domingo, 11 de abril de 2010

France Télécom

Tribunal abre investigação sobre suicídios
11/04/2010
Manifestação em Nancy, em outubro de 2009 (Fonte: Le point)
O tribunal de Paris abriu na quinta, 8, um inquérito judicial contra a France Télécom. Ela está sendo acusada de “assédio moral”, devido a uma onda de suicídios que ocorreu dentro da empresa. Este inquérito se deve a uma reclamação do sindicato Sud apresentada no final do ano passado e a um relatório apresentado, em fevereiro, pela Inspeção do Trabalho, que é responsável pela investigação dos suicídios na France Télécom.
Segundo o relatório apresentado pela Inspeção do Trabalho, a empresa está sendo acusada de “colocar em perigo a vida dos outros e de assédio sobre os métodos de gestão suscetíveis de prejudicar a saúde dos trabalhadores”. A inspeção analisou, em particular, 14 casos de suicídios, tentativas de suicídios e depressão patológica”. A investigação também acusa a empresa “de insuficiência de documento de avaliação de riscos dentro da empresa”.
Os sindicatos Confédération Française de l’encadrement (CFE) e Confédération Générale des cadres (CFC), junto com a União de Sindicatos Autônomos (Unsa) vão instaurar um processo civil contra a France Télécom. “A constituição do processo civil da CFE-CGC-Unsa será formalizada no início da semana que vem”, disse o advogado do sindicato, o Sr. Frédéric Benoist.
A advogada da France Télécom, Claudia Chemarin, reagiu afirmando que a empresa não teve “nenhuma política de perseguição que poderia causar o suicídio”. De acordo com ela, o grupo não tinha “nada a temer” com um inquérito judicial por assédio moral.
Segundo uma fonte próxima da investigação, o grupo Télécom é tema de “7 ou 8 outras investigações preliminares” na França, “abertos em Paris e em outras jurisdições, sobre casos de trabalhadores assalariados mencionando assédio moral”, enfatiza. Em 2008 e 2009, o número de suicídios de trabalhadores assalariados na France Télécom ficou em 35, de acordo com a direção e sindicatos. De acordo com o “Observatório de estresse e mobilidade forçada”, criado em 2007 por CFE e CGC, desde janeiro 11 trabalhadores se mataram.
Fontes:
OPINIÃO E NOTÍCIA

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