Substâncias alternativas que podem ser usadas no controle
Os órgãos municipais, responsáveis pela saúde da população, além de alertar para que seja feito um controle rigoroso sobre não deixar expostos objetos que possam acumular água(as larvas do mosquito da dengue se desenvolve preferencialmente em água parada), têm recomendado o uso de algumas substâncias alternativas para ajudar na eliminaçõa de criadouros do Aedes Aegypti, responsável pela transmissão da dengue. É o caso do sal fino de cozinha (uma colher de sopa para um copo de água) e água sanitária (uma colher de sopa para cinco litros de água) para criadouros em potencial que não podem ser eliminados, como ralos de escoamento de água.
Um subproduto de uma das linhas de pesquisa de meu laboratório (Laboratório de Vetores, UNESP de São José do Rio Preto, SP (linha que já desenvolvo há aproximadamente 20 anos), mostrou que a borra de café (o pó que resta no coador após preparado o cafezinho e que é jogado fora) é tóxico para a larva do Aedes. Trabalhando com alunas de mestrado e doutorado em Genética (destaco aqui Alessandra Laranja e Marluci Guirado), verificamos, em observações repetidas desde 2001, que numa proporção de quatro colheres de sopa cheias da borra para um copo de água, as larvas são intoxicadas e morrem entre 24 horas e 48 horas, mas mesmo as que demoram mais para morrer não evoluem para a fase seguinte do desenvolvimento, portanto, não chegam à fase adulta que é a fase da transmissão.
Importante, porém, é que nova borra deve ser acrescentada a cada sete dias, porque, como qualquer substância, ela também perde a validade.
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