quarta-feira, 14 de outubro de 2009

Vírus pode provocar fadiga crônica
Estudo traz as primeiras pistas para identificar a causa da síndrome, que atinge 17 milhões de pessoas em todo o mundo
REDAÇÃO ÉPOCA

AVANÇO: Paciente passa por tratemento paliativo nos Estados Unidos. Novos remédios podem surgir em breve
Exaustão mental e física, dores no corpo e dificuldades de concentração. Esses sintomas, parecidos com os de uma noite mal dormida, afetam diariamente cerca de 17 milhões de pessoas – 1 milhão somente nos Estados Unidos. A doença, batizada de síndrome da fadiga crônica, já foi associada ao estresse, à alimentação e a problemas psiquiátricos. Agora, pesquisadores identificaram um vírus que pode estar relacionado à manifestação dos sintomas.

Batizado de XMRV, o retrovírus já havia sido observado em alguns casos de câncer de próstata e deficiência no sistema imunológico. Em testes realizados pelo instituto americano Whittemore Peterson em 101 pacientes que sofrem da síndrome da fadiga crônica, a incidência do XMRV foi de 67%, contra apenas 3,7% em pessoas saudáveis. Exames posteriores mostram que a porcentagem de infectados entre os portadores da síndrome pode chegar a 98%.
De acordo com os pesquisadores, a descoberta pode ser o primeiro passo para o desenvolvimento de um coquetel de remédios para combater a síndrome. De acordo com o Centro de Controle e Prevenção de Doenças (CDC, na sigla em inglês), as formas atuais de tratamento controlam apenas os sintomas da doença, com baixo grau de sucesso.

Apesar dos avanços no tratamento, especialistas afirmam que é preciso esgotar todas as outras possibilidades de diagnóstico antes de identificar um portador de síndrome da fadiga crônica. A exaustão constante pode ser um sintoma de outras doenças, como diabetes, depressão, câncer e apneia do sono.
FONTE:
REVISTA ÉPOCA

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