Data de publicação : 3 Maio 2010 - 3:44pm
Por Willemien Groot (Foto: ESA)
O maior telescópio do mundo será construído no topo de uma montanha de 3 mil metros no deserto do Chile. O Telescópio Europeu Extremamente Grande (E-ELT), como tem sido chamado, deve entrar em operação em 2018.
O E-ELT será maior do que todos os telescópios profissionais existentes juntos e um verdadeiro monstro comparado com o atual maior telescópio do mundo, que tem uma superfície de 50 metros quadrados.
Algumas características: a cúpula do E-ELT será tão grande quanto os 52 mil assentos do Amsterdam Arena, estádio do Ajax Futebol Clube na capital holandesa. O telescópio incluirá um espelho de 42 metros de diâmetro e uma superfície de 1200 metros quadrados.
Sem poluição visual
O maior telescópio do mundo será construído no topo de uma montanha de 3 mil metros no deserto do Chile. O Telescópio Europeu Extremamente Grande (E-ELT), como tem sido chamado, deve entrar em operação em 2018.O E-ELT será maior do que todos os telescópios profissionais existentes juntos e um verdadeiro monstro comparado com o atual maior telescópio do mundo, que tem uma superfície de 50 metros quadrados.
Algumas características: a cúpula do E-ELT será tão grande quanto os 52 mil assentos do Amsterdam Arena, estádio do Ajax Futebol Clube na capital holandesa. O telescópio incluirá um espelho de 42 metros de diâmetro e uma superfície de 1200 metros quadrados.
Sem poluição visual
O holandês Tim de Zeeuw lidera o ESO, Observatório do Sudeste Europeu (formalmente: Organização Européia para Investigação Astronômica no Hemisfério Sul). Ele conhece bem o local proposto. A montanha está localizada no deserto do Atacama, no norte do Chile, a apenas 20 quilômetros do local do Telescópio Europeu Muito Grande (VLT) - atualmente o mais avançado observatório astronômico do mundo.
A localização é crucial: alta, seca e, mais importante, escura e remota. Afinal, poluição luminosa e nuvens são os principais inimigos de uma boa observação.
"Mais de 90% do tempo o céu está limpo", diz De Zeeuw. "Isso significa que durante a noite quase nunca há nuvens. Além disso, colocar o E-ELT a 20 quilômetros do centro de controle do ESO torna possível reforçar esse sistema único."
As autoridades chilenas decidiram tornar a vida do ESO um pouco mais fácil: tanto a montanha quanto o meio-ambiente em seu entorno foram designados áreas de proteção ambiental, onde projetos de construção estão proibidos por tempo indeterminado.
A localização é crucial: alta, seca e, mais importante, escura e remota. Afinal, poluição luminosa e nuvens são os principais inimigos de uma boa observação.
"Mais de 90% do tempo o céu está limpo", diz De Zeeuw. "Isso significa que durante a noite quase nunca há nuvens. Além disso, colocar o E-ELT a 20 quilômetros do centro de controle do ESO torna possível reforçar esse sistema único."
As autoridades chilenas decidiram tornar a vida do ESO um pouco mais fácil: tanto a montanha quanto o meio-ambiente em seu entorno foram designados áreas de proteção ambiental, onde projetos de construção estão proibidos por tempo indeterminado.
Pesquisas pioneiras
Tamanho é importante quando se trata de telescópios: quanto maior o espelho, maior a distância que se observar. O E-ELT será capaz de detectar até traços de luz muito fracos que viajaram 13 bilhões de anos para chegar à Terra. Isso permitirá aos astrônomos darem um enorme salto no tempo até o ponto logo após a criação do universo.
De Zeeuw espera que o mega telescópio também seja capaz de nos dizer mais sobre planetas extra-solares. Estes são os planetas que, tal como a Terra, estão perto o suficiente de uma estrela para tornar a vida possível.
Contribuição holandesa
De Zeeuw espera que o mega telescópio também seja capaz de nos dizer mais sobre planetas extra-solares. Estes são os planetas que, tal como a Terra, estão perto o suficiente de uma estrela para tornar a vida possível.
Contribuição holandesa
A Holanda está na vanguarda da astronomia européia e é um dos países fundadores da ESO, diz De Zeeuw:
"A indústria holandesa estará envolvida na construção de sub-componentes-chave para o telescópio e para a cúpula. Além disso, as instituições técnicas e universidades da Holanda, lideradas pela Escola Holandesa de Pesquisa em Astronomia (NOVA), já vêm trabalhando com o apoio do governo holandês em estudos detalhados de instrumentos para este telescópio."
Quantias milionárias
"A indústria holandesa estará envolvida na construção de sub-componentes-chave para o telescópio e para a cúpula. Além disso, as instituições técnicas e universidades da Holanda, lideradas pela Escola Holandesa de Pesquisa em Astronomia (NOVA), já vêm trabalhando com o apoio do governo holandês em estudos detalhados de instrumentos para este telescópio."
Quantias milionárias
Se o ESO concordar em realmente construir o E-ELT no final deste ano, a Holanda terá um papel de liderança no desenvolvimento dos instrumentos. No entanto, o financiamento pode ser um verdadeiro obstáculo. Um bilhão de euros é muito dinheiro num momento de crise financeira mundial. No entanto, de Zeeuw diz que eventualmente todo o dinheiro acabará voltando para a indústria europeia: "Não é como se todo o dinheiro fosse para a minha conta bancária e, em seguida, desaparecesse."
Os astrônomos esperam que o mega telescópio proporcione grandes avanços, comparáveis aos obtidos quando Galileu construiu seu primeiro telescópio, cerca de 400 anos atrás. Quando o E-ELT começar a operar em 2018, De Zeeuw será o primeiro na fila para observar o universo com um nível de detalhe nunca antes visto.
Os astrônomos esperam que o mega telescópio proporcione grandes avanços, comparáveis aos obtidos quando Galileu construiu seu primeiro telescópio, cerca de 400 anos atrás. Quando o E-ELT começar a operar em 2018, De Zeeuw será o primeiro na fila para observar o universo com um nível de detalhe nunca antes visto.
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