segunda-feira, 18 de outubro de 2010

Colo do útero


Oito tipos de papilomavírus causam 90% dos cancros
por Lusa    Hoje
Oito tipos de papilomavírus humanos (HPV) são responsáveis por 90% dos cancros do colo do útero no mundo, segundo o mais vasto estudo sobre os genótipos HPV realizado até agora e publicado hoje pelo The Lancet Oncology.
Entre os oito tipos de HPV identificados como os que provocam mais risco, três (16, 18 e 45) são os mais frequentes, mas os tipos 16 e 18 são já alvo de duas vacinas contra os papilomavírus actualmente disponíveis no mercado (Gardasil, da Sanofi Pasteur MSD, e Cervarix, da GlaxoSmithKline).
Transmitido através de contacto sexual, o HPV, identificado pelo Prémio Nobel da medicina de 2008, Harald zur Hausen, é muito contagioso.
Segundo as estimativas, 70% das pessoas sexualmente activas ficam expostas pelo menos num momento da sua vida, geralmente na adolescência ou no início da sua vida adulta.
Felizmente, o papilomavírus é eliminado naturalmente na grande maioria dos casos.
Mas em 3 a 10% dos casos, a infecção por HPV persiste e pode provocar na mulher lesões do colo do útero, que podem posteriormente progredir para um cancro.
O número de mortes provocadas pelo cancro do colo do útero foi estimado em 2010 em quase 328.000 mortos.
De acordo com os dados disponíveis, 80% dos casos ocorre nos países em desenvolvimento.
Mais de 118 tipos diferentes de papilomavírus humanos foram identificados, quarenta dos quais responsáveis por infecções do aparelho genital feminino, sendo que 12 podem conduzir ao desenvolvimento de um cancro.
Uma equipa internacional, liderada por Silvia de Sanjosé (Instituto catalão de oncologia, Barcelona, Espanha), estudou amostras de 10.575 casos de cancros invasivos do colo do útero, diagnosticados entre 1949 e 2009, recolhidos em 38 países de todos os continentes.
Os tipos 16, 18, 45, 33, 31, 52, 58 e 35 foram identificados como sendo oito dos HPV mais frequentes (numa ordem decrescente).
Os HPV 16, 18 e 45 foram encontrados em 75% dos carcinomas epidermoides e em 94% dos adenocarcinomas (respectivamente primeira e segunda formas mais frequentes do cancro do colo do útero).

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