quinta-feira, 4 de agosto de 2011

HEPATITE C

Novas pistas levam vacina para hepatite C a um passo de sua concretização
O esquema ilustra as pseudopartículas virais quiméricas utilizadas no estudo. Crédito : D. KLATZMANN / CNRS.
A busca por uma vacina eficiente contra a hepatite C tem sido árdua, mas agora uma equipe de pesquisadores franceses obtiveram resultados significativos de seus esforços ao produzirem anticorpos de amplo espectro em animais pela primeira vez. O artigo intitulado “A Prime-Boost Strategy Using Virus-Like Particles Pseudotyped for HCV Proteins Triggers Broadly Neutralizing Antibodies in Macaques”, publicado no periódico Medicine Translational Science ontem, relata como as novas pistas encontradas poderiam ser usadas para desenvolver uma vacina contra esta doença e também outras infecções como HIV e dengue.
Até o momento, tratamentos antivirais contra a hepatite C são muito caros e, portanto, pouco acessíveis para a maioria das pessoas afetadas cronicamente pela doença. Uma vacina eficaz de amplo espectro poderia prevenir a infecção e sua disseminação.
A pesquisa realizada por uma equipe de pesquisadores franceses, coordenada pelo Laboratório de Imunologia, Imunopatologia e Imunoterapia David KLATZMANN (CNRS / UPMC / Inserm), França, desenvolveu uma tecnologia com base na utilização de estruturas artificiais de partículas virais, ou “pseudopartículas” virais. Estas estruturas não se multiplicam por serem desprovidas de material genético do vírus.
As pseudopartículas virais foram construídas a partir de diferentes fragmentos de dois vírus: um retrovírus de rato recoberto com proteínas do vírus da hepatite C (VHC). Depois de injetadas em ratos e macacos, as reações foram observadas pelos cientistas. Os organismos dos animais produziram anticorpos de amplo espectro, capazes de imunização contra diferentes tipos de VHC.
Os resultados são importantes para a produção de vacinas contra hepatite C e poderiam ser utilizados para desenvolver estratégias similares para vacinas contra outras infecções, como HIV, dengue e RSV (Vírus Sincicial Respiratório, principal microrganismo envolvido na bronquite em crianças e nas infecções respiratórias também em adultos).

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