérias, em lugar de sistemas celulares de mamíferos.
  • Baixa toxicidade, uma vez que o organismo reconhece o anticorpo TA 101 como se fizesse parte dele mesmo, o que evita efeitos secundários severos.
  • Elevada capacidade de penetração nos tecidos, por causa do seu pequeno tamanho. Chega, assim, a células que não são atingidas por outros medicamentos já no mercado.
Todo este entusiasmo explica-se com o facto de a molécula desenvolvida pela Technophage, a TA 101, representar uma promessa no tratamento de patologias tão incapacitantes como a artrite reumatoide ou a doença de Chron. Pertencente à classe dos anticorpos de pequenos domínios, a TA 101 cabe na categoria das terapias biológicas baseadas nas potencialidades do organismo para combater determinadas doenças. "Só três empresas, em todo o mundo, trabalham neste tipo de anticorpos ", sublinha Frederico Silva.
MAIS EFICAZ, MAIS BARATOEm metade de uma folha A4, Frederico Silva resume a relação entre a TA 101 e a proteína TNF uma molécula da categoria das citoquinas, que existe no nosso organismo, à volta das células, e que serve de mediadora da comunicação que as envolve.
Quando o nível de TNF sobe acima dos valores normais, inicia-se um processo inflamatório, como é o caso da artrite reumatoide. Ora, a nossa TA 101 tem uma excelente afinidade com aquela proteína, ligando-se a ela e suavizando a resposta inflamatória. Uma vez que a artrite reumatoide é uma doença crónica, será necessário aplicar uma injeção mensal do medicamento para manter os níveis de TNF controlados.
O trabalho da equipa da Technophage começou em 2007, ano que representa um marco para os cerca de 40 mil portugueses mergulhados em dor por causa da artrite reumatoide. Ao cabo de meses de luta e de uma forte campanha de sensibilização promovida pelas associações de doentes, era finalmente aprovada a introdução das terapias biológicas para o tratamento daquela patologia autoimune, em que o sistema imunitário ataca tecidos do próprio corpo. Com menos efeitos secundários e aparecendo como tratamento de segunda linha, quando os de primeira deixam de obter resultados, os medicamentos biológicos ajudam a controlar a inflamação, o inchaço e a rigidez nas articulações sobretudo das mãos e dos pulsos, que massacram os doentes, normalmente jovens e em idade ativa. Mas a guerra não acaba aqui. Estudos recentes mostram que a incidência desta doença tem vindo a aumentar, principalmente entre as mulheres ( julga-se que por questões hormonais, estilo de vida e falta de vitamina D). E nem todos os doentes reagem como o esperado à terapêutica disponível. São urgentes outras opções, de preferência mais baratas um mês de terapia biológica custa cerca de mil euros. E o novo anticorpo TA 101 promete responder a mais do que um requisito: tem custos de produção potencialmente inferiores, apresentará menores efeitos secundários e nele vislumbrase uma grande capacidade de penetração nos tecidos.
'OLHÒ ROBÔ'Embalados pela aprovação das terapias biológicas e pelos resultados animadores de experiências com anticorpos de pequeno domínio, os investigadores da Technophage começaram, há cinco anos, a desenvolver a sua própria molécula.
