quarta-feira, 8 de junho de 2011

E.coli

UE proíbe Alemanha de fazer novos alertas da E.coli
Depois de Berlim ter feito dois alertas errados - um acusando pepinos espanhóis e o outro botando a culpa em brotos de soja -, o comissário de Saúde da UE pediu à Alemanha que só emita alertas quando tiver provas científicas
Redação ÉPOCA, com Agência Estado
08/06/2011 - 16:14 - Atualizado em 08/06/2011 - 17:08
A União Europeia (UE) proibiu a Alemanha, nesta quarta-feira (8), de realizar qualquer novo tipo de alerta sobre a cepa da bactéria E.coli, que já matou pelo menos 24 pessoas. Desde que a crise sanitária se iniciou na Europa, os alemães já fizeram dois alertas públicos errados - o primeiro afirmando que a bactéria provinha de pepinhos espanholes e o segundo, mais recente, colocando a culpa no consumo de brotos de soja.
Segundo a UE, ambas as constatações do governo alemão não tiveram base científica, e causaram temores desnecessários na população. As duras críticas ocorrem em meio a uma guerra pelo valor das compensações aos países afetados pela queda na venda de legumes, erroneamente acusados de terem causado o surto. A UE ofereceu ontem € 150 milhões (R$ 347 milhões), mas Espanha e outros oito países querem mais.
O comissário de Saúde da UE, John Dalli, advertiu a Alemanha a não fazer mais alertas de saúde até que se determine a origem da bactéria. “Autoridades não podem se precipitar ou tomar conclusões prematuras, já que isso pode gerar medos injustificados entre a população e criar problemas para os produtores de alimentos”, afirmou Dalli em discurso no Parlamento Europeu.
O comissário pede provas científicas quanto à procedência da bactéria, e pede mais cautela por parte dos governos nacionais. Na terça, a ministra de Agricultura da Alemanha, Ilse Aigner, defendeu a atuação de Berlim.
Tanto a Organização Mundial da Saúde (OMS) como cientistas alertam que o tempo está se esgotando para que as autoridades alemãs encontrem a origem da bactéria, que já infectou mais de 2,4 mil pessoas. Para eles, é cada vez mais difícil detectar a origem do micro-organismo.

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