quarta-feira, 3 de março de 2010

NASA

Cientistas alemães negam deslocação do eixo da Terra
por Lusa
04/03/2010 00:08
Cientistas alemães desmentiram hoje cálculos de um perito da NASA sobre uma deslocação de oito centímetros do eixo terrestre, devido ao sismo que abalou o Chile e às movimentações nas placas tectónicas que terá provocado.
Na terça feira, a agência espacial norte-americana (NASA) divulgou uma notícia, com base numa pesquisa do seu investigador Richard Gross, advertindo que uma das consequências da deslocação do eixo seria uma rotação mais rápida da terra de 1,26 micro segundos e a redução dos dias.
Os geógrafos alemães contestaram as referidas alterações geográficas e questionaram o trabalho de Gross.
"As mudanças no eixo da terra devido a um sismo são tão ínfimas, que não se podem medir, e por isso não são comprováveis", disse o professor Rainer Kind, do Centro de Pesquisa Geográfica de Potsdam, um dos mais reputados a nível mundial.
O que a NASA descreveu "só seria possível por influência externa, através da queda de um meteorito, por exemplo, mas nesse caso os estragos seriam tão grandes que, comparativamente, a deslocação do eixo terrestre seria insignificante", alegou.
O cientista alemão lembrou que já houve outros cálculos sobre a deslocação do eixo terrestre através de sismos anteriores, mas até hoje todos são considerados muito discutíveis.
Outro perito na matéria, o professor Karl-Heinz Glassmeier, da Sociedade Alemã de Geofísica, disse mesmo que tinha "deitado as mãos à cabeça", quando ouviu a notícia.
"Parece que a NASA só quis aparecer nas manchetes dos jornais, porque é totalmente impossível provar que tenha havido uma deslocação de oito centímetros do eixo terrestre", garantiu o mesmo especialista.
A influência de um sismo sobre a inclinação do planeta Terra "é extremamente reduzida", sublinhou também Mojib Latif, do Institituo de Ciências Marítimas de Kiel.
"Os principais responsáveis pela inclinação da Terra são os astros que nos rodeiam, sobretudo os planetas maiores e mais pesados, com a força de atracção que exercem e que pode provocar um sismo de dimensões semelhantes ao do Chile", explicou Latif.
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