Tudo se iniciou com uma comunidade de coelhos brancos, mantidos num ambiente completamente esterilizado de um biotério, na Faculdade de Medicina Veterinária. Nestes animais, injeta-se uma boa dose da proteína TNF. Nos coelhos, a TNF inoculada vai como que simular a doença, provocando uma resposta imunitária, de defesa. Os animais começam, então, a produzir anticorpos, para contrariar o seu efeito. Ao fim de dois meses, extrai-se o baço e a medula órgãos-chave do sistema imunitário, para colheita dos anticorpos, que estão a ser produzidos em ritmo acelerado. No laboratório, estas moléculas são humanizadas, o que quer dizer que se tornam idênticas às produzidas pelo nosso organismo.
Aí, entra em ação um robô, alojado numa das salas do segundo andar do Instituto de Medicina Molecular. "Foi o nosso maior investimento", diz Miguel Garcia, sem revelar, no entanto, o valor do equipamento que representa uma enorme poupança de tempo. Na máquina, entram dezenas de anticorpos diferentes, distribuídos por pequenas cavidades de uma placa de plástico. Em cada uma das cavidades, o robô injeta uma dose de TNF. Se houver ligação entre o anticorpo e a proteína inflamatória, surge uma coloração verde fluorescente e temos um bom candidato a medicamento. Se nada acontecer, o anticorpo não serve. No final do processo, o robô, capaz de analisar 4 mil moléculas numa semana, apresenta uma série de bons candidatos e, depois, cabe aos cientistas verificar qual o melhor dos melhores. O eleito é então produzido em larga escala por uma fábrica de bactérias, geneticamente modificadas para libertarem a TA 101 num processo semelhante à síntese de insulina.
PRIMEIRO A CHINA, DEPOIS O PLANETAA produção, deste modo descrita, parece trivial. Mas cada uma das fases do processo está sujeita a um rigoroso escrutínio, muitas verificações de segurança, e também de proteção. Por exemplo, a metodologia de utilização de coelhos para a extração de anticorpos está patenteada, assim como a própria TA 101.
Depois dos cinco anos de trabalho em laboratório e de testes em animais, é altura de ver o que a molécula de facto vale enquanto tratamento. Só lá para 2020, quando tiverem sido concluídas as três fases de ensaios clínicos em humanos, é que o produto poderá chegar ao mercado.
"Na China, acompanharemos o processo até ao fim. Seguiremos quer a produção quer os testes médicos", revela Miguel Garcia.
Paralelamente ao mercado asiático, a empresa portuguesa pretende entrar, também, no europeu. Para isso, já foi submetido um pedido de autorização, com vista ao início dos ensaios clínicos na Europa, ou CTA (Clinical Trials Application).
"Portugal tem muito boas condições para a descoberta de novos produtos.
Há investigação de qualidade nas universidades", diz Miguel Garcia. Mas uma parte significativa do trabalho de desenvolvimento de um novo produto biotecnológico passa pela subcontratação externa, como os advogados de patentes, que são americanos. É pouco provável que a TA 101 venha a ser comercializada em Portugal, ou noutro qualquer país europeu, com a marca da Technophage.
"O caminho é vender a uma grande farmacêutica, quando chegarmos à fase II dos ensaios clínicos", admite Miguel Garcia.
Além de se apresentar como uma promessa no tratamento da artrite reumatoide, a TA 101 é, igualmente, uma boa candidata ao alívio de outras doenças inflamatórias. Na forja, a empresa portuguesa tem outras moléculas inovadoras para o tratamento da osteoporose e da doença de Parkinson, ou para a eliminação de bactérias resistentes. Mas, sobre isto, Miguel Garcia pouco avança. O segredo, sabe-se, é a alma do negócio.
Ler mais: http://visao.sapo.pt/molecula-made-in-portugal-contra-a-artrite-reumatoide=f697875#ixzz2D5BEliVo

