Uma campanha contra o aborto na Polónia está a criar polémica por utilizar imagens de Adolf Hitler e de fetos abortados em cartazes.
Mariana Cabral (www.expresso.pt)
20:19 Quinta-feira, 4 de Mar de 2010
"O aborto na Polónia foi introduzido por Hitler a 9 de Março de 1943." A frase provocadora acompanha as imagens de Adolf Hitler e de fetos abortados em outdoors colocados na cidade de Poznan, situada a oeste da Polónia, no passado dia 1 de Março.
Os cartazes fazem parte de uma campanha contra o aborto da responsabilidade da organização Fundacja Pro, que já justificou a acção que está a criar várias reacções negativas. Os responsáveis alegaram querer relembrar que o aborto foi introduzido na Polónia durante a Segunda Guerra Mundial como forma de controlar o crescimento da população, que era considerada inferior pelos nazis.
Na divulgação da campanha, que passa pela colocação de cartazes nas ruas, a Fundajca Pro indicou também as palavras do Papa João Paulo II, nascido na Polónia. "A História ensina-nos que a democracia sem valores facilmente se torna numa forma de totalitarismo claro ou fragilmente disfarçado".
Críticas aos cartazes
A campanha destina-se a celebrar o dia internacional da mulher (8 de Março), mas tem recebido várias críticas no país. "Entendo que a campanha foi concebida para chocar, mas há limites para o impacto", disse a deputada polaca Elzbieta Streker-Dembinska, ao jornal inglês "Daily Telegraph" . "Um feto e Adolf Hitler é uma comparação injustificada. A ideia é inaceitável e ultrapassa as fronteiras da decência", acusou.
A Polónia tem uma das leis mais restritivas da Europa sobre o aborto, que só é permitido em caso de violação, incesto ou risco de vida para a mulher e para o feto. A interrupção voluntária da gravidez foi quase proibida por uma lei aprovada em 1993, pouco depois da queda do governo comunista.
Os cartazes fazem parte de uma campanha contra o aborto da responsabilidade da organização Fundacja Pro, que já justificou a acção que está a criar várias reacções negativas. Os responsáveis alegaram querer relembrar que o aborto foi introduzido na Polónia durante a Segunda Guerra Mundial como forma de controlar o crescimento da população, que era considerada inferior pelos nazis.
Na divulgação da campanha, que passa pela colocação de cartazes nas ruas, a Fundajca Pro indicou também as palavras do Papa João Paulo II, nascido na Polónia. "A História ensina-nos que a democracia sem valores facilmente se torna numa forma de totalitarismo claro ou fragilmente disfarçado".
Críticas aos cartazes
A campanha destina-se a celebrar o dia internacional da mulher (8 de Março), mas tem recebido várias críticas no país. "Entendo que a campanha foi concebida para chocar, mas há limites para o impacto", disse a deputada polaca Elzbieta Streker-Dembinska, ao jornal inglês "Daily Telegraph" . "Um feto e Adolf Hitler é uma comparação injustificada. A ideia é inaceitável e ultrapassa as fronteiras da decência", acusou.
A Polónia tem uma das leis mais restritivas da Europa sobre o aborto, que só é permitido em caso de violação, incesto ou risco de vida para a mulher e para o feto. A interrupção voluntária da gravidez foi quase proibida por uma lei aprovada em 1993, pouco depois da queda do governo comunista.
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