quarta-feira, 5 de setembro de 2012

O Vaticano anunciou mais uma medida para reforçar o uso do latim como idioma oficial da Igreja Católica.

Bento XVI investe no uso do latim
O Vaticano anunciou mais uma medida para reforçar o uso do latim como idioma oficial da Igreja Católica.
O Papa Bento XVI está instituindo a nova Pontifícia Academia para o Estudo do Latim, ou Pontifícia Academica Latinitatis. Com as reformas eclesiais da década de 1960, as línguas próprias de cada país tinham ganhado força, provocando o declínio do latim.
O portavoz da Santa Sé, cardeal Gianfranco Ravasi, explicou aos jornalistas que o Vaticano espera que os membros da academia promovam o uso e o conhecimento do latim nas igrejas e escolas. A ideia é que uma utilização mais frequente do idioma possa trazer mais fieis para a igreja.
O latim é considerado uma língua morta, mas, no Vaticano, é utilizada no cotidiano. Até os textos dos caixas eletrônicos estão em latim. Em 2003, o Vaticano publicou um dicionário contendo traduções para 13 mil expressões desconhecidas no tempo dos romanos, quando se falava latim por toda a Europa. Um email, por exemplo, é denominado "inscription cursus electronici".
A Rádio Finlândia está emitindo um boletim diário de notícias em latim, provando que a língua pode ser adaptada para uso contemporâneo (http://yle.fi/radio1/tiede/nuntii_latini/). O serviço começou em 1999, quando a Finlândia, que nunca fez parte do Império Romano, exerceu a presidência rotativa da União Europeia.
A União Europeia tem 23 línguas oficiais. Os documentos oficiais devem ser traduzidos em uma ou todas as outras 22 línguas. Um exército de tradutores, ao custo de 1,2 bilhão de euros por ano, assegura que leis, regulamentos e diretivas sejam entendidos por toda a UE.
O idioma ‘de facto’ comum na Europa atualmente é o inglês, mas isto traz problemas na hora de discussões sobre termos legais. A terminologia e as noções jurídicas utilizadas nos países de língua inglesa são muito diferentes do que se vê na Europa continental.
Como o número de estados membros cresceu de 6 para 27, considerou-se a ideia de adotar o latim como lingua comum e trabalhar com as traduções. A ideia foi rejeitada por razões práticas e, possivelmente, por ter partido do jornal l’Osservatore Romano, de propriedade do Vaticano. Parece que as chances de utilizar o latim como língua franca da UE são muito remotas. - (IEDE)
FONTE

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