EUA instituem medidas de segurança para 14 países
5/01/2010
Os Estados Unidos vão instituir novas políticas de segurança para turistas e cidadãos de 14 países: Cuba, Irã, Sudão, Síria, Afeganistão, Algéria, Iraque, Líbano, Líbia, Nigéria, Paquistão, Arábia Saudita, Somália e Iêmen. Ativistas estão considerando a medida descriminação racial. Os cidadãos destes países, ou pessoas que venham deles, deverão passar por uma revista manual do corpo e da bagagem.
Alguns aeroportos pelo mundo estão instituindo scanners de corpo. Segundo especialistas, as máquinas teriam sido capazes de ver o explosivo no corpo do nigeriano responsável pela tentativa de atentado terrorista no Natal. No entanto, o ministro do Interior holanês, Guusje Ter Horst, afirmou que não existe certeza sobre a eficiência da máquina.
O método mais eficiente para melhorar a segurança em aeroportos seria, de acordo com Philip Baum, editor da revista Aviation Security International, trabalhar para descobrir quais seriam os passageiros com intenção de cometer um crime. “Nós temos que aceitar o fato de que bombas podem ser montadas após a passagem pela segurança, no Duty Free Shop”, afirmou.
Em nossa opinião…
São necessárias medidas de segurança para permitir que o transporte aéreo possa prosseguir normalmente. Algumas não são inteligentes: por exemplo, proibir o uso do banheiro do avião na última hora de voo, só porque no último episódio foi nesse horário que o terrorista foi ao banheiro montar sua bomba. Uma outra medida pouco inteligente chama a questão no mesmo episódio: no aeroporto holandês de onde o criminoso embarcou o exame com scanners corporais é voluntário, só é examinado quem quer. Parece óbvio que eventuais terroristas não vão se oferecer para o exame.
Na linha de medidas racionais, esta nova decisão anunciada pelos EUA parece estar dentro dos limites do bom senso. Vai na linha defendida por especialistas: concentrar esforços em pessoas que façam parte do perfil provável de terrorista. A acusação de racismo não parece procedente — a discriminação aponta mais para membros da religião muçulmana do que para árabes, como mostra o autor da última tentativa, um africano convertido ao islamismo.
Fontes: Economist - Racial profiling begins
FONTE:
OPINIÃO E NOTÍCIA
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