Não é fácil se despedir dos animais de estimação

Animais

Não é fácil se despedir dos animais de estimação

Reportagem de VEJA desta semana mostra que donos de bichos de estimação estão diante de um novo dilema ético e afetivo: sacrificar ou cuidar até o fim dos bichinhos enfraquecidos pelas doenças da velhice

Carolina Melo
Linfoma felino - Luciana e seu gato Vítor, paciente em estado terminal: “Não posso ser egoísta, se ele começar a sofrer muito, terei de optar pela eutanásia
Linfoma felino - Luciana e seu gato Vítor, paciente em estado terminal: “Não posso ser egoísta, se ele começar a sofrer muito, terei de optar pela eutanásia (Fotos: Claudio Gatti)
Ninguém gosta de pensar no momento em que será obrigado a se desfazer de seu animal de estimação - mas não é fácil cuidar dele quando ele fica velho e doente. Muitas vezes, quando os males da idade causam sofrimento ao bichinho, impondo-lhe uma má qualidade de vida, o veterinário dá o temido conselho: o melhor é sacrificá-lo. A eutanásia em animais domésticos tem se tornado necessária e frequente porque eles vivem muito mais do que no passado. Antigamente, era raro um cãozinho ou gato viver tempo suficiente para sua velhice se tornar um problema. Hoje, isso é muito comum. Os avanços na medicina veterinária verificados na última década permitem que os animais domésticos tenham uma longevidade inédita na história. Repete-se, com eles, o mesmo fenômeno que ocorre com os humanos, também beneficiados pela medicina. Os cães podem chegar aos 18 anos e os gatos, aos 20. Isso é o dobro da média dos anos 80. O lado negativo desse aumento na longevidade é o surgimento de doenças próprias da idade avançada, como insuficiência renal, problemas cardíacos e câncer.
Alívio temporário - Teixeira e a mulher, Maria Estela, com a cadela Nanuche: "Já tínhamos optado pela eutanásia, mas ela se recuperou em parte"
Alívio temporário - Teixeira e a mulher, Maria Estela, com a cadela Nanuche: "Já tínhamos optado pela eutanásia, mas ela se recuperou em parte"
A aplicação frequente da eutanásia a cães e gatos fez com que, há seis meses, o Conselho Federal de Medicina Veterinária emitisse uma resolução complementar ao seu código de ética tratando do assunto. “As mudanças, no geral, indicam maior preocupação com o bem-estar dos animais”, diz o veterinário Marcelo Teixeira, membro do conselho e professor da Universidade Federal Rural de Pernambuco. Pelo novo texto, foram classificados como inaceitáveis os métodos de eutanásia tradicionais, como submeter o animal a horas de aspiração de vapores de éter, o que lhe causa dores nos pulmões. A resolução recomenda, para o sacrifício do animal, métodos indolores como o uso de anestésicos, hoje o procedimento mais utilizado pelos veterinários. Os anestésicos são os mesmos usados em cirurgias, mas injetados em doses três vezes maiores. Quando o animal apaga, injeta-se cloreto de potássio, para estimular o coração a parar de funcionar. O animal não sente nada e morre de parada cardiorrespiratória entre 15 e 30 minutos após a aplicação do anestésico. O procedimento custa entre 300 e 600 reais, dependendo do tamanho do animal. Foi por meio de anestésicos que, há três meses, a consultora de moda paulistana Christina Kiraly sacrificou seu golden retriever George, de 14 anos. Após um ano lutando sem sucesso contra um câncer no fígado do cão, ela optou pela eutanásia. “Ele não era mais o mesmo”, relata. “Eu não conseguia assistir àquele sofrimento. Já conheci gente que prefere manter seu animal em agonia, mas eu não faria isso com o meu”, ela diz. Para aliviar a dor da perda, Christina guarda as cinzas de George numa urna.
