por Alexandre Chiure, DN.pt e Lusa Hoje
(ACTUALIZADA) Numa altura em que alguma calma começa a regressar às ruas de Maputo, ouvem-se ainda tiros na periferia da cidade, na zona do aeroporto. Os confrontos de hoje dos manifestantes com as autoridades fizeram pelo menos seis mortos, entre eles duas crianças, e 80 feridos, 14 dos quais em estado grave, segundo a Lusa.
Espera-se a qualquer momento uma declaração sobre a situação do Presidente de Moçambique, Armando Guebuza.
Os confrontos começaram na sequência de manifestações contra o aumento do custo de vida. Manifestantes cortaram todas as vias de acesso à cidade de Moçambique, na maioria dos casos com pneus a arder.
A polícia foi totalmente mobilizada, incluindo as forças especiais, tendo efectuado vários disparos para dispersar os manifestantes.
A entrada em Maputo para quem chega do norte de Moçambique, a principal porta de entrada na capital, foi cortada com pneus a arder. A circulação de pessoas é impossível. Outras entradas em Maputo também foram bloqueadas, como a da Matola.
Na avenida Sebastião Mabote, em direcção à praça de Magoanine, grupos de jovens estiveram hoje de manhã a partir garrafas e a queimar pneus.
As autoridades moçambicanas e portuguesas garantem que não há registo de portugueses feridos nos confrontos.
Ainda assim, na manhã de hoje, houve confrontos entre populares e autoridades, com apedrejamento de autocarros, tiros e disparos de gás lacrimogéneo em vários bairros de Maputo.
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