quarta-feira, 29 de junho de 2011

AVASTIN - CÂNCER DE MAMA

Avastin não deve ser usado no tratamento do câncer de mama, dizem especialistas americanos
29/06/2011 - Segundo especialistas convocados pela agência americana que controla a venda de medicamentos, o remédio é ineficaz e tem efeitos colaterais graves
                                            
O câncer de mama matou 11.735 mulheres no Brasil em 2008, segundo o Inca (Comstock Images/Thinkstock)
Um painel de especialistas americanos votou de forma unânime pela retirada da liberação de uso do medicamento Avastin para o tratamento do câncer de mama. Segundo os especialistas, a droga é ineficaz contra esse tipo de câncer e produz uma série de efeitos colaterais.
Em dezembro de 2010, a agência americana que controla a venda de alimentos e medicamentos (FDA) já havia afirmado que o Avastin não deveria ser usado no tratamento do câncer de mama por não dar sobrevida às pacientes.
Uma pesquisa mostrou que o remédio impedia o crescimento do câncer por no máximo três meses – podendo nem passar de 30 dias o efeito do medicamento. Além disso, o Avastin causa efeitos colaterais graves, como trombose e hipertensão. O painel foi convocado pela agência depois que a farmacêutica suíça Roche, fabricante do Avastin, pediu uma segunda audiência.
"A medicação é cara, tóxica e não compensa", diz o médico Auro del Giglio, professor titular de oncologia e hematologia da Faculdade da Fundação ABC. "Ela tem uma taxa de resposta maior, mas não aumenta a sobrevida. Neste caso, o mais importante é a duração da resposta, que efetivamente vai estender a vida da paciente", afirma, ressaltando que a droga é eficaz no tratamento do câncer de intestino e de alguns tipos de tumores no cérebro e nos rins.
Atualmente, a Roche fatura um bilhão de dólares por ano com a venda do medicamento. Segundo a empresa, mais estudos sobre os benefícios clínicos do Avastin serão conduzidos.
O câncer de mama é o segundo tipo de câncer mais comum entre as mulheres, atrás apenas do câncer de pele. Segundo o Instituto Nacional do Câncer (Inca), 11.735 mulheres morreram devido à doença no Brasil em 2008.

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