Atualizado em 5 de
setembro, 2012 - 05:19 (Brasília) 08:19 GMT
O Brasil foi a única economia do chamado bloco dos Brics
(formado por Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul) que cresceu no
Relatório de Competitividade Global 2012-2013, elaborado pelo Fórum Econômico
Mundial.
O país teve um aumento de cinco posições em relação ao ano anterior, passando
para a 48ª colocação e ultrapassou a África do Sul, assumindo a segunda posição
entre os Brics. Em 2011, o Brasil também já havia subido no ranking na mesma
proporção em relação a 2010, passando da 58ª para a 53ª colocação.Apesar de ter caído três posições na classificação geral, a China, que ocupa a 29ª colocação, ainda lidera o grupo. Os demais países do grupo também registraram quedas em relação ao ano passado.
A Índia caiu três posições passando para 59ª colocação, a África do Sul passou da 50ª para a 52ª colocação e a Rússia desceu uma posição no ranking, passando para o 67º lugar.
O ranking de competitividade é elaborado a partir de pesquisas de opiniões e percepções com 14 mil empresários em 144 países no mundo.
Brasil
O relatório de Competitividade Global destaca que o Brasil aparece agora entre as 50 economias mais competitivas do ranking, e que a melhora de posição acontece "apesar do índice de inflação de quase 7%".O estudo afirma que o Brasil melhorou nas suas condições macroeconômicas e tira proveito de ter o sétimo maior mercado interno do mundo.
O país também é elogiado por seu uso cada vez maior de tecnologias da informação e comunicação e no acesso a financiamentos para projetos de investimentos.
No entanto, o Brasil ocupa posições baixas na avaliação de empresários sobre eficiência do governo e confiança em políticos.
"Apesar destes pontos fortes, o país também enfrenta desafios importantes. A confiança em políticos é baixa (121º no ranking específico para o tema), assim como a eficiência do governo (111º), por causa de excesso de regulação governamental (144º) e desperdício em gastos (135º)."
"A qualidade da infraestrutura de transportes continua como um desafio de longo prazo que não foi abordado, e a qualidade da educação não condiz com a necessidade cada vez maior de força de trabalho qualificada."
Os esforços do Brasil para incentivar micro e pequenas empresas são reconhecidos, mas o país ainda é visto como um dos mais difíceis para novos empreendedores, com percepção de que os impostos são altos demais e provocam distorções na economia.
Ranking da competitividade 2012-2013
1. Suíça (1º no ranking anterior)
2. Cingapura (2)
3. Finlândia (4)
4. Suécia (3)
5. Holanda (7)
6. Alemanha (6)
7. EUA (5)
8. Grã-Bretanha (10)
9. Hong Kong (11)
10. Japão (9)
29. China (26)
48. Brasil (53)
52. África do Sul (50)
59. Índia (56)
67. Rússia (66)
2. Cingapura (2)
3. Finlândia (4)
4. Suécia (3)
5. Holanda (7)
6. Alemanha (6)
7. EUA (5)
8. Grã-Bretanha (10)
9. Hong Kong (11)
10. Japão (9)
29. China (26)
48. Brasil (53)
52. África do Sul (50)
59. Índia (56)
67. Rússia (66)
Sobre competitividade sustentável, "o desempenho geral relativamente bom do Brasil mascara uma série de preocupações ambientais, como desmatamento da Amazônia, com o país registrando um dos maiores índices de desmatamento do mundo. E apesar de o Brasil demonstrar um desempenho geral razoável na área de sustentabilidade social, a desigualdade enorme do país segue preocupante".
América Latina
Na América Latina, o Chile, em 33º lugar, manteve a sua liderança mesmo tendo caído duas posições e vários países latino-americanos registram avanços, como o Panamá, que foi do 49º lugar para o 40º, o México, que foi do 58º para o 53º e o Peru, que passou da 67ª para a 61ª colocação.Nas primeiras posições da tabela, pelo quarto ano consecutivo, a Suíça ocupou o primeiro lugar. E Cingapura permaneceu na segunda colocação. A Finlândia ultrapassou a Suécia, passando a ocupar o terceiro lugar.
O top ten do ranking traz ainda, por ordem, Holanda, Alemanha, Estados Unidos, Grã-Bretanha, Hong Kong e Japão.
Ainda que tenha aumentado sua posição geral, os Estados Unidos seguem em queda, pelo quarto ano consecutivo, tendo perdido duas posições.
Sobre os Estados Unidos, o relatório cita o aumento das vulnerabilidades macroeconômicas e aspectos do ambiente institucional do país como fatores de preocupação na classe empresarial, particularmente a pouca confiança pública nos políticos e uma perceptível falta de eficiência do governo.
Mas o estudo indica ainda que o país permanece sendo uma potência global em termos de inovação e que seus mercados funcionam de forma eficaz.
FONTE
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