terça-feira, 11 de agosto de 2009

Cérebros de nove criminosos foram analisados
Psicopatas têm um cérebro diferente
11.08.2009 - 11h43 PÚBLICO

Os psicopatas que matam e violam têm ligações defeituosas entre a parte do cérebro que lida com as emoções e uma área que gere o processo de tomada de decisões, anuncia uma equipa de investigadores britânicos. Como se fossem buracos numa estrada. A descoberta pode ajudar a encontrar formas de os reparar.
Os cientistas estudaram o cérebro de psicopatas que cometeram crimes de homicídio, múltiplas violações, estrangulamento e tomada de reféns e perceberam que as estradas que ligam as áreas cerebrais importantes nas emoções e decisão tinham buracos. Nas pessoas sem este perfil criminoso as vias de comunicação observadas estavam em boas condições.
O estudo, alega a equipa do Instituto Psiquiátrico do Kings College London, pode ajudar a explorar o desenvolvimento de novos fármacos direccionados para reparar estas áreas e, de alguma forma, tapar estes buracos nas estradas. "São psicopatas que cometeram alguns crimes muito graves em particular e que não têm outra doença mental", afirma à Reuters Michael Craig, director do instituto.
Antecipando eventuais teses a apoiar um rastreio capaz de verificar em que condições estão estas estradas nos cérebros das pessoas numa política de prevenção do crime, os cientistas notam que - apesar destas diferenças existiram - não se sabe ainda quando nem como estes buracos aparecem nas ligações. "A questão mais interessante agora é: Quando é que estes buracos aparecem? As pessoas já nascem com eles, aparecem ao longo da vida ou são consequência de outra coisa qualquer?
"O estudo - que teve de lidar com sérios obstáculos colocados pelo sistema prisional para aceder aos criminosos e levá-los até ao equipamento de scanner - envolveu um reduzido número de indivíduos.
Apenas nove psicopatas e o mesmo número de não psicopatas foram analisados. O artigo foi publicado na publicação especializada "Molecular Psychiatric".
FONTE:
PÚBLICO
http://ultimahora.publico.clix.pt/noticia.aspx?id=1395616

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