Estudo traz as primeiras pistas para identificar a causa da síndrome, que atinge 17 milhões de pessoas em todo o mundo
REDAÇÃO ÉPOCA
AVANÇO: Paciente passa por tratemento paliativo nos Estados Unidos. Novos remédios podem surgir em breve
Exaustão mental e física, dores no corpo e dificuldades de concentração. Esses sintomas, parecidos com os de uma noite mal dormida, afetam diariamente cerca de 17 milhões de pessoas – 1 milhão somente nos Estados Unidos. A doença, batizada de síndrome da fadiga crônica, já foi associada ao estresse, à alimentação e a problemas psiquiátricos. Agora, pesquisadores identificaram um vírus que pode estar relacionado à manifestação dos sintomas.
Batizado de XMRV, o retrovírus já havia sido observado em alguns casos de câncer de próstata e deficiência no sistema imunológico. Em testes realizados pelo instituto americano Whittemore Peterson em 101 pacientes que sofrem da síndrome da fadiga crônica, a incidência do XMRV foi de 67%, contra apenas 3,7% em pessoas saudáveis. Exames posteriores mostram que a porcentagem de infectados entre os portadores da síndrome pode chegar a 98%.
De acordo com os pesquisadores, a descoberta pode ser o primeiro passo para o desenvolvimento de um coquetel de remédios para combater a síndrome. De acordo com o Centro de Controle e Prevenção de Doenças (CDC, na sigla em inglês), as formas atuais de tratamento controlam apenas os sintomas da doença, com baixo grau de sucesso.
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