terça-feira, 29 de março de 2011

Alecrim

Alecrim

Estudos comprovam que a planta ativa a memória e protege o coração contra encrencas
Por Gabriela Zuza / FOTOS: SHUTTERSTOCK
Nomes populares: alecrim, alecrim de jardim, alecrim rosmarino, libanotis, alecrim da horta, alecrimde- cheiro, alecrim-rosmarinho, alecrinzeiro, erva da graça, rosmarino e rozmarim.
 Nome científico: Rosmarinus officinalis
História: a planta é originária da região Mediterrânea (Itália, Grécia e sul e sudeste da Espanha) e cultivada em quase todos os países de clima temperado. Seu nome científico (em latim) significa "orvalho que vem do mar", denominação dada pelos romanos, devido a seu aroma que se destacava em regiões litorâneas. Ela chegou ao Brasil na época da colonização, em meados do século 16, e foi muito bem-aceito pela população que o inseriu em receitas culinárias, na medicina e em cultos religiosos.
Propriedades: possui ação expectorante, diurética, desintoxicante, antifúngica, anticarcinogênica e antiinflamatória. Seus efeitos positivos estão associados à prevenção de males cardiovasculares, hipertensão arterial, diabete e câncer. Tudo por conta de um esquadrão de substâncias que dão um chega pra lá nessas doenças: os taninos eliminam os radicais livres causadores do envelhecimento precoce das células; as saponinas são fitoquímicos que expulsam as toxinas do trato digestório, regulam as taxas de colesterol no sangue e inibem a produção de células cancerígenas; os alcaloides relaxam os músculos da pelve e do abdome, diminuindo as cólicas menstruais; e, por fim, os flavonoides, responsáveis pela redução dos processos inflamatórios, da artrite reumatoide e da perda progressiva da memória relacionada à idade. E, por falar nisso, pesquisadores japoneses descobriram indícios preliminares de que a planta traz benefícios à memória. Os antigos já queimavam a planta em escolas e universidades a fim de inspirar os estudantes.
Quando inalados, os óleos essenciais de alecrim aliviam dores de garganta e congestão pulmonar
Na França, até o século 20, as aromáticas folhas eram colocadas em hospitais para purificar o ar.
Partes consumidas: as folhas são utilizadas para a preparação de chás. As partes floridas são empregadas na produção de óleos essenciais que melhoram a circulação e aliviam dores reumáticas e musculares. É muito comum a inalação do óleo - usado na aromaterapia - para minimizar os sintomas das dores de garganta e congestão pulmonar. A planta também é empregada na composição de cosméticos, pois estimula a pele a produzir mais óleos naturais, evitando o ressecamento. Em xampus, a erva age contra caspas e queda de cabelos.
                                    
Como plantar: o cultivo pode ser feito por meio de mudas em ambientes úmidos. É possível tê-las em casa e em jardineiras. Porém, sua colheita requer muito cuidado: retire-a no início da floração, com o tempo nublado e no período da manhã. Assim, todas as qualidades do alecrim serão preservadas, como seus compostos bioativos.
Contraindicações: se utilizado por um longo período ou em doses excessivas, pode causar irritação renal e gastrointestinal. Não é recomendado para gestantes e pessoas com diarreia.
Pode ser encontrada: em supermercados, farmácias especializadas, casas de plantas medicinais, casas de jardinagem, ervanários, lojas de produtos naturais e em comércios informais, como feiras livres.
Uso culinário: é um excelente aromatizante de carnes, crustáceos, saladas e molhos. A planta deve ser adicionada por inteiro ou picada no final do cozimento, para evitar a evaporação de seus óleos aromáticos. Ela combina com aves, porco, cordeiro, feijões, batatas e tomates.
Fonte: Carolina Malheiro, nutricionista de São Paulo

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