segunda-feira, 6 de setembro de 2010

MALÁRIA

Novo remédio contra a malária está surgindo
O Instituto de Saúde La Jolla, na Califórnia (EUA), parece estar descobrindo um novo remédio para a malária. Essa doença, relacionada à falta de saneamento básico, já era protagonista em histórias sobre sertanejos, de romancistas brasileiros do século XIX. Mas ainda está longe de ser erradicada, apenas no Brasil são registrados mais de 600.000 casos anuais de malária (impaludismo, na forma mais culta, e “maleita”, de modo mais popular), no Norte e Nordeste.
Os pesquisadores afirmam que há urgência em achar um novo tratamento para a doença, que mata cerca de 1 milhão de pessoas por ano. O motivo: o atual remédio com que se combate a malária, chamado de artemisinina (um composto químico extraído de uma planta oriental), está perdendo eficiência, porque o Plasmódio (parasita que é o vetor da doença) adquiriu resistência a esse medicamento.
A procura dos pesquisadores não começou devido a uma pesquisa paralela: foi diretamente relacionada à necessidade de tratar a malária. Para encontrar possíveis candidatos a novos medicamentos, selecionaram 12.000 compostos químicos, de acordo com sua atividade contra o parasita e sua atividade nos glóbulos vermelhos. Na busca apareceu um composto, conhecido como NITD609, que nunca tinha sido usado contra a malária.
Em um teste com ratos, uma pequena dose de NITD609 curou a malária em três de seis camundongos, aproveitamento de 50%. Sem medicamento, os animais não são capazes de sobreviver por mais de uma semana com malária. O segredo do sucesso está justamente na genética, porque o remédio está à frente da capacidade do Plasmódio de se adaptar.
Esse remédio reúne a tríplice qualidade, nem sempre fácil de achar, de atacar o parasita, sobrepujar sua capacidade de resistência genética e não ser tóxico às células humanas. Ideal para combater a doença em regiões endêmicas, como é o caso de algumas áreas do nordeste brasileiro. Os cientistas afirmam, no entanto, que não se devem criar expectativas, porque tal medicamento ainda está em seu estágio inicial de desenvolvimento. [Live Science]

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