VEJA desta semana
Quem, mesmo aconselhado pelos veterinários a realizar a eutanásia, prefere não sacrificar o amiguinho, deve se preparar para manter em casa um animal que requer tratamentos semelhantes aos utilizados em humanos, inclusive no preço cobrado por eles. A professora paulista Luciana Fernandez gastou 7 000 reais nos últimos dois meses para tratar de um linfoma que acometeu seu gato Vítor, de 10 anos. O animal foi tratado com quimioterapia, mas não teve boa resposta à medicação. Vítor é considerado um paciente em estado terminal, tem dificuldade para andar e precisa de medicamentos diários. “Prefiro acordar um dia e encontrá-lo morto a levá-lo a algum lugar para matá-lo”, ela diz. “Mas não posso ser egoísta, se ele começar a sofrer muito, terei de optar pela eutanásia”, completa. O advogado Lincon Teixeira e sua mulher, Maria Estela, desembolsaram 20 000 reais nos últimos sete meses para combater a insuficiência renal da cadela maltês Nanuche. O animal parou de comer, beber água e andar. “Já havíamos optado pela eutanásia se ela continuasse assim, porque ela estava sofrendo muito”, diz Estela. Nanuche se recuperou dos sintomas e seus donos acreditam que ela ainda tem qualidade de vida para seguir em frente. Há três anos o labrador Ring, da administradora Tatiana Hirakawa, ficou paralítico e se submeteu a uma cirurgia na coluna. Os veterinários a advertiram que, se ele não recuperasse os movimentos, o sacrifício seria a melhor opção. “Já gastei 15 000 reais em tratamentos e Ring recuperou, em parte, os movimentos”, ela conta.
Cirurgia na coluna - Tatiana e o labrador Ring, que ficou paralítico: 15 000 reais em tratamentos para evitar o sacrifício do animal
Cirurgia na coluna - Tatiana e o labrador Ring, que ficou paralítico: 15 000 reais em tratamentos para evitar o sacrifício do animal
A escritora americana Jessica Pierce, que há um ano sacrificou seu labrador, acaba de lançar nos Estados Unidos o livro The Last Walk (A Última Caminhada), em que aborda a eutanásia animal sob vários aspectos. Ela chama atenção para o fato de que muita gente sacrifica os animais porque simplesmente não tem paciência para cuidar deles quando velhos. Escreve Jessica: “A eutanásia de animais domésticos está profundamente enraizada na cultura americana, e raramente refletimos sobre as questões morais que ela envolve”. Nos Estados Unidos, 35% da população de 172 milhões de animais de estimação é considerada como paciente geriátrico. Isso abriu uma nova frente na medicina veterinária americana - os cuidados paliativos. Assim como é feito com os humanos, a medicina paliativa ameniza a dor e o sofrimento dos pacientes em estado terminal, até o momento da morte. Quando o sofrimento é incontornável e nem a medicina paliativa funciona, no entanto, o sacrifício pode ser a melhor solução para o amiguinho de longa data.
Morte por injeção - Christina e a urna com as cinzas do golden retriever George:"Eu não conseguia mais assistir àquele sofrimento"
Morte por injeção - Christina e a urna com as cinzas do golden retriever George:"Eu não conseguia mais assistir àquele sofrimento"
Amigos por mais tempo
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Visão positiva da velhice melhora a saúde de idosos

