domingo, 24 de outubro de 2010

Acordo do G20

Acordo do G20 confere mais poder a países em desenvolvimento
O secretário Timothy Geithner (2º à esquerda) conseguiu preservar o poder dos EUA
Países em desenvolvimento passarão a ter mais poder no Fundo Monetário Internacional (FMI), segundo um acordo fechado neste sábado por ministros das Finanças dos países que integram o G20, o grupo das 20 maiores economias do planeta.
Entre as principais mudanças está a transferência de cerca de 6% dos direitos de votos no FMI para países em desenvolvimento.
Além disso, a Europa vai ceder duas vagas no conselho executivo do Fundo para países em crescimento.
Com isso, a China será o terceiro integrante mais poderoso do grupo, com mais poder de voto que potências tradicionais como Alemanha, França e Itália.
A Índia passará do 11º ao oitavo lugar. A Rússia ficará em nono e o Brasil em décimo.
EUA mantêm poder de veto
Os Estados Unidos vão continuar a ter direito de veto em decisões importantes.
Tais decisões requerem 85% dos votos no FMI, e Washington permanecerá com 17%.
Reunidos na cidade de Gyeongji, na Coreia do Sul, os ministros também se comprometeram a regular desvalorizações competitivas de suas moedas.
O objetivo é acabar com o que economistas vêm chamando de "guerra cambial", ou seja, o uso da desvalorização artificial de suas moedas como forma de incrementar a exportação.
Os governos têm evitado um confronto direto com a China, mas muitos consideram o país asiático como vilão dessa disputa.
A China é acusada de manter o yuan subvalorizado para estimular as suas exportações.
Além disso, o grande afluxo de capital aos países em desenvolvimento também tende a valorizar as suas moedas, o que prejudica a sua competitividade no mercado internacional.
Embora o acordo tenha sido fechado, não foi estabelecido um cronograma para implementar as mudanças
Há alguns anos, o governo chinês já vem afirmando que fará mudanças na sua política monetária, mas paulatinamente.

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