Após morte de animais, SP suspende vacina contra raiva em cães e gatos
JAMES CIMINO
JAMES CIMINO
DE SÃO PAULO
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA
A Secretaria de Estado da Saúde recomendou que todas as cidades de São Paulo suspendam imediatamente a campanha de vacinação de cães e gatos contra a raiva animal, na tarde desta quinta-feira, por tempo indeterminado.
Segundo o órgão, o número de reações adversas notificadas à Coordenadoria de Controle de Doenças está acima do observado em anos anteriores, o que pode colocar em risco a vida dos animais imunizados, na avaliação dos técnicos da secretaria.
O maior número de eventos adversos notificados é procedente dos municípios de São Paulo e Guarulhos, que têm ampla experiência na realização de campanhas de imunização de cães e gatos. Nessas duas cidades foram registrados sete casos de choque anafilático em animais vacinados, dos quais seis morreram, sendo quatro gatos e dois cães.
O órgão disse que não tem certeza se a vacina é responsável pelas mortes, mas constatou após uma necropsia que pelo menos um caso de reação anafilática foi causado pela vacina. No entanto, informou que casos de reação anafilática após vacinação são normais, até mesmo em pacientes humanos.
De acordo com a secretaria-adjunta da Saúde, Clélia Aranda, as mortes também podem ter sido causadas por envenenamento ou outras doenças.
"Não saiu nenhum laudo sobre a vacina, mas parece que houve relatos de caroço e calombo em animais no Rio de Janeiro. Ainda não podemos afirmar se a vacina será substituída, nem por quanto tempo", informou Aranda.
Em São Paulo, das 567 reações notificadas entre os dias 16 e 17 de agosto, 38% são consideradas eventos graves, como prostração, anorexia, dificuldade respiratória, convulsões e hemorragias. Nesse período, foram imunizados 121.691 animais em toda a cidade. Em Guarulhos, que já suspendeu a vacinação, houve 40 reações adversas entre 42.860 animais vacinados entre 9 e 13 de agosto.
A maior parte das reações foram observadas em gatos e cães de pequeno porte (cerca de 6,5 kg). Somente na cidade de São Paulo, 85,3% das reações ocorreram com gatos vacinados nos dias 16 e 17.
Também foram constatados quatro óbitos, sendo dois cães e dois gatos, no interior do Estado. Nem todos os municípios paulistas iniciaram a campanha de imunização.
O Instituto Pasteur, órgão da secretaria, irá investigar os óbitos e as reações graves. A secretaria informou ao Ministério da Saúde --responsável pela compra e distribuição das vacinas aos Estados-- sobre os problemas e aguarda orientações.
A vacina da campanha deste ano, produzida pelo laboratório Biovet, não é a mesma utilizada no ano passado e é considerada mais eficiente. Segundo a secretaria, é a mesma usada na rede privada.
"Não estamos tomando nossa posição sobre a vacinação no setor privado", disse a secretária-adjunta.
Em nota, a Secretaria Municipal da Saúde lamenta o ocorrido e solicita aos proprietários de animais que foram vacinados nos primeiros quatro dias de campanha que os observem e, caso apresentem alguns dos sintomas citados --36 horas após a vacinação-- entrem imediatamente em contato com Centro de Controle de Zoonoses para mais informações pelos telefones 0XX/11/ 3397-8900/ 8957/ 8918/ 8916.
A Secretaria de Estado da Saúde recomendou que todas as cidades de São Paulo suspendam imediatamente a campanha de vacinação de cães e gatos contra a raiva animal, na tarde desta quinta-feira, por tempo indeterminado.
Segundo o órgão, o número de reações adversas notificadas à Coordenadoria de Controle de Doenças está acima do observado em anos anteriores, o que pode colocar em risco a vida dos animais imunizados, na avaliação dos técnicos da secretaria.
O maior número de eventos adversos notificados é procedente dos municípios de São Paulo e Guarulhos, que têm ampla experiência na realização de campanhas de imunização de cães e gatos. Nessas duas cidades foram registrados sete casos de choque anafilático em animais vacinados, dos quais seis morreram, sendo quatro gatos e dois cães.
O órgão disse que não tem certeza se a vacina é responsável pelas mortes, mas constatou após uma necropsia que pelo menos um caso de reação anafilática foi causado pela vacina. No entanto, informou que casos de reação anafilática após vacinação são normais, até mesmo em pacientes humanos.
De acordo com a secretaria-adjunta da Saúde, Clélia Aranda, as mortes também podem ter sido causadas por envenenamento ou outras doenças.
"Não saiu nenhum laudo sobre a vacina, mas parece que houve relatos de caroço e calombo em animais no Rio de Janeiro. Ainda não podemos afirmar se a vacina será substituída, nem por quanto tempo", informou Aranda.
Em São Paulo, das 567 reações notificadas entre os dias 16 e 17 de agosto, 38% são consideradas eventos graves, como prostração, anorexia, dificuldade respiratória, convulsões e hemorragias. Nesse período, foram imunizados 121.691 animais em toda a cidade. Em Guarulhos, que já suspendeu a vacinação, houve 40 reações adversas entre 42.860 animais vacinados entre 9 e 13 de agosto.
A maior parte das reações foram observadas em gatos e cães de pequeno porte (cerca de 6,5 kg). Somente na cidade de São Paulo, 85,3% das reações ocorreram com gatos vacinados nos dias 16 e 17.
Também foram constatados quatro óbitos, sendo dois cães e dois gatos, no interior do Estado. Nem todos os municípios paulistas iniciaram a campanha de imunização.
O Instituto Pasteur, órgão da secretaria, irá investigar os óbitos e as reações graves. A secretaria informou ao Ministério da Saúde --responsável pela compra e distribuição das vacinas aos Estados-- sobre os problemas e aguarda orientações.
A vacina da campanha deste ano, produzida pelo laboratório Biovet, não é a mesma utilizada no ano passado e é considerada mais eficiente. Segundo a secretaria, é a mesma usada na rede privada.
"Não estamos tomando nossa posição sobre a vacinação no setor privado", disse a secretária-adjunta.
Em nota, a Secretaria Municipal da Saúde lamenta o ocorrido e solicita aos proprietários de animais que foram vacinados nos primeiros quatro dias de campanha que os observem e, caso apresentem alguns dos sintomas citados --36 horas após a vacinação-- entrem imediatamente em contato com Centro de Controle de Zoonoses para mais informações pelos telefones 0XX/11/ 3397-8900/ 8957/ 8918/ 8916.
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