4 formas de se exercitar que ajudam pacientes com câncer
Por Natasha Romanzoti em 28.04.2011
Ninguém duvida da importância de se exercitar. Segundo o Centro para Controle de Doença e Prevenção americano, os adultos devem fazer pelo menos 2,5 horas de atividade física moderada por semana e fortalecimento muscular pelo menos dois dias da semana.
As recomendações são as mesmas para pacientes com câncer, mas a forma como eles se exercitam pode ser diferente, dependendo do estágio da doença e do tratamento. A quimioterapia e a radioterapia são cumulativas, o que significa que quanto mais tratamentos o paciente faz, mais vai sentir cansaço.
Segundo especialistas, é ideal que os pacientes classifiquem a taxa de fadiga em uma escala de 0 (sem fadiga) a 4 (totalmente esgotado) antes de decidir fazer exercícios físicos. É importante ouvir o corpo. Quem está desgastado pode tirar um dia de folga, mas qualquer disposição é melhor que nada.
Como para qualquer pessoa, a ideia é exercitar quatro áreas da educação física: exercício aeróbico, treinamento de força, equilíbrio e alongamento. Se você é um paciente com câncer, confira como fazer:
1) Aeróbica
O exercício aeróbico aumenta o ritmo cardíaco, e inclui exercícios como andar de bicicleta e correr. Alternar exercícios cardiovasculares com exercícios de força pode aumentar a massa muscular, diminuir a gordura e aumentar o metabolismo do organismo. Segundo os médicos, é uma das melhores coisas para manter o peso corporal. Estar acima do peso é um fator de risco para o câncer, e manter um peso saudável pode reduzir o risco de desenvolvê-lo ou de câncer recorrente. A atividade física pode reduzir o risco de câncer de mama, por exemplo, por 20 a 80%, o risco de câncer endometrial em 20 a 40% e o risco de câncer de cólon em 30 a 40%.
Também pode ajudar as pessoas a se sentirem melhor quando passam por tratamentos de câncer, e estar em forma pode melhorar a recuperação após uma operação. No entanto, um paciente com câncer pode não ter energia suficiente para fazer 30 minutos de exercícios moderados ou vigorosos por dia. O paciente pode fazer 10 minutos de exercício três vezes por dia para obter o mesmo efeito. Os de caminhada são geralmente bem seguros depois de tratamento de câncer.
2) Força
O treinamento de força melhora o tônus muscular e combate a perda muscular que pode ocorrer com o envelhecimento. Pode ser feito com halteres, barras e máquinas de ginástica. Mas a densidade óssea e muscular para uma pessoa média é diferente da de um paciente com câncer. A quimioterapia pode causar às mulheres perda de densidade óssea em um ano que a média das mulheres perderiam em uma década. Até por isso o treinamento de força é tão importante: conforme os músculos se tornam mais densos, então eles vão colocar mais pressão sobre o osso. O treinamento com pesos não aumenta a densidade óssea, mas vai pelo menos ajudar a mantê-la. Os pacientes devem consultar um médico antes de fazer treinamento de peso.
3) Equilíbrio
Um bom senso de equilíbrio é vital para um treino sem escorregões ou tombos. Para alguns pacientes com câncer, as drogas podem prejudicar o equilíbrio. E para aqueles em tratamento quimioterápico com diminuição de massa óssea, qualquer queda pode quebrar um osso. Portanto, pacientes com câncer e sobreviventes devem fazer exercícios de equilíbrio como parte regular de sua rotina. Exercícios simples como caminhar por uma faixa estreita (colocando um pé na frente do outro, como se estivesse andando numa corda bamba) ou levantar e descer o calcanhar (em pé no lugar) podem melhorar o equilíbrio. Outros exercícios de equilíbrio são ficar apenas sobre uma perna, e pisar de lado colocando um pé na frente e, na volta, o outro, etc. Exercícios de equilíbrio são geralmente seguros de se fazer logo após o tratamento de câncer.
4) Alongamento
Para alguns tipos de câncer que necessitam de cirurgia, as pessoas podem sentir fraqueza em certas partes de seus corpos. Por exemplo, as sobreviventes de câncer de mama que se submeteram à mastectomia podem sentir fraqueza no ombro. Há exercícios especificamente para fortalecer o ombro; por exemplo, encarar uma parede e “caminhar” com os braços para cima para aumentar a amplitude do movimento. Porém, é preciso cuidado; os pacientes devem ir até o ponto de tensão, e não dor. Fazer alongamento nas áreas que passaram por cirurgia pode ajudar a recuperar a mobilidade delas, no entanto, pacientes com câncer devem consultar seus médicos antes de se submeterem a esse tipo de exercício.
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