sábado, 31 de outubro de 2009

UE fecha a mão para custos do aquecimento global
Data de publicação : 30 Outubro 2009 - 4:38pm Por Vanessa Mock
A grande ambição da Europa de se tornar pioneira na luta contra a mudança climática foi reduzida nesta sexta-feira em meio a disputas entre países da União Europeia sobre quem deveria pagar a conta.
Líderes da UE estão num impasse sobre quanto pagar para ajudar os países em desenvolvimento depois que países do leste europeu, liderados pela Polônia, deixaram claro que não querem se comprometer com uma grande despesa durante uma recessão.
“Não há clareza sobre como os custos seriam divididos entre os países da UE”, disse um diplomata polonês, acrescentando que ele via poucas chances de chegar a algum progresso. O primeiro-ministro holandês, Jan Peter Balkenende, deve ficar frustrado com o impasse, uma vez que a Holanda se esforçou muito para se chegasse a um bom acordo para os países pobres, na esperança de pôr a Europa na vanguarda da discussão climática.
O impasse pode significar problemas na conferência da ONU sobre o clima, que acontece em dezembro em Copenhague, porque os países em desenvolvimento argumentam que não assinarão um acordo para combater as mudanças climáticas se não houver fundos suficientes das nações ricas. O aquecimento global é um fenômeno causado principalmente pelo mundo desenvolvido.
Sem credenciais verdes
Entretanto, vários países tentaram pôr um verniz positivo no resultado, destacando que a União Europeia concordou em destinar entre 20 e 50 bilhões de euros ao ano para ajudar países pobres até 2020. Esta seria a parte da UE em um pacote maior, de 100 bilhões de euros, combinado anteriormente pelos países desenvolvidos.
“Esta ajuda é para que os países em desenvolvimento possam cumprir seus objetivos com relação ao clima e cortar emissões, o que de outra forma não poderiam bancar”, disse o primeiro-ministro britânico, Gordon Brown.
Mas grupos ambientalistas estão preocupados porque o objetivo mínimo é muito baixo para ajudar a trazer mudanças e criticaram a Alemanha pela falta de ‘ambição’. A imagem de guerreira ambientalista da chanceler alemã, Angela Merkel, foi destruída com sua recusa em abrir os cofres.
“A Alemanha está fazendo um jogo vergonhoso”, disse um representante do Greenpeace de Berlim. “Longe de ser um motor, o país está bloqueando o progresso.”
O tema deve voltar à mesa de discussão em uma nova cúpula da União Europeia em novembro.
FONTE:
RNW - RADIO NEDERLAND WERELDOMROEP

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