Exame de sangue pode ajudar na prevenção do câncer de próstata
Análise permite identificar a quantidade de antígeno PSA, o que pode ajudar a diagnosticar uma doença prévia na próstata
10/04/2011
No dia 8 de abril é comemorado o Dia Mundial de Combate ao Câncer. Para celebrar a data, a DASA realizou uma pesquisa para verificar o índice de PSA (Antígeno Prostático Específico), que pode ajudar a diagnosticar uma doença prévia na próstata. O trabalho levantou os exames de 66.056 pessoas, no Paraná, realizados pelo laboratório de janeiro a dezembro de 2010. Deste total de exames analisados, foi comprovado que o índice do PSA aumenta conforme a idade. De acordo com a pesquisa, para as pessoas com até 49 anos, a porcentagem de exames com PSA considerado acima do normal foi de 0,8%. De 50 a 59 anos o índice subiu para 2,6% e, de 60 a 69 anos, para 5,09%. Já para pacientes a partir dos 70 anos, a porcentagem chegou a 7,2%.
Selmo Minucelli, hematologista e oncologista da DASA, ressalta que, apesar de estes valores apresentarem um índice alto, considerado acima do normal, vale lembrar que nesta pesquisa foi levado em consideração única e exclusivamente o PSA, excluindo a possibilidade de outras doenças estarem associadas a estes números. “Nem todo mundo que apresentou esta porcentagem alta têm câncer de próstata. Mas é bom estar atento a estes indicativos para conseguir ter um diagnóstico mais preciso”, diz.
Segundo Minucelli, o PSA é uma substância produzida pelas células da próstata. Quando existe um aumento no número de células produtoras, como o que acontece no caso do câncer de próstata e da prostatite (inflamação da próstata), o PSA se eleva no sangue, conforme mostrado nos números acima, servindo como indicador dessas doenças. “Claro que a diferenciação dos casos benignos e malignos de câncer nem sempre é possível apenas com valores isolados de PSA, sendo necessária a correlação com informações da história e do exame clínico. Mas vale lembrar que, para prevenir a doença, todo homem deve se submeter à avaliação anual da próstata, com o toque retal e a dosagem de PSA a partir dos 45 anos de idade, independentemente da existência de sinais ou de queixas sugestivas de câncer”, ressalta.
Minucelli explica que, com o PSA, é possível detectar tumores microscópicos e que, quando este exame de sangue é combinado com o toque retal, dá aos médicos um diagnóstico de certeza quase absoluta. O médico destaca ainda que existem quatro procedimentos que possibilitam a diferenciação das lesões benignas do câncer: toque retal, dosagem de PSA no sangue, ultrassonografia de próstata e biópsia de próstata. “O uso adequado desses exames torna possível a descoberta precoce da doença”, comenta.
Câncer de próstata
A próstata é uma pequena glândula do aparelho reprodutor masculino, que envolve a uretra na saída da bexiga. Produz o sêmen, que é responsável pelo transporte e fonte de energia para os espermatozóides. De acordo com Minucelli, o câncer de próstata, em sua fase inicial, não costuma apresentar sintomas. Quando apresenta, destacam-se os sintomas consequentes ao aumento da próstata que, por envolver a uretra (que consiste no canal por onde passa a urina), costumam ser: dificuldade para iniciar a micção, urgência para urinar, jato urinário fraco, sensação de não esvaziar bem a bexiga e aumento da frequência urinária à noite. “Mas estes sintomas não são exclusivos do câncer de próstata, sendo encontrados em qualquer condição que resulte em aumento da próstata”, lembra o especialista. Em fase mais avançada, o paciente pode manifestar dores ósseas, anemia e perda de peso.
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