Terceira idade

Visão positiva da velhice melhora a saúde de idosos

Pessoas que encaram melhor a terceira idade têm menos problemas com realizar tarefas do cotidiano, como tomar banho ou vestir-se, diz estudo

Terceira idade: Visão positiva da velhice torna idosos mais saudáveis e independentes, diz estudo
Terceira idade: Visão positiva da velhice torna idosos mais saudáveis e independentes, diz estudo (Thinkstock)
Encarar a velhice de forma positiva pode ser uma maneira eficaz de melhorar a saúde. De acordo com uma pesquisa publicada nesta quarta-feira no periódico The Journal of The American Association (JAMA), essa atitude eleva as chances de um idoso readquirir a capacidade de realizar sozinho atividades do cotidiano, como tomar banho ou andar, e também retarda a perda dessa habilidade, problema que ocorre normalmente com o envelhecimento.

CONHEÇA A PESQUISA

Título original: Association Between Positive Age Stereotypes and Recovery From Disability in Older Persons

Onde foi divulgada: periódico The Journal of The American Association (JAMA)

Quem fez: Becca Levy, Martin Slade, Terrence Murphy e Thomas Gill

Instituição: Universidade Yale, Estados Unidos

Dados de amostragem: 598 pessoas com mais de 70 anos de idade

Resultado: Idosos que têm opiniões mais positivas sobre a velhice se recuperam mais facilmente da incapacidade de realizar tarefas do cotidiano. Eles também perdem essa capacidade de forma mais lenta do que idosos que são pessimistas em relação à velhice.
O estudo, feito na Universidade Yale, nos Estados Unidos, acompanhou 598 pessoas com mais de 70 anos ao longo de 11 anos. Quando a pesquisa começou, nenhum participante tinha dificuldade em realizar tarefas do cotidiano. No entanto, durante o período em que o estudo foi realizado, todos eles apresentaram, em algum momento, incapacidade em relação a essas tarefas.
Leia também: Sentimentos positivos podem reduzir risco de doenças cardiovasculares
Durante os anos do estudo, os pesquisadores avaliaram a saúde dos participantes e também a visão de cada um em relação à terceira idade. Para isso, a equipe pedia que esses indivíduos falassem a primeira frase ou as primeiras cinco palavras que lhes viessem à mente quando pensavam em velhice. As incapacidades levadas em conta no estudo foram aquelas que impediam que os idosos realizassem, sozinhos, tarefas do dia-a-dia, como tomar banho, vestir-se e andar.
De acordo com os pesquisadores, os idosos com o ponto de visa mais otimista em relação à velhice apresentaram até 44% mais chances de se recuperar completamente de alguma incapacidade do que os participantes mais pessimistas em relação à terceira idade. Ou seja, eles conseguiram voltar a realizar atividades cotidianas sem a de ajuda de alguém. Essas pessoas também foram mais capazes de atenuar a gravidade da incapacidade e, além disso, apresentaram um declínio mais lento dessas habilidades.
A pesquisa mostra, segundo os pesquisadores, que o ponto de vista de uma pessoa em relação à velhice pode fazer com que ela seja um idoso mais independente e saudável. Eles acreditam que os próximos estudos devam buscar formas de promover o otimismo entre pessoas que estão entrando na terceira idade.
FONTE 

Sancionada lei para SUS atender paciente com câncer em até 60 dias

Sancionada lei para SUS atender paciente com câncer em até 60 dias

23/11/2012 07h58- Atualizado em 23/11/2012 11h36

O texto publicado nesta sexta-feira (23) entra em vigor em 180 dias.
Se caso for grave, prazo pode ser menor. Lei prevê acesso a medicamentos.

Do G1, em Brasília e em São Paulo

A presidente Dilma Rousseff sancionou nesta sexta-feira (23) lei que estabelece um prazo de até 60 dias para que pacientes com câncer recebam o primeiro tratamento no Sistema Único de Saúde (SUS). O texto foi publicado na edição desta sexta do "Diário Oficial da União".
Se o caso for grave, o prazo pode ser menor, destaca o texto. Esse intervalo de dois meses é contado a partir da confirmação do diagnóstico, e o tratamento pode ser cirurgia, quimioterapia ou radioterapia. A lei também prevê acesso "gratuito e privilegiado" a analgésicos derivados do ópio (como morfina) a pacientes que sofram com dores intensas.
Os estados que possuem grandes espaços territoriais sem serviços especializados em oncologia deverão produzir planos regionais para atender à demanda dentro do prazo estabelecido. A lei entra em vigor em 180 dias contados a partir desta sexta-feira (23), data da publicação.
A proposta inicial, feita em 1997 pelo ex-senador Osmar Dias, falava apenas sobre tratamento com remédios contra a dor. Na Câmara, o projeto foi ampliado para essa nova versão.
Segundo a relatora do substitutivo, a senadora Ana Amélia (PP-RS), a demora em começar um tratamento contra o câncer é o principal problema dessa terapêutica no Brasil. Na opinião dela, a aprovação do projeto trará grandes benefícios para as mulheres com câncer de mama.
Ana Amélia disse, ainda, que não se deve esperar que a aprovação da lei "resulte na extinção das mortes por câncer no Brasil", mas que o Estado fará sua parte para combater a doença.
Segundo um levantamento publicado pelo Tribunal de Contas da União em outubro de 2011, o tempo médio que o SUS leva para iniciar um tratamento de quimioterapia é de 76,3 dias após o diagnóstico. Na radioterapia, o tempo aumenta para 113,4 dias.
Dentro da recomendação médica
Para o oncologista clínico Aldo Lourenço Dettino, do Hospital do Câncer A.C. Camargo, em São Paulo, o período de dois meses entre o diagnóstico e o início do tratamento é adequado. Segundo ele, a recomendação da Organização Mundial da Saúde é de entre seis e oito semanas -- ou seja, a nova lei está de acordo.
O atraso para começar o tratamento pode dar tempo para que o câncer avance, por isso é importante começar rápido. "No mínimo, quanto antes começar, menor a ansiedade", apontou o especialista.
No entanto, ele ressaltou que o prazo de mais de um mês é necessário para que os médicos escolham o melhor tipo de tratamento para cada caso específico. A decisão entre, por exemplo, uma cirurgia ou a quimioterapia, depende de exames que demoram para ficar prontos.
"Sem ter todos os dados, você pode não julgar idealmente o risco clínico e o risco oncológico", ponderou Dettino.
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quinta-feira, 22 de novembro de 2012

