segunda-feira, 20 de junho de 2011

REFUGIADOS NO BRASIL

Aumenta número de refugiados no Brasil
20 de Junho de 2011
Victória Álvares, em colaboração para RFI.

Angola, Colômbia e República Democrática do Congo são os países com maior número de refugiados no Brasil.
Uriel Sinai/Getty Images
As guerras e a instabilidade política em várias regiões do mundo estão no centro dos debates do Dia Mundial do Refugiado, celebrado nesta segunda-feira pela agência da ONU Acnur.
Segundo a organização norueguesa Conselho Norueguês para Refugiados, o mundo conta atualmente com 44 milhões de pessoas deslocadas, a metade delas no interior de cinco países: Colômbia, Sudão, Iraque, República Democrática do Congo e Somália.
O Brasil tem sido cada vez mais procurado por colombianos que fogem dos grupos armados e do narcotráfico. Angola, Colômbia e República Democrática do Congo são os países com maior número de refugiados no Brasil, segundo os dados do Ministério da Justiça. Eles formam um grupo de 4.401 pessoas, de 77 nacionalidades diferentes.
Os angolanos representam 38% deste total, seguidos pelos colombianos, que são 14% dos refugiados no Brasil oficialmente. Mas um estudo da ONU estima que eles sejam pelo menos 17 mil vivendo ilegalmente no país. O Brasil é o principal destino dos que tentam escapar da guerra do narcotráfico. Congoleses representam 10% dos refugiados. Liberianos e iraquianos aparecem em quarto e quintos lugares.
Outra leva migratória importante é a de refugiados vindos do Haiti. Desde novembro de 2010, ao menos 75 haitianos entraram no Acre por Brasileia, segundo a Gerência de Articulação Institucional do Governo do Estado. Eles fogem da miséria que assola o país, onde 90% das pessoas estão desempregadas um ano após o terremoto de janeiro 2010 que matou mais de 200 mil pessoas.
Segundo Luiz Paulo Barreto, secretário-executivo do Ministério da Justiça e presidente do Comitê Nacional para os Refugiados, "O Brasil é um país acolhedor e generoso e o status de refugiado dá ao indivíduo os mesmos direitos do brasileiro, de moradia, trabalho, saúde e outros". Mas, uma vez no Brasil, os refugiados se deparam com problemas que são comuns aos brasileiros: dificuldade em conseguir emprego, acesso à educação superior e aos serviços públicos de saúde e moradia, por exemplo.
Segundo dados da ONU Acnur, cerca de 44 milhões de pessoas foram forçadas a se deslocar por causa de conflitos e perseguições em todo o mundo.

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