quinta-feira, 15 de abril de 2010

EUROPA

Espaço aéreo fechado sobre grande parte da Europa
Data de publicação : 15 Abril 2010 - 2:49pm
Por Peter van Beem (Foto: C.Earth Observatory)
O espaço aéreo sobre grande parte da Europa Ocidental está ou será fechado. Esta medida drástica foi tomada por causa da enorme nuvem de cinzas provocada pela erupção do vulcão Eyjafjallajokull, na Islândia.

Aviões têm que permanecer distantes da nuvem de cinzas que agora flutua sobre Bélgica, Holanda e Luxemburgo. Para a saúde pública, até onde se sabe, não há riscos. Já o pôr do sol será visto com um vermelho intenso por causa das partículas de cinza na atmosfera.
Nuvem de cinzas
A nuvem vulcânica está a mais de dez quilômetros de altura e com o vento se espalha por grandes distâncias. A maioria dos aeroportos do noroeste europeu já estão fechados ou serão fechados nas próximas horas. Todas as pessoas que deveriam viajar nos próximos dias são aconselhadas a fazer contato com as companhias aéreas para informações sobre os voos. Os aeroportos também possuem informações atualizadas.
O aeroporto mais movimentado da Europa, Heathrouw, em Londres, também está fechado. O serviço metereológico está acompanhando o curso da nuvem de cinzas via satélite e o problema deve continuar por alguns dias.
Danos
Cinzas de vulcão são compostas de rocha pulverizada e minerais. Isso pode danificar os aviões. A cinza pode ser sugada para a cabine e, com isso, os passageiros correm perigo e os equipamentos eletrônicos são danificados.
O maior perigo ocorre se as cinzas vulcânicas forem sugadas para os motores. A cinza pode bater contra as paredes da câmara de combustão e provocar uma parada do motor, o chamado flame-out.
Casos anteriores
Em 1989, um jumbo da KLM foi atingido por uma nuvem de cinzas sobre o Alasca. Todos os quatro motores pararam de funcionar e poeira vulcânica penetrou na cabine. Em cinco minutos sem os motores, o avião perdeu quilômetros de altitude. A tripulação conseguiu reativar os motores quando o avião estava a apenas dois quilômetros acima das montanhas. As janelas do cockpit ficaram opacas, como se tivessem recebido um jato de areia.
Alguns anos antes, um Boeing-747 da British Airways passou pela mesma situação na Austrália. O avião perdeu sete quilômetros de altitude até que os pilotos conseguissem reiniciar os motores.
* Links para os principais aeroportos europeus

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