Estrada construída à volta da casa de idosos


China

Estrada construída à volta da casa de idosos

por Aldara Rodrigues, editado por Ricardo Simões Ferreira

 Casa do casal Baogen
Fotografia © Reuters
 Casa do casal Baogen
Fotografia © Reuters

Lou Baogen à janela de sua casa
Fotografia © Reuters

O governo da China ofereceu-se para compensar monetariamente o casal Baogen quando decidiu construir uma estrada no local onde está a casa de ambos. Só que o casal recusou sair e a estrada acabou por ser construída à volta do prédio.
Numa das estradas de Wenling, na província de Zhejiang, na China, os condutores deparar-se-ão com uma vista no mínimo estranha. Em pleno centro da estrada está um prédio de cinco andares, parcialmente demolido, onde mora um casal de idosos que, à janela, costuma observar a 'vista'.
Aquando da construção da estrada o governo ofereceu uma compensação monetária ao casal, que negou por achar não ser suficiente para construir uma nova casa, diz o site do jornal britânico 'The Daily Mail'.
De acordo com os meios de comunicação locais, citados pelo 'The Daily Mail', todos os vizinhos optaram por se mudar, tendo Lou Baogen e a sua esposa ficado sozinhos no prédio. Para assegurar a sua segurança os quartos adjacentes foram mantidos intactos mas todos os prédios à volta foram demolidos.
Ao contrário do que acontecia antigamente na China, hoje não é permitida a demolição de propriedades à força, sem ambas as partes chegarem a um entendimento. Neste sentido, não tendo sido possível deslocar o casal do prédio, a estrada acabou por ser construída à volta do mesmo, conferindo à zona um aspeto fora do comum, como as fotos documentam.
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Blackberrys mais propensos a causar alergias

Blackberrys mais propensos a causar alergias
Por Redação

As pessoas mais propensas a alergias devem manter-se distantes dos telemóveis Blackberry, pois segundo vários especialistas em alergias estes aparelhos são têm mais tendência para provocar alergias aos seus utilizadores, do que os outros smartphones, devido à presença de níquel (um metal potencialmente alergénico) na sua constituição.
O alerta partiu de especialistas do Colégio Americano de Alergia, Asma e Imunologia, durante o seu encontro científico anual. Os especialistas terão experimentado várias marcas de smartphones, procedendo à avaliação por quantidade de cobalto e níquel, dois metais potenciais para causar alergia.
«Cerca de um terço de todos os Blackberry contém níquel, mas nem níquel nem cobalto foram encontrados em iPhones ou Androides», afirmou a alergologista Tania Mucci, que acrescentou:
- Ambos os metais podem provocar reações alérgicas como manchas secas e comichão nas bochechas, na linha do maxilar e nas orelhas.
Segundo os especialistas os modelos mais antigo – atualmente menos populares no mercado – cerca de 91 por cento contém níquel e 52 por cento acusou a presença de cobalto.
O níquel pode ser encontrado em vários objetos, e são vulgarmente usados em moedas, joias e até mesmo maquilhagem. Cerca de 17 por cento das mulheres sofre de alergias a este metal, enquanto apenas 3 por cento dos homens são afetados. Os sintomas podem incluir vermelhidão, inchaço, comichão, eczema, bolhas e nos piores casos, chagas.
Os especialistas recomendam aos utilizadores de aparelhos Blackberry, sensíveis a alergias, que evitem conversas prolongadas ao telefone e que não passem muito tempo a escrever mensagens ou emails. 

Temporal destelha casas e derruba até torre de rádio em Candelária, RS


22/11/2012 17h14 - Atualizado em 22/11/2012 17h14
TEMPORAL DESTELHA CASAS E 

DERRUBA ATÉ TORRE DE RÁDIO EM

 CANDELÁRIA - RS

Chuva forte durou pouco mais de cinco minutos e provocou destruição.
Corpo de Bombeiros do município ainda avalia os estragos.


