Cientistas portugueses do Instituto Gulbenkian de Ciência descobrem que a formação das costelas dos animais vertebrados resulta da actividade dos genes Hox.
Virgílio Azevedo (www.expresso.pt)
12:27 Terça-feira, 27 de Abril de 2010
Os ratos têm 13 pares de costelas (foto da esquerda), mas depois da experiência feita pelos cientistas portugueses foram gerados ratos com costelas excedentárias até à cauda (foto da direita)
Cientistas do Instituto Gulbenkian de Ciência (IGC), em Oeiras, descobriram que a formação das costelas dos animais vertebrados se deve à actividade de uma classe de genes conhecida por genes Hox.
E descobriram também que todo este processo de formação se inicia nos genes dos músculos, na fase do embrião, que depois enviam sinais para activar os genes das costelas, o que significa que a formação das costelas e dos músculos que as suportam é um processo coordenado.
Segundo Moisés Mallo, líder desta equipa de cientistas, "as nossas descobertas revelam um processo mais complexo do que imaginávamos", mas que tem toda a lógica "do ponto de vista evolutivo e funcional", ou seja, "não faz sentido fazer costelas sem músculos".
Mecanismo único gera costelas e músculos associados
Por isso mesmo, no embrião "a produção de costelas e músculos associados está sob o controlo de um mecanismo único e minuciosamente coordenado", conclui o investigador do IGC.
As descobertas portuguesas foram reveladas num estudo publicado pela revista científica de referência internacional "Developmental Cell", onde se explica que os investigadores do IGC geraram pequenos ratos com costelas excedentárias ao forçarem a activação de um classe de genes Hox - os Hox6 - na zona do seu corpo que dá origem à região lombar, onde habitualmente não há costelas.
Assim, em vez dos habituais 13 pares de costelas, os pequenos ratos nasceram com costelas da região cervical até à cauda, ficando com um esqueleto mais próximo do esqueleto de um cobra.
Sistema de equilíbrio
Até agora pensava-se que a região sem costelas do embrião do rato resultava da acção inibitória dos genes da classe Hox10, e experiências feitas anteriormente, onde estes genes foram desactivados, fizeram com que os ratos nascessem com costelas em excesso.
As descobertas agora publicadas sugerem "que os dois grupos de genes (os Hox6 e os Hox10) se equilibram", argumenta Moisés Mallo, porque um dos grupos (Hox6) contribui para a formação das costelas, dando origem à região torácica, e o outro (Hox10) "bloqueia a actividade da região lombar".
Os seres humanos têm 12 pares de costelas que formam, tal como nos ratos, a caixa torácica. As cobras têm entre 200 a 400 pares de costelas desde o pescoço até à cauda.
E descobriram também que todo este processo de formação se inicia nos genes dos músculos, na fase do embrião, que depois enviam sinais para activar os genes das costelas, o que significa que a formação das costelas e dos músculos que as suportam é um processo coordenado.
Segundo Moisés Mallo, líder desta equipa de cientistas, "as nossas descobertas revelam um processo mais complexo do que imaginávamos", mas que tem toda a lógica "do ponto de vista evolutivo e funcional", ou seja, "não faz sentido fazer costelas sem músculos".
Mecanismo único gera costelas e músculos associados
Por isso mesmo, no embrião "a produção de costelas e músculos associados está sob o controlo de um mecanismo único e minuciosamente coordenado", conclui o investigador do IGC.
As descobertas portuguesas foram reveladas num estudo publicado pela revista científica de referência internacional "Developmental Cell", onde se explica que os investigadores do IGC geraram pequenos ratos com costelas excedentárias ao forçarem a activação de um classe de genes Hox - os Hox6 - na zona do seu corpo que dá origem à região lombar, onde habitualmente não há costelas.
Assim, em vez dos habituais 13 pares de costelas, os pequenos ratos nasceram com costelas da região cervical até à cauda, ficando com um esqueleto mais próximo do esqueleto de um cobra.
Sistema de equilíbrio
Até agora pensava-se que a região sem costelas do embrião do rato resultava da acção inibitória dos genes da classe Hox10, e experiências feitas anteriormente, onde estes genes foram desactivados, fizeram com que os ratos nascessem com costelas em excesso.
As descobertas agora publicadas sugerem "que os dois grupos de genes (os Hox6 e os Hox10) se equilibram", argumenta Moisés Mallo, porque um dos grupos (Hox6) contribui para a formação das costelas, dando origem à região torácica, e o outro (Hox10) "bloqueia a actividade da região lombar".
Os seres humanos têm 12 pares de costelas que formam, tal como nos ratos, a caixa torácica. As cobras têm entre 200 a 400 pares de costelas desde o pescoço até à cauda.
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