As rápidas mudanças sociais na China estão a provocar uma das mais altas taxas de suicídio do mundo (22,23 por 100.000 habitantes), alertou hoje um editor do grupo Diário do Povo, órgão central do Partido Comunista Chinês.
"O equilíbrio social é tão importante como o equilíbrio psicológico. Por isso, a prevenção do suicídio não é apenas uma questão psicológica, mas também um problema social", escreveu Ding Gang num artigo publicado no jornal de língua inglesa Global Times.
O artigo, intitulado "Almas perdidas através da rápida mudança social", salienta que cerca de um quarto do milhão de suicídios registados anualmente no mundo ocorre na China, constituindo a quinta causa de morte no país.
Para os padrões da Organização Mundial de Saúde, a China já é mesmo "um país com alta taxa de suicídio" - 22,23 por 100.000 habitantes, o que representa mais do dobro da média global.
O mesmo editor realça também que 9 dos 10 países com mais elevada taxa de suicídios - lista encabeça pela Lituânia, Rússia, Bielorússia, Letónia e Estónia - pertenciam outrora ao "campo socialista".
"Os países da Europa Oriental estão confrontados com problemas de rápido desenvolvimento económico e o alargamento do fosso entre ricos e pobres. O aumento da taxa de suicídio na China tem razões semelhantes", escreveu Ding Gang.
Durante muito tempo, o suicídio foi um tema tabu na República Popular na China. As primeiras estimativas oficiais sobre o fenómeno só foram divulgadas em 2001.
FONTE:
DN GLOBO
http://dn.sapo.pt/inicio/globo/interior.aspx?content_id=1358169&seccao=%C1sia
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