terça-feira, 9 de agosto de 2011

Conservante natural

Conservante natural pode proteger alimentos contra bactérias perigosas
                              
Micrografia mostrando Salmonella typhimurium (vermelho) invadindo células humanas cultivadas. Crédito: Wikipédia.
Salmonela e E. coli são bactérias Gram-negativas em forma de bacilo que infestam alimentos e podem provocar doenças infecciosas e hemorragias no sistema digestivo pela ingestão de alimentos contaminados. Em alguns casos, podem levar à morte de crianças e adultos. A disseminação de certas cepas perigosas destas bactérias tem aumentado no mundo todo e, em razão disto, cientistas têm trabalhado arduamente para desenvolver drogas mais potentes para combatê-las, bem como desenvolver métodos para proteger alimentos.
Agora, pesquisadores da Universidade de Minnesota, EUA, descobriram e receberam uma patente para uma ocorrência natural de um lantibiótico – peptídeo produzido por uma bactéria inofensiva – que poderia ser adicionado aos alimentos para matar as bactérias nocivas, como a salmonela, e. coli e até mesmo a listéria – bacilo Gram-positivo muito perigoso que pode causar gastroenterite, septicemia e meningite entre outras doenças com grave risco para a vida.
O lantibiótico é o primeiro conservante natural encontrado para matar bactérias gram-negativas, geralmente do tipo prejudicial. Segundo o professor Dan O’Sullivan da Faculdade de Ciência da Alimentação e Nutrição este peptídeo, por seu amplo espectro de ação, poderia proteger os alimentos, como carnes, queijos processados, produtos de ovos e laticínios, alimentos enlatados, frutos do mar, saladas, bebidas fermentadas entre outros, de uma ampla variedade de insetos que causam doenças. Além dos benefícios de segurança alimentar, os lantibióticos são fáceis de digerir, não tóxicos, não provocam alergias e não aumentam a resistência das bactérias perigosas.
O’Sullivan descobriu o lantibiótico por acaso quando pesquisava o genoma de bactérias. Com a colaboração de Ju-Hoon Lee, um estudante de graduação, aprofundou-se no estudo. Atualmente, a Universidade de Minnesota está buscando uma licença para a comercialização da tecnologia.

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