Temporal de curta duração provocou estragos em Candelária (Foto: Tiago Guedes/RBS TV)

Temporal de curta duração provocou estragos em Candelária (Foto: Tiago Guedes/RBS TV)

O município de Candelária, na Região Central do Rio Grande do Sul, foi atingido por um forte temporal que durou pouco mais de cinco minutos por volta das 16h desta quinta-feira (22). Apesar do pouco tempo, a chuva e o vento provocaram grande destruição na cidade. Segundo o Corpo de Bombeiros do município, que ainda avalia os estragos, mais de 20 casas foram destelhadas, árvores caíram em cima de carros e até a torre de uma rádio desabou com o vendaval.
A Defesa Civil do município aguarda que os estragos sejam contabilizados para providenciar ajuda. O Corpo de Bombeiros deve disponibilizar lonas para cobrir as casas destelhadas.


leishmaniose visceral

De 2000 para cá, leishmaniose visceral 

matou mais que a dengue em nove 

Estados

Tatiana Pronin
Do UOL, em São Paulo
Ray Wilson, Liverpool School of Tropical Medicine
O mosquito-palha "L. longipalpis" é o principal transmissor da leishmaniose visceral no Brasil

O mosquito-palha "L. longipalpis" é o principal transmissor da leishmaniose visceral no Brasil
Desde que a epidemia de dengue se intensificou no país, há alguns anos, todo mundo ouve o Ministério da Saúde anunciar medidas de combate ao mosquito Aedes aegypti. Mas pouca gente sabe o que tem sido feito para combater o Lutzomyia longipalpis, espécie de mosquito-palha responsável por uma doença que, de 2000 a 2011, causou mais mortes que a dengue em nove Estados – a leishmaniose visceral.
Também conhecida como calazar, a doença, que antes era limitada a áreas rurais e à Região Nordeste, hoje encontra-se em todo o território e, segundo especialistas ouvidos pelo UOL, está fora de controle. Levantamento feito com base em números do Ministério da Saúde mostra que, nos últimos 11 anos, a leishmaniose provocou 2.609 mortes em todo o país, enquanto a dengue foi responsável por aproximadamente 2.847 mortes (veja quadro abaixo).
O médico Carlos Henrique Costa, presidente da Sociedade Brasileira de Medicina Tropical, professor da Universidade Federal do Piauí e autor de vários estudos sobre a leishmaniose visceral, conta que doença era considerada tipicamente rural até 1980. A partir de então, a enfermidade começou a invadir algumas cidades grandes, como Teresina (PI) e São Luís (MA). Em pouco tempo, passou a afetar áreas urbanas de outras regiões, como Belo Horizonte (MG), Campo Grande (MS), Araçatuba e Bauru (SP), entre outras.
Sudeste
A expansão da doença no Sudeste, região mais populosa do país, preocupa ­ ­- os dados indicam que o total de casos quase dobrou de 2000 para 2011 (foram 314 e 592, respectivamente). E, o que é mais alarmante, o número de mortes foi quase seis vezes maior: saltou de 9 para 52.  

