terça-feira, 21 de setembro de 2010

Google

Governos pedem informações sobre utilizadores do Google
Em seis meses, EUA pediram mais de quatro mil dados sobre cibernautas
Por: / CLC 21- 09- 2010 23: 01

No primeiro semestre deste ano, o governo norte-americano solicitou por 4287 vezes informações à Google sobre os utilizadores do motor de busca, tendo o governo britânico feito mais de 1000 pedidos idênticos no mesmo período.
De acordo com o site da BBC, estes são apenas dois dados do novo Relatório de Transparência da Google, uma nova ferramenta que se destina a mostrar os níveis de censura em todo o mundo.
Os grupos de defesa da liberdade civil já saudaram a informação, mas instaram o gigante da Internet a fornecer mais pormenores sobre os pedidos.
No início deste ano, a Google divulgou detalhes sobre a frequência com que países de todo o mundo lhe solicitam dados sobre os utilizadores ou lhe pedem para censurar informação.
O novo mapa e as novas ferramentas permitem que os utilizadores cliquem num determinado país para ver quantos pedidos de remoção foram cumpridos total ou parcialmente pela empresa e que serviços Google foram afetados.
Nos EUA, por exemplo, houve sete ordens judiciais para remover conteúdo do YouTube entre julho e dezembro de 2009. Disponível passa a estar também um gráfico que mostra os serviços da Google em todo o mundo e as falhas de tráfego causadas por bloqueios governamentais no acesso à informação.
«No ano passado, após as eleições iranianas, foi cortado o acesso à Internet e houve uma quebra súbita no tráfego do YouTube», afirmou o director de política pública da Google, Scott Rubin, na apresentação da ferramenta à BBC.
Para Lilian Edwards, professora de Direito da Internet na Universidade de Sheffield e dirigente do Open Rights Group, trata-se de «uma iniciativa tremenda e seria útil que outras redes pudessem fazer o mesmo».
Para a docente, que espera poder comparar os dados da Google com os dados oficiais do governo britânico, «seria interessante ver se os pedidos estão relacionados com difamação, vigilância e intercepções ou com a indústria dos conteúdos».
Explicando a origem da ferramenta, David Drummond, jurista da Google, escreveu no blogue oficial: «Quando os serviços são bloqueados ou filtrados, não podemos servir devidamente os nossos utilizadores. Por isso, tentamos diariamente maximizar a liberdade de expressão e o acesso à informação».
Ainda segundo David Drummond, «mais informação significa mais escolha, mais liberdade e, em última análise, mais poder para o indivíduo».

FONTE

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