Costa do Marfim está ‘à beira do genocídio’
Mais de 170 pessoas foram mortas 'simplesmente porque queriam protestar, queriam falar, queriam defender a vontade do povo', disse o embaixador
30/12/2010
Youssoufou Bamba, que assumiu nesta quarta-feira, 29, o posto de embaixador da Costa do Marfim na ONU, afirmou que o país está “à beira do genocídio” e ainda que houve graves violações de direitos humanos na região após as eleições presidenciais de novembro.
Enquanto Laurent Gbagbo se recusa a deixar o poder na Costa do Marfim, o opositor Alassane Ouattara foi reconhecido pela comunidade internacional como o novo presidente do país. Mas ambos se declararam eleitos.Em uma entrevista na sede da ONU, em Nova York, o embaixador Youssoufou Bamba, que foi indicado por Alassane Ouattara, afirmou nesta quarta-feira que 172 pessoas foram mortas nas últimas semanas “simplesmente porque queriam protestar, queriam falar, queriam defender a vontade do povo”.
Quase 20 mil já deixaram o país desde novembro
Bamba disse também que esse fato é “inaceitável” e que espera que a ONU impeça violações e não permita que “as eleições sejam roubadas da população”. Desde as eleições de novembro, quase 20 mil pessoas já deixaram o país.
O chefe das Forças de Paz da ONU na Costa do Marfim, Alain Le Roy, criticou declarações exibidas no canal de televisão estatal controlado por Laurent Gbagbo, que, segundo ele, “claramente incitam a população contra a Missão da ONU na Costa do Marfim”.
Embora tenha sido reconhecido como o presidente eleito pela comunidade internacional, Alassane Ouattara e seu primeiro-ministro, Guillaume Soro, estão presos em um hotel na Costa do Marfim sob proteção da ONU e sob ameaças vindas de partidários de Gbagbo.
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