segunda-feira, 2 de julho de 2012

Piloto de helicóptero morreu nos incêndios em Espanha


Chamas já destruíram quase 50.000 hectares

Piloto de helicóptero morreu nos incêndios em Espanha

02.07.2012 - 19:07 Por PÚBLICO
Há 43 meios aéreos e 1800 pessoas envolvidas no combate às chamas em Espanha Há 43 meios aéreos e 1800 pessoas envolvidas no combate às chamas em Espanha (Heino Kalis/Reuters)
Os incêndios que desde quinta-feira estão a devastar a região de Valência, em Espanha, já destruíram mais 48.500 hectares, segundo as autoridades locais, e nesta segunda-feira causaram a primeira vítima, o piloto de um helicóptero que combatia as chamas.

A região está coberta de fumo desde que deflagrou o primeiro incêndio em Cortes de Pallás, Valência. Há 43 meios aéreos e 1800 pessoas envolvidas no combate às chamas, e hoje dois dos helicópteros da Brigada de Reforço de Incêndios Florestais sofreram acidentes. O piloto de um dos aparelhos morreu depois de se ter despenhado na localidade de Forata.
O alerta foi dado pelas 17 horas, tendo sido enviada para o local uma equipa do corpo municipal dos Bombeiros de Valência para procurar o piloto, mas a morte acabou por ser confirmada pelas autoridades. Meia hora depois registou-se outro acidente com um helicóptero na mesma região, em Serra Martés, o piloto e co-piloto ficaram conscientes e foram transportados para um centro médico.
A Brigada de Reforço de Incêndios Florestais tem no terreno uma equipa de Tabuyo del Monte, em Léon, outra de Toledo e outra de Daroca, em Zaragoza, para além de duas brigadas de Prado de los Esquiladores, em Cuenca, adiantou o El País. E o Ministério da Defesa de Espanha mobilizou um total de 1030 efectivos e 256 veículos para combater as chamas, para além de três aviões Canadair, três helicópteros Cougar e outros dois cedidos pelo Exército, mas estes meios não têm sido suficientes para extinguir os incêndios.
O vento favorável que se fez sentir durante a noite permitiu que os bombeiros conseguissem controlar o incêndio que deflagrou na quinta-feira em Cortes de Pallás, avançou o conselheiro de governação da região, Serafín Castellano, citado pelos jornais espanhóis. Naquela zona arderam mais de 28.000 hectares, aos quais se juntam quase 20.000 na região de Andilla, onde as chamas atingiram vários locais. 
Cerca de 3000 pessoas tiveram de ser retiradas para sítios mais seguros, mas hoje os moradores nas localidades de Teresa, Bejís e Sacanyet puderam regressar a casa, após a melhoria das condições meteorológicas.
Serafín Castellano disse ao El País que o incêndio de Cortes de Pallás está “estabilizado” e que o Parque Natural da Sierra Calderona está “livre de perigo”. Em Andilla o fogo também foi circunscrito mas as chamas mantêm-se activas em uma área da localidade de Jérica.
Quase 400 pessoas passaram a noite em albergues da Cruz Vermelha, depois de no domingo terem sido desalojadas as localidades de Bejís, Teresa, Sacanyet, Canales, Gátova e Marines Viejo. 
Serafín Castellano explicou que o vento mais suave na noite de domingo para segunda-feira, assim como uma mudança de orientação, permitiu atenuar as chamas. No domingo o vento soprou a velocidades entre os 40 e os 60 quilómetros por hora e os termómetros chegaram aos 40 graus Celsius. 

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