Atualizado em 18 de março, 2010 - 08:56 (Brasília) 11:56 GMT
A Universidade de Cornell, no estado americano de Nova York, lançou nesta semana uma campanha de prevenção ao suicídio, depois que dois de seus estudantes se mataram na semana passada, além de um terceiro em fevereiro.
Desde o início do ano acadêmico, em setembro do ano passado, a instituição já contabilizou seis possíveis suicídios de alunos.
A universidade é marcada por muitos casos de suicídio de alunos que pulam de suas pontes
Os casos mais recentes apresentaram semelhanças: os três corpos foram encontrados sob uma das diversas pontes de até 30 metros de altura espalhadas pelo campus da Cornell.
"Apesar de sabermos que nossos desfiladeiros são belas marcas de nosso campus, eles podem ser lugares assustadores em tempos como esses", disse Susan Murphy, vice-presidente da universidade, em um vídeo no site da instituição.
Murphy classificou a semana passada como "especialmente dolorosa" e admitiu saber que a Cornell precisa "fazer ainda mais do que vem fazendo" para impedir essas mortes.
Para tentar prevenir novos suicídios, a Cornell vai posicionar seguranças nas pontes. Além disso, conselheiros acadêmicos e psicológicos começaram a bater nas portas dos dormitórios dos alunos para saber se está tudo bem e professores passaram a interromper suas aulas para dizer aos alunos que a universidade se importa com eles, não apenas academicamente, mas também pessoalmente.
Dois alunos pularam desta ponte no campus da Cornell
"É preciso colocar o sucesso acadêmico em perspectiva. Nada é mais importante do que a vida", enfatizou Murphy.
Adesivos com o número de telefone do serviço de prevenção ao suicídio da faculdade também foram espalhados pelo campus. Vídeos no site da faculdade estimulam os alunos a procurar ajuda e a cuidarem uns dos outros.
Fama negativa
Cornell já carrega há muito tempo a fama negativa de ser uma escola marcada por suicídios. Entre 2000 e 2005, houve 10 casos de suicídio confirmados na universidade.
A pressão exercida sobre os alunos, que precisam vencer um rigoroso sistema de avaliação, é vista por muitos como uma das causas dos suicídios. Mas o estresse não é exclusividade de Cornell, pois o rigor acadêmico faz parte da maioria das universidades americanas. Sua exclusividade seriam as pontes.
"Quando alguém morre por suicídio em um penhasco, é um ato muito visível", disse Timothy Marchell, psicólgo da universidade, ao diário americano New York Times, para justiifcar a fama da Cornell.
Marchell enfatiza que é difícil apontar uma causa que ligue todas as mortes, porque "a psicologia do suicídio pode ser muito individual", disse ele.
Porém, ele admite que o fato de outros seis alunos já terem se matado pode derrubar uma barreira na mente de outros alunos que enfrentam uma fase estressante.
"Nós temos de estar pensando sobre a influência potencial (dessas mortes) na psicologia coletiva", explicou.
Adesivos com o número de telefone do serviço de prevenção ao suicídio da faculdade também foram espalhados pelo campus. Vídeos no site da faculdade estimulam os alunos a procurar ajuda e a cuidarem uns dos outros.
Fama negativa
Cornell já carrega há muito tempo a fama negativa de ser uma escola marcada por suicídios. Entre 2000 e 2005, houve 10 casos de suicídio confirmados na universidade.
A pressão exercida sobre os alunos, que precisam vencer um rigoroso sistema de avaliação, é vista por muitos como uma das causas dos suicídios. Mas o estresse não é exclusividade de Cornell, pois o rigor acadêmico faz parte da maioria das universidades americanas. Sua exclusividade seriam as pontes.
"Quando alguém morre por suicídio em um penhasco, é um ato muito visível", disse Timothy Marchell, psicólgo da universidade, ao diário americano New York Times, para justiifcar a fama da Cornell.
Marchell enfatiza que é difícil apontar uma causa que ligue todas as mortes, porque "a psicologia do suicídio pode ser muito individual", disse ele.
Porém, ele admite que o fato de outros seis alunos já terem se matado pode derrubar uma barreira na mente de outros alunos que enfrentam uma fase estressante.
"Nós temos de estar pensando sobre a influência potencial (dessas mortes) na psicologia coletiva", explicou.
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