quinta-feira, 16 de fevereiro de 2012

Tempestades devastadoras devem se tornar mais frequentes

Tempestades devastadoras devem se tornar mais frequentes
Pesquisa do MIT alerta que eventos naturais que antes aconteciam uma vez no século podem passar a ocorrer a cada 25 anos
15/02/2012
Destruição do furacão Irene na Carolina do Norte em 2001 (Reprodução/Exame)
O furacão atlântico Irene, que atingiu o Caribe, a costa leste dos Estados Unidos e chegou ao Canadá, foi classificado como um evento natural que acontece a cada cem anos. No entanto, um estudo do Massachusetts Institut of Technology (MIT) e da Universidade de Princeton aponta que a frequência de tempestades de alta intensidade vai aumentar bastante.
A cidade de Nova York, que a cada 500 anos, em média, tem inundações de mais de três metros, foi usada como objeto de análise pelos pesquisadores. Para isso, quatro padrões climáticos foram comparados com amostras de furacões específicos. A partir dos modelos, 45 mil tipos de tempestades foram gerados, num raio de 200 km da ilha de Manhattan. Os modelos foram então submetidos a dois possíveis cenários: um atual, representando o clima entre 1980 e 2000, e um segundo que usou previsões feitas para os anos entre 2081 e 2100. Segundo o MIT a fonte das estimativas foi o Painel Intergovernamental de Mudanças Climáticas sobre as emissões de dióxido de carbono.
A equipe chegou a conclusão de que o aquecimento global levará inundações que ultrapassaram a marca dos dois metros a terem uma periodicidade de três a 20 anos. De acordo com o estudo, será possível também ver o nível da água atingir facilmente os três metros com uma frequência de 25 a 240 anos.
Como os diques de Manhattan atualmente têm apenas 1,5 metro de altura, caso algum dos dois cenários previstos se realize, Nova York poderá ficar em baixo d’água. Os pesquisadores deram um alerta, enfatizando que os resultados do estudo podem ser usados pelas autoridades para minimizar os possíveis impactos de tempestades de alta intensidade na região.

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