Reportagem publicada em 01/03/2010
Última atualização 02/03/2010 14:55 TU
Moradores da cidade francesa de La Faute sur Mer, deixam suas casas inundadas com ajuda dos salva-vidas.Foto: Reuters
A passagem da tempestade Xynthia neste final de semana na França deixou pelo menos 50 pessoas mortas, segundo o mais recente balanço divulgado pelas autoridades do país. Mas o número de vítimas pode aumentar segundo o ministério francês do Interior porque ainda continuam as buscas por desaparecidos.
A tempestade atingiu os departamentos de Charente-Maritime e principalmente o de Vendée, no oeste do país. Mais de um milhão de lares ficaram sem eletricidade e vários vilarejos foram totalmente inundados devido ao rompimento de diques no oceano Atlântico.
Muitas casas também ficaram completamente destelhadas.
O presidente Nicolas Sarkozy pediu ação rápida do governo para socorrer os sinistrados. Na manhã desta segunda-feira ele sobrevoa de helicóptero as regiões atingidas pela tempestade e deve visitar Aiguillion-sur-Mer, cidade que registrou o maior número de mortos, 25.
No domingo à noite o governo anunciou uma ajuda financeira de emergência € 1 milhão diante da “catástrofe nacional”, segundo o primeiro-ministro François Fillon.
Segundo autoridades franceses e especialistas, a catástrofe natural foi resultado de uma conjunção excepcional de três fenômenos : ventos muito violentos de até 160 km/h, marés fortes e uma depressão que acentuou a subida das águas.
Os três fatores aconteceram ao mesmo tempo, durante a madrugada de sábado para domingo, surpreendendo os moradores.
Na véspera, o serviço francês de previsão meteorológica lançou um alerta vermelho, fato raro, para as regiões atingidas, mas nenhuma medida para retirada dos moradores foi tomada por autoridades locais.
Polêmica
Na segunda-feira de manhã mais de 220 mil residências continuavam sem eletricidade, uma situação que só deverá voltar ao normal dentro de alguns dias, de acordo com a previsão da empresa fornecedora de energia.
A passagem da tempestade Xynthia despertou polêmicas sobre responsabilidades de construções costeiras já que o rompimento do diques provocou inundações de diversas casas construídas bem próximas do Oceano.
Políticos de oposição evitam responsabilizar o governo, mas consideram que é preciso tirar lições da catástrofe e impor medidas mais severas para autorizar construções de casas no nível do mar.
Depois da França, a tempestade Xynthia prosseguiu sua rota, atingindo Bélgica, Luxemburgo e Alemanha.
FONTE:
RADIO FRANCE INTERNATIONALE - FRANÇA
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