por ABEL COELHO DE MORAIS - Hoje
Todos os anos milhares de pessoas visitam aldeia bósnia. Hierarquia está contra
O fenómeno "sobrenatural" das aparições e milagres que há cerca de 30 anos surgem ligados à localidade bósnia de Medjugorje vão ser investigados por uma comissão internacional nomeada pelo Vaticano, dirigida pelo cardeal Camillo Ruini, considerado uma pessoa de confiança de Bento XVI.
A dimensão da investigação, colocada sob a autoridade da Congregação para a Doutrina da Fé (CDF), indica que a dimensão do fenómeno de Medjugorje e seu significado no mundo católico não passam despercebida em Roma (ver entrevista). De facto, é esta a primeira vez na história da Igreja, como referiam ontem publicações católicas, que a CDF investiga um fenómeno de carácter sobrenatural enquanto este ainda decorre. Das seis pessoas que afirmam ter visto e recebido mensagens da Virgem Maria, desde Junho de 1981, duas continuam a relatar visões.
A posição do Vaticano, expressa em 1996 pela CDF, dirigida pelo cardeal Joseph Ratzinger, é a de que não devem ser organizadas peregrinações face às reticências dos bispos locais sobre as "aparições e revelações sobrenaturais".
Todos os anos largos milhares de pessoas visitam a pequena aldeia bósnia, apesar daquelas reticências. O actual bispo da diocese de Mostar, a que pertence Medjugorje, Ratko Peric, assim como o seu antecessor, Pavao Zanic, sempre desencorajaram abertamente as peregrinações; no início de 2010, Peric criticou uma deslocação à localidade do cardeal de Viena, Christoph Schoënborn. Classificando a sua visita como "pessoal", Schoënborn classificou o santuário - que não é reconhecido nem pelo Vaticano nem pela hierarquia de Mostar - como "uma árvore que já deu muitos frutos".
Peric e o seu antecessor organizaram comissões diocesanas para investigar o fenómeno - como é norma e sucedeu, por exemplo, com Lurdes e Fátima - cujos métodos e conclusões foram criticados. É também para pôr fim a uma certa controvérsia entre defensores e críticos de Medjugorje que esta comissão deve trabalhar, resolvendo de uma vez a questão.
O anúncio da sua constituição foi feita por Andrea Tornielli, de Il Giornale, considerado um dos mais bem informados jornalistas sobre questões do Vaticano.
Dos 20 membro da comissão, Tornielli indica o arcebispo de Sarajevo, cardeal Vinko Pulijc, o arcebispo de Zagreb, Josip Bozanic, o presidente emérito do Pontifício Conselho para os Textos Legislativos, cardeal Herranz Casado, e o jesuíta e psicólogo francês Tony Anatrella, além de especialistas em Mariologia e alguns leigos.
Tornielli sublinha que os membros da comissão foram escolhidos pelo cardeal Ruini, que vetou a presença do bispo de Mostar. O jornalista termina o texto notando que João Paulo II "estava pessoalmente convicto da autenticidade" das aparições na Bósnia.
O fenómeno "sobrenatural" das aparições e milagres que há cerca de 30 anos surgem ligados à localidade bósnia de Medjugorje vão ser investigados por uma comissão internacional nomeada pelo Vaticano, dirigida pelo cardeal Camillo Ruini, considerado uma pessoa de confiança de Bento XVI.
A dimensão da investigação, colocada sob a autoridade da Congregação para a Doutrina da Fé (CDF), indica que a dimensão do fenómeno de Medjugorje e seu significado no mundo católico não passam despercebida em Roma (ver entrevista). De facto, é esta a primeira vez na história da Igreja, como referiam ontem publicações católicas, que a CDF investiga um fenómeno de carácter sobrenatural enquanto este ainda decorre. Das seis pessoas que afirmam ter visto e recebido mensagens da Virgem Maria, desde Junho de 1981, duas continuam a relatar visões.
A posição do Vaticano, expressa em 1996 pela CDF, dirigida pelo cardeal Joseph Ratzinger, é a de que não devem ser organizadas peregrinações face às reticências dos bispos locais sobre as "aparições e revelações sobrenaturais".
Todos os anos largos milhares de pessoas visitam a pequena aldeia bósnia, apesar daquelas reticências. O actual bispo da diocese de Mostar, a que pertence Medjugorje, Ratko Peric, assim como o seu antecessor, Pavao Zanic, sempre desencorajaram abertamente as peregrinações; no início de 2010, Peric criticou uma deslocação à localidade do cardeal de Viena, Christoph Schoënborn. Classificando a sua visita como "pessoal", Schoënborn classificou o santuário - que não é reconhecido nem pelo Vaticano nem pela hierarquia de Mostar - como "uma árvore que já deu muitos frutos".
Peric e o seu antecessor organizaram comissões diocesanas para investigar o fenómeno - como é norma e sucedeu, por exemplo, com Lurdes e Fátima - cujos métodos e conclusões foram criticados. É também para pôr fim a uma certa controvérsia entre defensores e críticos de Medjugorje que esta comissão deve trabalhar, resolvendo de uma vez a questão.
O anúncio da sua constituição foi feita por Andrea Tornielli, de Il Giornale, considerado um dos mais bem informados jornalistas sobre questões do Vaticano.
Dos 20 membro da comissão, Tornielli indica o arcebispo de Sarajevo, cardeal Vinko Pulijc, o arcebispo de Zagreb, Josip Bozanic, o presidente emérito do Pontifício Conselho para os Textos Legislativos, cardeal Herranz Casado, e o jesuíta e psicólogo francês Tony Anatrella, além de especialistas em Mariologia e alguns leigos.
Tornielli sublinha que os membros da comissão foram escolhidos pelo cardeal Ruini, que vetou a presença do bispo de Mostar. O jornalista termina o texto notando que João Paulo II "estava pessoalmente convicto da autenticidade" das aparições na Bósnia.
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