terça-feira, 5 de outubro de 2010

CÃES

O melhor amigo do homem, na saúde e na doença
"Os melhores remédios nem sempre vêm na forma de cápsulas ou injeções. Algumas vezes se apresentam em quatro patas e são muito peludos".
 Introdução
A ciência demorou a reconhecer, mas finalmente os animais deixaram de ser apenas objetos de consumo e suas infinitas possibilidades de ajudar o ser humano começam a ser aceitas e aplicadas em hospitais, creches, asilos, escolas e no tratamento de deficientes e portadores de doenças crônicas, psiquiátricas e neurológicas.
Os estudos científicos demonstram que a interação homem-animal, no contexto terapêutica proporciona enormes benefícios entre eles: melhora do sistema imunológico; estimula a interação social; facilita a comunicação e o vinculo com o terapeuta; melhora a autoconfiança e resgata auto-estima; melhora a capacidade motora; facilita na aprendizagem, através da expressão de sentimentos e motivação.
Histórico
O trabalho com animais domésticos começou em 1792, na Inglaterra, onde o médico William Tuke, utilizou cães para melhorar as condiciones de vida de pacientes internados em manicômios. Posteriormente houve várias outras utilizações de tratamento dos seres humanos, com animais, sendo que uma das mais importantes foi à utilização de cães, pela Cruz Vermelha, a reabilitação de ex-combatentes, da segunda guerra mundial.
 Na mesma época, resultados semelhantes começaram a ser divulgados nos Estados Unidos, onde demonstrou se, através de estudos psiquiátricos, uma melhora da comunicação de pacientes, a diminuição da agressividade de outros e até a melhora de portadores de doenças crônicas como AIDS e cardiopatias e hipertensão.
Mas qual é o segredo?
Os animais, principalmente os cães, por instinto, reconfortam às pessoas doentes e estimulam sua recuperação.
Na Califórnia, em um centro de atenção a pacientes com AIDS, associou se mascotes ao tratamento, e estas pessoas demonstraram outra visão da vida e tiverem mais vontade de lutar contra sua doença.
A utilização do cão especificamente, esta fundamentada porque é alguém com quem viver, alguém a quem se pode cuidar, alguém que não questiona, que não condena, que unicamente ama e nos tira da monotonia e da solidão.
No tratamento de crianças autistas tem fundamental importância, por que a través de seus brinquedos, lambidas, e movimentação permanente, fazem com que a criança saia de seu quadro de depressão, estimulando sua sociabilidade.
Pesquisas realizadas mundialmente comprovam que o convívio com um bichinho traz inúmeros benefícios e uma visível melhora na qualidade de vida, proporcionando a diminuição da pressão sanguínea, dos níveis de colesterol e do estresse e reduzindo o risco de problemas cardiovasculares, além de gerar sentimentos de responsabilidade e o respeito em relação a todos os seres vivos. Ter uma mascote pode reduzir até as brigas familiares, levando a um relaxamento das tensões e até mesmo aumentando as defesas do organismo. Foi comprovado cientificamente que o contato com animais aumenta a produção de endorfina no organismo, favorecendo o alívio das dores e o bom humor.
Os resultados desse trabalho e seus benefícios, além de aceitos pela sociedade e comunidade médica já tem reconhecimento científico, o que implica diretamente na necessidade do desenvolvimento de cada vez mais projetos. Um dos mais recentes é um projeto visando o tratamento de crianças obesas, entre 3 e 7 anos, que utilizará a terapia assistida com animais no tratamento destes pacientes.
O trabalho é coordenado pela Clínica de Nutrição da UTP, do Paraná, que mantém um programa gratuito de atendimento à obesidade infanto-juvenil. Os especialistas em nutrição contarão com a colaboração da "ong" Cão Amigo e Cia, que vai emprestar os animais (das raças golden retriever, labrador e yorkshire).
No Brasil, o uso de animais no tratamento de Alzheimer é novidade. Mas no Hospital Universitário de Brasília (HUB), desde março, um projeto vem apresentando resultados animadores, auxiliado por cães que fazem parte do tratamento dos pacientes.
Cientificamente, já ficou comprovado por diversos estudos, os benefícios da zooterapia. Um dos mais reconhecidos e importantes foi publicado em 1995, no American Journal of Cardiology. Neste estudo, pacientes portadores de doenças cardíacas foram divididos em 2 grupos, um composto por 87 pacientes, os quais possuíam cães e outro, com 282 pacientes, que não tinham nenhum animal doméstico. O estudo demonstrou que a mortalidade no segundo grupo de pacientes, foi 7 vezes maior que no grupo de pacientes que tinham cães de estimação.
Conclusão
A zooterapia "não é uma técnica de medicina alternativa", é uma abordagem diferente, a nível terapêutico e tem demonstrado alcances formidáveis, na recuperação rápida de todo tipo de pacientes, com as mais diversas patologias. Ainda falta muito para investigar e descobrir, já que a zooterapia deve ser praticada dia a dia, para que assim se descubram novas possibilidades, oferecidas pelos animais, a serviço do homem.
Mais informações sobre o tratamento da obesidade: Profa. Mônica de Caldas Rosa dos Anjos, coordenadora da Clínica de Nutrição da UTP. Telefone: (41) 331-7863. Paraná.
FONTE

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