Risco de deslizamentos dificulta trabalhos de resgate no Rio
Três dias após o início das chuvas que já deixaram 120 mortos no Rio de Janeiro, os riscos de novos deslizamentos dificultam o trabalho de resgate de vítimas soterradas.
Três dias após o início das chuvas que já deixaram 120 mortos no Rio de Janeiro, os riscos de novos deslizamentos dificultam o trabalho de resgate de vítimas soterradas.
Apesar da diminuição do volume de chuvas, o solo continua encharcado e os bombeiros trabalham em áreas de bastante instabilidade.
“O trabalho tem que ser feito com muita cautela”, disse um porta-voz do Corpo de Bombeiros.
Segundo ele, as operações de resgate incluem um militar que trabalha apenas na observação do local durante as escavações para garantir a segurança dos outros bombeiros.
“Esse militar está lá apenas para verificar se a situação é segura e se há alguma ameaça iminente”, afirmou.
O enviado especial da BBC ao Rio de Janeiro Paulo Cabral afirma que no Morro dos Prazeres, onde 15 pessoas morreram, a impaciência de alguns moradores aumentavam ainda mais os riscos.
“Mesmo com os bombeiros estão trabalhando, as pessoas estão impacientes e tentam ajudar a cavar com ferramentas disponíveis ou mesmo com as mãos”, disse Cabral.
Nesta quarta-feira, o nível de alerta de deslizamentos de terra na cidade do Rio de Janeiro foi reduzido de “muito alto” para “alto”, o segundo mais elevado em uma escala de quatro níveis da Defesa Civil Municipal. A informação é do Sistema AlertaRio.Já o alerta de chuvas do Sistema AlertaRio está classificado apenas como “estado de vigilância”, ou seja, o mais baixo dos quatro níveis. Esse nível de alerta prevê que não haverá chuvas, pelo menos, nas próximas seis horas.
Mortes
De acordo com o último boletim do Corpo de Bombeiros, divulgado às 22h, as chuvas dos últimas dias já deixaram 145 mortos. Os municípios mais atingidos são Niterói, onde já foram registradas 79 mortes e a capital fluminense, com 44 vítimas. O número de desaparecidos não foi divulgado.
Desde o início das operações, na segunda-feira, cerca de 2 mil bombeiros estão envolvidos no resgate das vítimas das enchentes, especialmente dos desabamentos.
Segundo a assessoria de comunicação do Corpo de Bombeiros, a prioridade neste momento é o resgate das vítimas. Após o término dessa operação, a Defesa Civil deve fazer uma avaliação dos locais atingidos para realizar possíveis interditações.
Ainda nesta quarta-feira, o prefeito do Rio de Janeiro, Eduardo Paes, solicitou ao governo federal investimentos na ordem de R$ 370 milhões.
Do total, cerca de R$ 70 milhões seriam para a realização de obras de geotecnia nas áreas de risco em encostas, R$ 30 milhões em obras de drenagem, sobretudo nos bairros da Tijuca e de Jacarepaguá e R$ 270 milhões em obras estruturais na Praça da Bandeira, local do centro historicamente conhecido pelos constantes alagamentos durante temporais.
“O trabalho tem que ser feito com muita cautela”, disse um porta-voz do Corpo de Bombeiros.
Segundo ele, as operações de resgate incluem um militar que trabalha apenas na observação do local durante as escavações para garantir a segurança dos outros bombeiros.
“Esse militar está lá apenas para verificar se a situação é segura e se há alguma ameaça iminente”, afirmou.
O enviado especial da BBC ao Rio de Janeiro Paulo Cabral afirma que no Morro dos Prazeres, onde 15 pessoas morreram, a impaciência de alguns moradores aumentavam ainda mais os riscos.
“Mesmo com os bombeiros estão trabalhando, as pessoas estão impacientes e tentam ajudar a cavar com ferramentas disponíveis ou mesmo com as mãos”, disse Cabral.
