
Os pesquisadores afirmam que há urgência em achar um novo tratamento para a doença, que mata cerca de 1 milhão de pessoas por ano. O motivo: o atual remédio com que se combate a malária, chamado de artemisinina (um composto químico extraído de uma planta oriental), está perdendo eficiência, porque o Plasmódio (parasita que é o vetor da doença) adquiriu resistência a esse medicamento.
A procura dos pesquisadores não começou devido a uma pesquisa paralela: foi diretamente relacionada à necessidade de tratar a malária. Para encontrar possíveis candidatos a novos medicamentos, selecionaram 12.000 compostos químicos, de acordo com sua atividade contra o parasita e sua atividade nos glóbulos vermelhos. Na busca apareceu um composto, conhecido como NITD609, que nunca tinha sido usado contra a malária.
Em um teste com ratos, uma pequena dose de NITD609 curou a malária em três de seis camundongos, aproveitamento de 50%. Sem medicamento, os animais não são capazes de sobreviver por mais de uma semana com malária. O segredo do sucesso está justamente na genética, porque o remédio está à frente da capacidade do Plasmódio de se adaptar.
Esse remédio reúne a tríplice qualidade, nem sempre fácil de achar, de atacar o parasita, sobrepujar sua capacidade de resistência genética e não ser tóxico às células humanas. Ideal para combater a doença em regiões endêmicas, como é o caso de algumas áreas do nordeste brasileiro. Os cientistas afirmam, no entanto, que não se devem criar expectativas, porque tal medicamento ainda está em seu estágio inicial de desenvolvimento. [Live Science]
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