Submitted by Ciência Diária
Células do câncer crescem descontroladamente no organismo, diferente de células saudáveis sujeitas à morte celular programada.
Um hormônio natural conhecido pela sua capacidade de inibir o envelhecimento pode também proteger um indivíduo de doenças graves, de acordo com uma pesquisa realizada por pesquisadores da UT Southwestern Medical Center. A equipe mostrou em ratos que a substância suprime tanto a fibrose renal – uma complicação da doença renal crônica – e a propagação do câncer. Os resultados foram apresentados no Journal of Biological Chemistry.
De acordo com os cientistas, o hormônio – klotho – também é capaz de ajudar pacientes com lesões agudas no rim que obstruem o fluxo urinário ou podem provocar uma queda no fluxo sanguíneo para o rim. Quase a metade dos pacientes em unidades hospitalares de terapia intensiva tem alguma forma de lesão renal devido a drogas, cirurgia, hemorragia ou desidratação. “Dentro de poucos dias após a lesão, a função renal pode desaparecer completamente”, afirma Makuto Kuro-o, professor de patologia e autor sênior do trabalho – que há mais de uma década descobriu o hormônio. “Nós mostramos que a injeção de Klotho em infusão por gotejamento pode ser eficaz não apenas como tratamento inicial para a lesão renal aguda, mas também para impedir a sua progressão para a doença renal crônica. Isto oferece uma esperança real para pacientes com a doença renal”.
A equipe deu ênfase a células mesenquimais, células multipotentes que podem se diferenciar em uma variedade de tipos celulares. Elas são essenciais ao desenvolvimento e crescimento, mas quando as células estão fora de equilíbrio, podem evoluir para uma forma patológica que causa a fibrose (o endurecimento das camadas de tecido). Os pesquisadores descobriram que o klotho evita a migração do câncer e metástases, bloqueando três vias de sinalização que poderiam causar a fibrosa ou um tumor.
O time relatou pela primeira vez que o klotho se liga ao receptor do fator de crescimento das células inibindo a sinalização necessária para a transição epitelial mesenquimal, uma “chave-mestra” que faz com que as células se transformem em uma forma mais flexível, dando início à metástase.
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