por ANA BELA FERREIRA - Hoje
Entraram 25 pessoas para a Companhia de Jesus nos últimos cinco anos, tornando-a numa das ordens mais procuradas
Numa altura em que a Igreja vive uma crise de vocações, os Jesuítas conseguem contrariar essa tendência, conseguindo captar mais pessoas. "No panorama dos institutos religiosos masculinos a Companhia de Jesus é das que está melhor", reconhece o padre provincial da casa dos Jesuítas de Lisboa, Nuno da Silva Gonçalves. De facto, no último ano entraram cinco pessoas novas. Mas nos últimos cinco anos entraram 25. Em Portugal existem 161 Jesuítas, dos quais 100 são padres.
Por norma, os Jesuítas são uma ordem religiosa mais ligada ao ensino e ao trabalho com a comunidade, mas também estão envolvidos na liderança de paróquias. Ao todo, em Portugal existem nove paróquias dirigidas por padres Jesuítas. Duas na diocese do Algarve, uma na de Beja, quatro na de Setúbal, uma na de Lisboa e outra na diocese da Guarda.
Mas as lideranças destas paróquias não são novas, já que "foram quase todas assumidas a seguir ao 25 de Abril de 1974", refere o padre Carlos Carneiro. E, segundo o padre Nuno da Silva Gonçalves, mostram o empenho de vários anos à frente das paróquias.
As zonas do País onde os Jesuítas estão presentes reflectem uma escolha. "Temos procurado privilegiar as dioceses com maior falta de clero e as zonas do País menos cristianizadas e com mais problemáticas sociais", explica o padre Nuno da Silva Gonçalves.
Por isso, o responsável garante que a Companhia de Jesus "tem todo o gosto em prestar esta colaboração à diocese". No entanto, admite que a Ordem não está "em posição de poder aumentar a sua presença à frente de paróquias". Simplesmente porque também eles têm falta de "recursos humanos".
É que apesar de ter mais novos membros todos os anos que a maioria das ordens católicas, a Companhia de Jesus precisa de mais gente. "Gostaríamos de ter mais pessoas novas, porque as necessidades são muitas", refere o padre provincial de Lisboa.
Por outro lado, há ainda que contar com a longa formação que espera os jovens que pretendem ser padres Jesuítas. A ordena- ção demora em média dez anos. Neste momento, são ordenados em mé-dia dois padres da Companhia de Jesus por ano, conforme explica Nuno da Silva Gonçalves.
No geral, a Igreja Católica tem regis- tado uma quebra progressiva no número de ordenações anuais. Os dados da Conferência Episcopal Portuguesa mostram que, entre 2000 e 2006, o número de sacerdotes diocesanos baixou de 3159 para 2894.
Recorde-se que os Jesuítas chegaram a Portugal há mais de 500 anos, mas que a sua presença nem sempre foi vista com bons olhos. Depois de se terem imposto como Ordem dominante na área do ensino, Marquês de Pombal decreta a expulsão de todos os Jesuítas dos territórios nacionais, em 1759. Um movimento que levou à extinção da Companhia de Jesus.
A Ordem acabou por ser restaurada em 1814. Depois do regresso a Portugal, a Companhia de Jesus fixou a sua presença sobretudo a sul do Tejo, mantendo como vocações o ensino, a investigação e as missões, entre outras.
Numa altura em que a Igreja vive uma crise de vocações, os Jesuítas conseguem contrariar essa tendência, conseguindo captar mais pessoas. "No panorama dos institutos religiosos masculinos a Companhia de Jesus é das que está melhor", reconhece o padre provincial da casa dos Jesuítas de Lisboa, Nuno da Silva Gonçalves. De facto, no último ano entraram cinco pessoas novas. Mas nos últimos cinco anos entraram 25. Em Portugal existem 161 Jesuítas, dos quais 100 são padres.
Por norma, os Jesuítas são uma ordem religiosa mais ligada ao ensino e ao trabalho com a comunidade, mas também estão envolvidos na liderança de paróquias. Ao todo, em Portugal existem nove paróquias dirigidas por padres Jesuítas. Duas na diocese do Algarve, uma na de Beja, quatro na de Setúbal, uma na de Lisboa e outra na diocese da Guarda.
Mas as lideranças destas paróquias não são novas, já que "foram quase todas assumidas a seguir ao 25 de Abril de 1974", refere o padre Carlos Carneiro. E, segundo o padre Nuno da Silva Gonçalves, mostram o empenho de vários anos à frente das paróquias.
As zonas do País onde os Jesuítas estão presentes reflectem uma escolha. "Temos procurado privilegiar as dioceses com maior falta de clero e as zonas do País menos cristianizadas e com mais problemáticas sociais", explica o padre Nuno da Silva Gonçalves.
Por isso, o responsável garante que a Companhia de Jesus "tem todo o gosto em prestar esta colaboração à diocese". No entanto, admite que a Ordem não está "em posição de poder aumentar a sua presença à frente de paróquias". Simplesmente porque também eles têm falta de "recursos humanos".
É que apesar de ter mais novos membros todos os anos que a maioria das ordens católicas, a Companhia de Jesus precisa de mais gente. "Gostaríamos de ter mais pessoas novas, porque as necessidades são muitas", refere o padre provincial de Lisboa.
Por outro lado, há ainda que contar com a longa formação que espera os jovens que pretendem ser padres Jesuítas. A ordena- ção demora em média dez anos. Neste momento, são ordenados em mé-dia dois padres da Companhia de Jesus por ano, conforme explica Nuno da Silva Gonçalves.
No geral, a Igreja Católica tem regis- tado uma quebra progressiva no número de ordenações anuais. Os dados da Conferência Episcopal Portuguesa mostram que, entre 2000 e 2006, o número de sacerdotes diocesanos baixou de 3159 para 2894.
Recorde-se que os Jesuítas chegaram a Portugal há mais de 500 anos, mas que a sua presença nem sempre foi vista com bons olhos. Depois de se terem imposto como Ordem dominante na área do ensino, Marquês de Pombal decreta a expulsão de todos os Jesuítas dos territórios nacionais, em 1759. Um movimento que levou à extinção da Companhia de Jesus.
A Ordem acabou por ser restaurada em 1814. Depois do regresso a Portugal, a Companhia de Jesus fixou a sua presença sobretudo a sul do Tejo, mantendo como vocações o ensino, a investigação e as missões, entre outras.
FONTE:
DN PORTUGAL
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