2000 A 2011: MORTES POR DENGUE X MORTES POR LEISHMANIOSE VISCERAL

Unidades da FederaçãoMortes por dengue*Mortes por leishmaniose visceral**
Rondônia461
Acre200
Amazonas420
Roraima176
Pará116153
Amapá130
Tocantins22173
Maranhão114334
Piauí35178
Ceará258268
Rio Grande do Norte8555
Paraíba2131
Pernambuco136117
Alagoas7358
Sergipe6453
Bahia156280
Minas Gerais177445
Espírito Santo1086
Rio de Janeiro5663
São Paulo258168
Paraná445
Santa Catarina-0
Rio Grande do Sul-0
Mato Grosso do Sul65194
Mato Grosso13245
Goiás26228
Distrito Federal178
  • Fonte: Sinan/Ministério da Saúde
  • *Atualizado em 31/01/2012 - dados sujeitos a alteração
  • **Até 2006 as mortes referem-se a UF de residência; a partir de 2007 foram consideradas mortes segundo UF fonte de infecção
A situação mais preocupante é a de Minas, que de 2000 a 2011 registrou 445 mortes pela doença - o número de vítimas da dengue não chega a metade disso.
O vetor já se instalou na periferia de Belo Horizonte, segundo especialistas. “Houve um ‘boom’ de condomínios com grandes jardins e essa terra provavelmente foi trazida de locais com presença do L. longipalpis”, afirma o pesquisador Reginaldo Brazil, do Instituto Oswaldo Cruz, no Rio de Janeiro.
Estudos sugerem que a leishmaniose visceral canina precede casos da doença em humanos no Brasil. Se a hipótese for verdadeira, a periferia de São Paulo também corre risco de virar foco, já que há registros de animais contaminados em cidades vizinhas como Campinas e Embu das Artes. Cidades um pouco mais distantes, como Araçatuba, são consideradas endêmicas (casos ocorrem frequentemente na região) há bastante tempo.
Recentemente, um foco importante da leishmaniose também foi encontrado em um canil no cemitério do Caju, na zona norte do Rio de Janeiro. Segundo a Secretaria Municipal de Saúde, todos os animais – ao todo 26 cachorros – foram sacrificados e o ambiente foi dedetizado. “O local vem sendo monitorado constantemente e nenhum outro caso foi notificado até o momento”, informou a pasta.
Adaptação
Uma vez que a espécie de mosquito-palha causadora da leishmaniose visceral acompanhou a migração populacional para o Sudeste, como um mosquito do campo foi capaz de se adaptar tão bem ao ambiente urbano?
Existem várias hipóteses, nenhuma delas comprovada. “Alguns pesquisadores acreditam que se trata de uma população de vetores geneticamente distinta”, diz Costa.
Mas também pode ser que o L. longipalpisseja simplesmente um inseto de fácil adaptação. “É um vetor robusto, que teve capacidade de se adaptar às mudanças do homem”, sugere Brazil.
Inseticida
Os famosos “fumacês” promovidos para combater a dengue não ajudam a combater o mosquito-palha? Infelizmente, não. O pesquisador do Instituto Oswaldo Cruz explica que o  L. longipalpis é mais noturno - aparece depois que o fumacê já passou, e os inseticidas usados para controlar oAedes não têm efeito residual. “O vetor percebe o cheiro e se esconde”, descreve. Ou seja: o fumacê pode até desalojar o vetor da leishmaniose temporariamente, mas não o elimina.
A substância mais eficaz para o controle doL. longipalpis é o DDT, que também já ajudou muito o Brasil no combate à malária, mas o composto foi banido por causar riscos à saúde e ao meio ambiente.
“Os piretroides, usados atualmente, também são tóxicos para humanos, mas bem menos que o DDT”, diz a biomédica Clara Lúcia Mestriner, professora associada de parasitologia da Universidade Federal de São Paulo.
Os inseticidas disponíveis hoje, no entanto, parecem não ter tanta eficácia contra o vetor, de acordo com o presidente da Sociedade Brasileira de Medicina Tropical. Além disso, há outras limitações, como a possibilidade de o inseto se tornar resistente.
Material orgânico
Medindo de 2 a 3 milímetros, o L. longipalpis é um inseto que gosta de sombra e material orgânico em decomposição. A destinação incorreta do lixo, tão comum no país, é o chamariz perfeito para o vetor. Mas não é o único foco.
Se é fácil achar o Aedes aegypti, que deposita suas larvas em locais onde há acúmulo de água, a missão é mais ingrata no caso do vetor da leishmaniose, cujas larvas podem estar escondidas na terra, ao lado de um arbusto ou de uma árvore frutífera.
As preferências e a capacidade de adaptação do vetor fazem com que a doença não esteja restrita a áreas de pobreza e sem saneamento, apesar do estigma. Mas essa é a população que continuará a ser a mais prejudicada, já que a doença é mais grave em pessoas com saúde debilitada e baixa nutrição.