Vulcão Merapi volta a entrar em erupção na Indonésia
Desde o início da semana, 40 mil pessoas tiveram que deixar suas casas, situadas perto do vulcão Merapi.Elcio Ramalho
O vulcão Merapi, um dos mais ativos e perigosos do mundo, voltou a entrar em erupção nesta quinta-feira, na Indonésia, 2 dias depois de já ter causado a morte de pelo menos 34 pessoas. Ao mesmo tempo, o balanço das vítimas do tsunami que atingiu, na última segunda-feira, várias ilhas da costa ocidental do país, continua a subir.
As autoridades indonésias afirmaram, nesta quinta-feira, que o tsunami pode ter causado a morte de cerca de 500 pessoas. O último balanço divulgado pelo governo da Indonésia contabilizava 370 pessoas mortas e 338 desaparecidos.
Materiais e a ajuda de emergência começam a chegar nas áreas mais afetadas, 2 dias após o forte terromoto de 7,7 na escala Richter que provocou, 10 minutos depois, o tsunami que afetou principalmente as ilhas de Mentawai, situadas a cerca de 150 km da ilha de Sumatra.
Um navio com alimentos, água e medicamentos chegou na manhã desta quinta-feira à Ilha de Pagai do Norte, onde problemas de comunicação e a falta de estradas em boas condições dificultavam a chegada de ajuda. O presidente Susilo Bambang Yudhoyono visitou hoje a região para supervisionar a distribuição da ajuda humanitária e consolar os sobreviventes e familiares das vítimas.
Nesta quinta-feira, a Comissão Europeia liberou uma ajuda de emergência de um valor de 1,5 milhões de euros para ajudar as vítimas do tsunami e do vulcão Merapi.
Sistema de alerta
As autoridades da Indonésia defenderam, nesta quinta-feira, a utilidade de seu sofisticado e oneroso sistema de alertas contra tsunamis, apesar do dispositivo não ter servido para prevenir a tempo a população das ilhas Mentawai.
A diretora da Agência Indonésia de Meteorologia, Sri Woro Harijono, afirmou que um alerta foi lançado às 21h47, horário local, ou seja, 5 minutos depois do início do terremoto. Segundo ela, a mensagem foi transmitida às autoridades locais de Mentawai, encarregadas de alertar a população.
Diversos sobreviventes disseram ,entretanto, não terem sido advertidos sobre o tsunami. O sofisticado sistema de alerta, que teve custos de 130 milhões de dólares, foi instalado às margens da costa da Ilha de Sumatra depois do tsunami de dezembro de 2004, mas as autoridades admitem que o sistema não está disponível em diversas ilhas de Mentawai, onde vários povoados não têm energia elétrica.
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