No norte do México, adventistas lamentam a morte de dois jovens membros da Igreja
Caso de identidade confundida em cidade fronteiriça com cartéis de drogas em luta
1 Oct 2010, Ciudad Juarez, Chihuahua, Mexico
Libna Stevens/ANN staff
Dirigentes adventistas do sétimo dia em Ciudad Juarez estão preocupados quanto à segurança dos membros locais da Igreja após o assassinato na última semana de dois jovens adventistas. As mortes foram causadas pelo que se imagina ser um caso de identidade confundida numa cidade fronteiriça, em meio a uma guerra constante entre cartéis de drogas.
Ciudad Juarez no Estado de Chihuaha, no norte do México, tem sido abalada pela violência entre dois cartéis de drogas que se combatem. A violência ceifou a vida de dois membros da Igreja Adventista na semana passada. [gráfico de cortesia da IAD]
Jose Ines Martinez, de 18 anos, e sua irmã Maribel Martinez, de 26, ambos ativos membros da Igreja Adventista de Zaragoza, foram encontrados mortos a tiros em seu veículo dia 12 de setembro. Ambos estavam entre as 17 vítimas de assassinatos em Juarez num período de 24 horas, segundo uma notícia da imprensa local. Os dois irmãos foram mortos enquanto esperavam que a irmã deles retornasse de uma visita a uma clínica nas proximidades.
"Cremos que este é outro caso de erro de identidade", disse Jose Luis Jimenez, presidente da Igreja no escritório da Missão do Norte. Jimenez declarou que uma testemunha ouviu um dos que disparavam armas de fogo comentando que haviam atingido as pessoas erradas, ao se aproximarem do veículo logo após o tiroteio.
José era um ativo diretor do Clube de Desbravadores, uma atividade para juvenis da Igreja, e Maribel era atuante em testemunho pessoal e no ministério de pequenos grupos, disse Jimenez. Maribel Martinez deixa o esposo e cinco filhos, cujas idades variam de seis a 13 anos. "Estamos tristes por termos perdido esses jovens", disse Jimenez, que assistia ao programa funerário na semana passada. "Esta é a segunda vez este ano que nossa igreja em Zaragoza foi brutalmente atingida pela violência".
Em maio, um pastor adventista e seu diácono-chefe foram mortos enquanto estavam assentados num veículo após visitarem lares dos membros. Quase 5.000 pessoas foram mortas em Ciudad Juarez nos últimos dois anos por causa da violência entre cartéis em luta, registrou a Associated Press. Numa ação sem precedentes, o jornal local no início desta semana publicou um editorial na primeira página pedindo aos cartéis para relatar diretrizes, após um de seus fotógrafos ser morto, também num caso de equívoco de identidade.
"Sabemos que estamos vivendo em tempos difíceis, contudo nossos membros continuam o seu comprometimento com a missão que temos de cumprir, em serviço a Deus e em apoio à Obra", declarou Jimenez, que supervisiona 106 congregações desde o escritório da missão em Chihuahua. "Continuamos a advertir nossos membros a tomarem medidas de precaução quanto a segurança, não permanecendo num só local ou num veículo por longo período de tempo, e não viajando à noite".
Dirigentes denominacionais na sede da União Norte Mexicana, em Montemorelos, Estado de Nuevo Leon, continuam preocupados com a segurança dos membros da Igreja na região. "Preparamos um documento com recomendação para a segurança de nossos membros, ao realizarem obra missionária e isso será votado em nossa próxima reunião da comissão", disse Luis Arturo King, presidente da Igreja no norte do México. "Sabemos que o Senhor está com Sua Igreja e somos incentivados no que pode ser realizado para o crescimento da obra de Deus".
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