Doença e inteligência estão ligadas
Parasitas e agentes patogênicos podem explicar porque pessoas em algumas partes do mundo são mais inteligentes do que em outras
Parasitas e agentes patogênicos podem explicar porque pessoas em algumas partes do mundo são mais inteligentes do que em outras
Estudo liga indice de doenças à atividade cerebral
A inteligência humana, em algumas partes do planeta, é mais alta do que em outras e parece estar crescendo nas últimas décadas. Esta semana, porém, um grupo de pesquisadores da Universidade do Novo México propôs a mesma explicação para os dois fenômenos: o efeito da doença infecciosa. Se eles estiverem certos, isso sugere que o controle dessas doenças é mais importante para o desenvolvimento de um país do que se imagina. Lugares que abrigam muitos parasitas e agentes patogênicos não só sofrem os efeitos debilitantes das doenças, como também têm seu capital humano destruído, criança por criança, desde o nascimento.
O cientista Christopher Eppig e sua equipe notaram que os cérebros de crianças recém-nascidas demandam 87% da energia metabólica da criança. Aos cinco anos de idade, a proporção ainda é de 44%. Até mesmo em adultos, o cérebro consome cerca de um quarto da energia do corpo. Neste contexto, qualquer competição por essa energia pode danificar o desenvolvimento do cérebro, e os parasitas e agentes patogênicos competem por ela de diversas formas. Alguns se alimentam de tecidos do hospedeiro de forma direta ou por meio do sequestro do seu maquinário molecular para se reproduzir. Alguns, especialmente aqueles que vivem no intestino, param o hospedeiro absorvendo o alimento. Todo esse mecanismo faz o sistema imunológico do hospedeiro entrar em atividade. Este, por sua vez, desvia recursos de outras partes do corpo.
A correlação inversa que o grupo calculou entre a incidência de doenças em um país e sua inteligência média é impressionante. Os resultados de inteligência fizeram parte de um trabalho realizado no início desta década por Richard Lynn, uma psicóloga britânica, e Tatu Vanhanen, um cientista político finlandês. Eles analisaram os estudos de QI de 113 países.
A correlação inversa que o grupo calculou entre a incidência de doenças em um país e sua inteligência média é impressionante. Os resultados de inteligência fizeram parte de um trabalho realizado no início desta década por Richard Lynn, uma psicóloga britânica, e Tatu Vanhanen, um cientista político finlandês. Eles analisaram os estudos de QI de 113 países.
No topo da lista da média de inteligência estão Cingapura e Coreia do Sul. China e Japão vêm em seguida. Esses países têm índices relativamente baixos de doenças. Os EUA, a Inglaterra e alguns países europeus estão logo abaixo.
O estudo mostrou que infecções e parasitas afetam diretamente o sistema cognitivo. Descobriu-se que parasitas intestinais funcionam nesta direção em muitos casos. A malária também faz mal para o cérebro.
Fontes:
The Economist - Mens sana in corpore sanoO estudo mostrou que infecções e parasitas afetam diretamente o sistema cognitivo. Descobriu-se que parasitas intestinais funcionam nesta direção em muitos casos. A malária também faz mal para o cérebro.
Fontes:
OPINIÃO E NOTÍCIA
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