terça-feira, 20 de outubro de 2009

ALTERAÇÕES CLIMÁTICAS

Perito chama a atenção para "refugiados climáticos"

por Lusa

Algumas ilhas do Pacífico poderão ficar submersas mais rapidamente do que previsto e os seus governos deveriam antecipar a retirada das populações ameaçadas, advertiu hoje um cientista.

"Até 2100, não sei quantas ilhas serão ainda habitáveis", afirmou o professor Patrick Nunn, investigador da Universidade do Pacífico Sul nas Fidji.

Nunn preside a uma conferência sobre alterações climáticas que hoje começa em Majuro, capital das Ilhas Marshall.

No encontro, dedicado à cimeira sobre o clima que decorre de 07 a 08 de Dezembro em Copenhaga, participam 14 países e territórios.

O cientista recomendou aos países insulares da região que solicitem ajuda internacional durante a cimeira.

Novas projecções de cientistas mostram que o ritmo de subida do nível do mar é mais rápido do que o previsto em 2007 pelo relatório do Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC) da ONU, afirmou.

"Espera-se agora a uma subida de mais de um metro daqui até ao fim do século", declarou.

Atóis de corais de baixa altitude, como nas Ilhas Marshall, em Tuvalu ou Kiribati, estarão directamente ameaçados.

"A deslocação de populações é uma das coisas mais difíceis, porque é preciso convencer as pessoas de que o local onde vivem há séculos deixou de ser viável", declarou Patrick Nunn, que estuda esta questão há 24 anos.

Foram propostos projectos de adaptação para as zonas de baixa altitude para que possam resistir à subida dos níveis marinhos, mas em alguns territórios como Tuvalu ou as Marshall, a evacuação é a única solução.

FONTE:

DN CIÊNCIA

http://dn.sapo.pt/inicio/ciencia/interior.aspx?content_id=1395038&seccao=Biosfera

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