quarta-feira, 2 de fevereiro de 2011

Egipto

Egipto: Mais de 600 feridos em confrontos entre grupos anti e pró-Mubarak
Por Redacção

Pelo menos três pessoas morreram e mais de 600 ficaram feridas, na sequência dos confrontos entre manifestantes anti-Mubarak e grupos apoiantes do Governo, que tiveram lugar esta quarta-feira, no Cairo.
Recorde-se que ao início da tarde, apoiantes de Hosni Mubarak entraram na praça Tahir, onde estavam 200 mil manifestantes a pedir a demissão do presidente, e começaram os confrontos. Paus, chicotes, bombas caseiras, cocktails Molotov e pedras serviam de armas aos manifestantes. Apesar dos apelos para acabarem com os confrontos, as duas facções de manifestantes não cederam, perante a ausência de intervenção do Exército.
Com o agravamento da violência nas ruas do Egipto, os apelos internacionais multiplicam-se em direcção a Mubarak, no poder há 29 anos. O Presidente «deve responder à vontade da população», pediu a chefe de diplomacia europeia, Catherine Ashton.
Nos Estado Unidos, a secretária de estado Hillary Clinton disse que se está perante «território desconhecido» no que respeita à situação no Egipto, enquanto o porta-voz do Departamento de Estado, PJ Crowley, deixava uma mensagem no Twitter. «Reiteramos o nosso pedido a todas as partes no Egipto para conter e evitar a violência. O caminho egípcio para a mudança democrática tem de ser pacífica», referiu.
Também o porta-voz da Casa Branca, Robbert Gibbs, lembrou as palavras de Obama para deixar um apelo à mudança: «A mensagem que o Presidente [Obama] enviou ao Presidente Mubarak é que chegou a hora da mudança».
Em comunicado, o Ministério dos Negócios Estrangeiros do Cairo deixou uma mensagem a todos os países que têm comentado a actualidade no país: «Ocupem-se dos vossos assuntos».

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