Nesta quarta-feira, o nível de alerta de deslizamentos de terra na cidade do Rio de Janeiro foi reduzido de “muito alto” para “alto”, o segundo mais elevado em uma escala de quatro níveis da Defesa Civil Municipal. A informação é do Sistema AlertaRio.Já o alerta de chuvas do Sistema AlertaRio está classificado apenas como “estado de vigilância”, ou seja, o mais baixo dos quatro níveis. Esse nível de alerta prevê que não haverá chuvas, pelo menos, nas próximas seis horas.
Mortes
De acordo com o último boletim do Corpo de Bombeiros, divulgado às 22h, as chuvas dos últimas dias já deixaram 145 mortos. Os municípios mais atingidos são Niterói, onde já foram registradas 79 mortes e a capital fluminense, com 44 vítimas. O número de desaparecidos não foi divulgado.
Desde o início das operações, na segunda-feira, cerca de 2 mil bombeiros estão envolvidos no resgate das vítimas das enchentes, especialmente dos desabamentos.
Segundo a assessoria de comunicação do Corpo de Bombeiros, a prioridade neste momento é o resgate das vítimas. Após o término dessa operação, a Defesa Civil deve fazer uma avaliação dos locais atingidos para realizar possíveis interditações.
Ainda nesta quarta-feira, o prefeito do Rio de Janeiro, Eduardo Paes, solicitou ao governo federal investimentos na ordem de R$ 370 milhões.
Do total, cerca de R$ 70 milhões seriam para a realização de obras de geotecnia nas áreas de risco em encostas, R$ 30 milhões em obras de drenagem, sobretudo nos bairros da Tijuca e de Jacarepaguá e R$ 270 milhões em obras estruturais na Praça da Bandeira, local do centro historicamente conhecido pelos constantes alagamentos durante temporais.
Indenizações
O governador do Rio de Janeiro, Sérgio Cabral, pediu, nesta quarta-feira, mudanças na legislação que impede que recursos federais sejam utilizados para indenizar moradores em áreas de risco que não possuem registro de imóvel.
“Este é um pleito de todos os prefeitos, pois 95% das habitações em áreas de risco não possuem regulamentação fundiária. E para a gente ter objetividade precisamos de uma legislação especial, que pode ser alterada através de medida provisória”, disse o governador.
Atualmente, qualquer programa do governo federal exige, por meio da Caixa Econômica Federal, o título de propriedade reconhecido (RGI) para indenizar famílias desapropriadas ou para reassentá-las.
O governador fez as declarações durante uma reunião esta tarde com o prefeito Eduardo Paes e o ministro de Integração Nacional, João Santana, para avaliar os estragos deixados pelas chuvas dos últimos dois dias e os investimentos necessários para obras de emergência.Eduardo Paes descartou a hipótese de que a mudança na lei possa estimular a proliferação de construções de casas irregulares. “O que estimula a construção irregular na cidade do Rio é a conivência das autoridades. O poder público precisa apenas agir com rigor e é o que faremos.”
O governador do Rio de Janeiro, Sérgio Cabral, pediu, nesta quarta-feira, mudanças na legislação que impede que recursos federais sejam utilizados para indenizar moradores em áreas de risco que não possuem registro de imóvel.
“Este é um pleito de todos os prefeitos, pois 95% das habitações em áreas de risco não possuem regulamentação fundiária. E para a gente ter objetividade precisamos de uma legislação especial, que pode ser alterada através de medida provisória”, disse o governador.
Atualmente, qualquer programa do governo federal exige, por meio da Caixa Econômica Federal, o título de propriedade reconhecido (RGI) para indenizar famílias desapropriadas ou para reassentá-las.
O governador fez as declarações durante uma reunião esta tarde com o prefeito Eduardo Paes e o ministro de Integração Nacional, João Santana, para avaliar os estragos deixados pelas chuvas dos últimos dois dias e os investimentos necessários para obras de emergência.Eduardo Paes descartou a hipótese de que a mudança na lei possa estimular a proliferação de construções de casas irregulares. “O que estimula a construção irregular na cidade do Rio é a conivência das autoridades. O poder público precisa apenas agir com rigor e é o que faremos.”
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