Reabre amanhã centro de documentação sobre o nazismo
por Lusa Hoje Reabre na quinta feira, em Berlim, com novas instalações, o centro de documentação do regime nazi na antiga sede da polícia política de Hitler, a Gestapo, com uma exposição permanente que abrange uma área coberta de 800 metros quadrados.
A mostra está centrada no regime de terror nacional socialista, que subiu ao poder em 1933, e só seria derrubado em 1945, mercê da vitória dos aliados na II Guerra Mundial sobre a Alemanha nazi.
Os quatro grandes temas da exposição continuarão a ser a tomada do poder pelos nazis, as perseguições e o extermínio de milhões de pessoas, o fim da guerra e o pós-guerra.
A exposição, administrada pela Fundação Topografia do Terror, já existia, desde 1987, no mesmo local histórico, a Prinz-Albrecht-Strasse 8, onde a Gestapo, os altos comandos das SS, tropa de elite nazi, e a Reichssicherheitshauptamt (Agência Central de Segurança do III Reich) tinham a sede, formando uma autêntica central do aparelho repressor nazi, numa área de 4,5 hectares, equivalente a cinco campos de futebol.
As numerosas fotos e placas alusivas da exposição estavam, no entanto ao ar livre, em instalações provisórias, nas ruínas da cave do edifício bombardeado durante a ofensiva sobre Berlim das forças do exército soviético.
O novo centro de documentação estava planeado desde meados dos anos noventa, com base num projeto do arquiteto suíço Peter Zumthor, que idealizou um prédio assente em colunas de betão.
O exorbitante custo da obra, no entanto, levou o Senado de Berlim a mandar parar a construção, em 2000, depois de já terem sido gastos 10 milhões de euros, e a ordenar a destruição das colunas já erguidas, quatro anos depois.
Em 2005, realizou-se novo concurso, ganho pelos arquitetos alemães Úrsula Wilms e Heinz W. Hallmann, que se decidiram por um prédio retangular, discreto, mas funcional.
Na cerimónia inaugural falarão o presidente da Alemanha, Horst Koehler, o ministro da Cultura, Bernd Neumann, o presidente da Fundação Topografia do Terror, Andreas Nachama, e a presidente do Conselho Central dos Judeus na Alemanha, Charlotte Knoblauch, nomeadamente.
Os custos do projeto fracassado e do novo projeto, entretanto assumido pelo governo federal, e levaram-se a 38,5 milhões de euros, 22,2 milhões dos quais para o novo edifício e a área circundante, segundo o Ministério das Obras Públicas.
Mesmo nas anteriores instalações precárias, o memorial já era uma das grandes atrações turísticas de Berlim, e acolhia mais de meio milhão de visitantes por ano.
Devido aos estragos causados pela Guerra e, a partir de 1961, à construção do Muro de Berlim, que tornou a sua localização marginal, na parte ocidental da cidade, o histórico local esteve dezenas de anos caído no esquecimento.
Nos anos setenta, porém foi redescoberto, e após obras para colocar a descoberto o que restava da central da Gestapo, abriu ao público como centro de documentação, em 1987, por ocasião da passagem do 750.º Aniversário da elevação de Berlim a cidade.
FONTE:por Lusa Hoje Reabre na quinta feira, em Berlim, com novas instalações, o centro de documentação do regime nazi na antiga sede da polícia política de Hitler, a Gestapo, com uma exposição permanente que abrange uma área coberta de 800 metros quadrados.
A mostra está centrada no regime de terror nacional socialista, que subiu ao poder em 1933, e só seria derrubado em 1945, mercê da vitória dos aliados na II Guerra Mundial sobre a Alemanha nazi.
Os quatro grandes temas da exposição continuarão a ser a tomada do poder pelos nazis, as perseguições e o extermínio de milhões de pessoas, o fim da guerra e o pós-guerra.
A exposição, administrada pela Fundação Topografia do Terror, já existia, desde 1987, no mesmo local histórico, a Prinz-Albrecht-Strasse 8, onde a Gestapo, os altos comandos das SS, tropa de elite nazi, e a Reichssicherheitshauptamt (Agência Central de Segurança do III Reich) tinham a sede, formando uma autêntica central do aparelho repressor nazi, numa área de 4,5 hectares, equivalente a cinco campos de futebol.
As numerosas fotos e placas alusivas da exposição estavam, no entanto ao ar livre, em instalações provisórias, nas ruínas da cave do edifício bombardeado durante a ofensiva sobre Berlim das forças do exército soviético.
O novo centro de documentação estava planeado desde meados dos anos noventa, com base num projeto do arquiteto suíço Peter Zumthor, que idealizou um prédio assente em colunas de betão.
O exorbitante custo da obra, no entanto, levou o Senado de Berlim a mandar parar a construção, em 2000, depois de já terem sido gastos 10 milhões de euros, e a ordenar a destruição das colunas já erguidas, quatro anos depois.
Em 2005, realizou-se novo concurso, ganho pelos arquitetos alemães Úrsula Wilms e Heinz W. Hallmann, que se decidiram por um prédio retangular, discreto, mas funcional.
Na cerimónia inaugural falarão o presidente da Alemanha, Horst Koehler, o ministro da Cultura, Bernd Neumann, o presidente da Fundação Topografia do Terror, Andreas Nachama, e a presidente do Conselho Central dos Judeus na Alemanha, Charlotte Knoblauch, nomeadamente.
Os custos do projeto fracassado e do novo projeto, entretanto assumido pelo governo federal, e levaram-se a 38,5 milhões de euros, 22,2 milhões dos quais para o novo edifício e a área circundante, segundo o Ministério das Obras Públicas.
Mesmo nas anteriores instalações precárias, o memorial já era uma das grandes atrações turísticas de Berlim, e acolhia mais de meio milhão de visitantes por ano.
Devido aos estragos causados pela Guerra e, a partir de 1961, à construção do Muro de Berlim, que tornou a sua localização marginal, na parte ocidental da cidade, o histórico local esteve dezenas de anos caído no esquecimento.
Nos anos setenta, porém foi redescoberto, e após obras para colocar a descoberto o que restava da central da Gestapo, abriu ao público como centro de documentação, em 1987, por ocasião da passagem do 750.º Aniversário da elevação de Berlim a cidade.
DN GLOBO
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